Tomei a liberdade de copiar esta carta do Blog Pensar e Falar Angola, e transcrevo-a pois isto é o que seria o grande presente do Papai Noel, que lá em Angola é chamado Pai Natal, e que sirva para que uma reflexão séria seja feita.
Feliz Natal a todos os meus Leitores
Eu refeito criança
Querido
Pai Natal
Sei que não
tenho sido um rapaz bom, e nunca desejei ser porque não sei como é que é isso.
Vejo uns levar porrada porque fizerem isto e aquilo e outros louvados por terem
feito igual. Eu falo palavrões, eu falo mentiras e e faço asneiras, faço
algumas maldades, como todos os seres vivos. Passo horas na rua, não faço todos
o dever de casa, porque tenho preguiça, não faço quase nada que mãe pede,
somente quando ela faz as suas ameaças.
Por outro
lado, nunca roubei, sempre fui bom com os velhos e crianças, passo meu tempo a
dizer o que penso, inclusive sobre o senhor e sobre aquele que está no estábulo
de onde querem roubar agora o burro e a vaca, pois parece que foi a primeira
vez que fizeram uma reforma agrária - expulsaram o burro para Ele nascer lá.
Festejo como se fosse dia da família.
Mas, para
seguir uma tradição de hipocrisia, vou fazer alguns pedidos…
- Eu quero
que as crianças tenham uma casa, e sejam muito felizes, que possuam o mesmo
direito que os riquinhos tão privilegiados.
- Quero que
os adultos percebam que o futuro deles será como os que tanto maltratam e que
os velhinhos são como crianças indefesas.
- Desejo
todo o mal do mundo para os políticos que tiram o dinheiro de quem precisa para
se alimentar.
- Na verdade
desejo uma igualdade, que todos tenham a chance de ser feliz de verdade, tenham
amor, carinho e alimentação.
Eu não te
amo Pai Natal, mas eu amo muito a humanidade.
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