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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Seguidores de Hitler



Semana passada ao sair de um edifício no centro de Canoas, conversei com o segurança deste prédio, que devido a sua baixa escolaridade e em visíveis devaneios defendia a idéia da raça pura.
Como professor tentei mostrar ao pobre rapaz que sendo ele um típico mestiço, com todas as características pré-colombianas, jamais seria aceito como ariano, ao contrário seria um dos eliminados, pois não traz em seu DNA qualquer tipo aceito pelos defensores da eugenia alemã.
É até difícil entender como jovens de diversas camadas sociais como intelectuais deixam-se cativar pelas idéias tão estapafúrdias, racistas e belicosas do nazismo e têm em Hitler um referencial.
O mais intrigante é que a maioria é composta de mestiços que trazem estampado em suas características raciais sinais inequívocos desta mestiçagem, tanto com índios, negros e outras raças que nada tem a ver com os conceitos errados de pureza racial, base fundamental da ideologia nazista.
Precisam entender esses equivocados que só seriam aceitos como pertencentes a tal raça os que provassem ter todos os quatro avós de sangue alemão.
Portanto a maioria desses jovens, cativados por esses ideais seriam os primeiros a serem eliminados não só social como fisicamente pelo modelo estabelecido pelos desequilibrados nazistas como Adolf Hitler e seu séquito de maquiavélicos seguidores imbecilizados pelo racismo.
O próprio Hitler também não poderia pertencer a essa quadrilha de idiotas, pois ele só comprovava ser descendente de três avós alemães, já que um seu avô, pai de sua mãe jamais foi provado quem era, e que possivelmente, segundo alguns pesquisadores seria judeu.
Esses equivocados que ficam extasiados como as idéias de raça pura, deveriam saber que todas as raças existentes na face da Terra são originárias de uma primitiva raça negra surgida na África há mais de duzentos mil anos.
Portanto qualquer forma de racismo além de ser deplorável é prova de total ingenuidade ou refinada ignorância.
Francis Galton, 1883, defensor da eugenia afirmava que o controle social poderia melhorar ou empobrecer as qualidades raciais, assim como Joseph Arthur de Gobineau, falecido em 1882, que foi um dos maiores teóricos do racismo, que chegou a aconselhar Dom Pedro II do Brasil a proceder com um processo de melhoramento racial, afirmava que: “Se, em vez de se reproduzirem entre si, a população brasileira em condições de subdividir ainda mais os elementos daninhos de sua atual constituição étnica, fortalecendo-se através de alianças de mais valor com as raças européias, o movimento de destruição observado em suas fileiras se encerraria, dando lugar a uma ação contrária”.
Em outras palavras, para os teóricos racistas só os europeus teriam condições de melhorar a humanidade, ter ética, valor, honra e amor.
E aí aparece um monte de tupiniquins, que aceitam essas idéias idiotas que levaram o mundo a maior catástrofe que foi o holocausto, não somente judeu, onde aproximadamente 60 milhões de seres humanos foram mortos por cauda desta idéia macabra idealizadas por incrível que pareça por cristãos alemães.
E aqui no meu Brasil multirracial muitos desses mestiços infelizmente se julgam inferiores.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Marja e Marjana



                         Vulcão Islandês

             
É simplesmente abominável a criatividade de algumas pessoas quando se trata de nomes próprios, e fico pasmo quando, e principalmente nas camadas menos favorecidas da sociedade, tanto intelectual ou economicamente essa criatividade, nem um pouco criativa consegue arrumar nomes completamente esdrúxulos para seus filhos, como Mayquel, Miquel, Mychaél, e tantas outras baboseiras como colocar um nome estrangeiro e completar com um da Silva, como Robert Lane (Leine) da Silva, Santos, Valadão e outros.
       
Não vamos entrar no caso das novelas, pois aí aparecerá uma série de nomes relacionados com essas, como por exemplo, uma infinidade de Mayas que surgiram devido a uma novela global. Maia é um sobrenome bastante conhecido em nosso país, porém devido a tal novela houve uma enxurrada deste nome.
             
Outrossim, alguns nomes são grafados como são em suas línguas que nada tem a ver com o nosso idioma, o português do Brasil ou, para mim, devido a grande diferença com o português de Portugal diria “brasilês”, já que brasileiro é uma profissão e não um gentílico. Pois quem trabalha com pedra é pedreiro, com ferro é ferreiro e com o pau-brasil é brasileiro. Já o gentílico de Portugal e português, da França é francês, da Inglaterra é inglês, e do Brasil deveria ser brasilês. (Cabe a Academia Brasileira de Letras acertar isto).
         
Tais nomes que me refiro, os quais são grafados como o são em seus países de origem, como Marjana e Marja, suas pronuncias são Mariana e Maria e não como, por total desconhecimento são pronunciados, como se o jota fosse jota. Nesses idiomas o “j” é pronunciado como “i”.
             
 Exemplos:
           
Do alemão – Jodl, General Nazista condenado a forca pelo Tribunal Internacional de Nuremberg, sua pronúncia é Iodêl.
          
Do islandês – A Capital desse país é Reykjavik, porém sua pronúncia é Rei-kia-vik.
        
Também da Islândia há o vulcão Eyjafjallajökull, mas sua pronúncia é eia-fiátla-iocutl.
         
Do Reino dos Países Baixos, mais precisamente da região da Holanda temos o time de futebol Ajax, cuja pronúncia é Ai-áks.
         
Além disto, por causa de uma cantora luso-canadense Nelly Furtado, cuja pronúncia é Néli, sumiram as Nelis, que passaram a se denominarem Nélis.
       
E uma de sobrenome, de uma tradicional família chamada Appel, mudou seu nome para Épôl, da palavra inglesa “apple”, que significa maçã.
         
O quintal continua quintal, ou a colônia continua colônia, pelo menos para muitos.


                  Nelly Furtado