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sábado, 29 de abril de 2017

Retorno ao Catolicismo ou a Nada.





No dia 30 de maio de 2013, depois de 56 anos resolvi publicar uma terrível experiência a qual minha família foi submetida.


Uma experiência com todos os ingredientes atrasados da Idade Média, coisa satânica e apavorante, onde as pessoas beócias ouviam quase sem respirar, com o coração aos sobressaltos e cheias de terror, o que um pastor americano dominado também por lendas atrasadas dizia.


Hoje me veio à mente novamente aqueles momentos terríveis, em que, apesar do apavoramento que o “retardado” queria passar, onde as pessoas tensas, tristes, sestrosas, dementes e apavoradas, desiludidas, demenciadas e extremamente simplórias e em sua maioria analfabetas acreditavam, eu e meu irmão fazíamos um esforço descomunal para não rir. Para, na verdade, não gargalhar.

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Nosso pai, na época Subtenente do Exército, sisudo nos olhava em desaprovação à nossa atitude, mas ele também estava se segurando para não chorar de rir, para não se mijar de rir das bobagens que aquele demente dizia a seu  também demente rebanho.


Foi à experiência mais terrível e ao mesmo tempo hilária e sem nexo que assisti na época, em minha incipiente vida, aos 10 anos de idade. Foi uma experiência tão bizarra e triste que sem nenhum acordo silenciamos e nunca tocamos no assunto e jamais voltamos a um recinto tão atrasado.


Com o tempo fui tomando mais conhecimento e ao tornar-me professor pude observar entre meus alunos uma diferença marcante entre eles.


Os alunos que não participavam de cultos e os alunos que iam levados pelos próprios pais, desde tenra idade para esses recintos de apavoramento, tensos e cheios de gritos, onde o ilusionismo geralmente se faz presente e onde mais se fala em Satanás, no “sai Capeta”, do que em um Deus.


Alucinados, simplórios, assustados, medrosos e cheios de fantasias demoníacas em suas mentes pouco desenvolvidas.


E com o tempo fui aprendendo a identificar cada grupo.


Os alunos alegres, saudáveis, dispostos, parceiros, ativos e de excelente saúde mental são aqueles que quando muito vão a uma missa, quando em vez, em igrejas católicas, a uma sessão espírita ou a um terreiro de umbanda, ou nem vão. São participativos e se enturmam com os demais colegas, são solidários e auxiliam os que menos sabem.

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Já a maioria dos alunos sestrosos, medrosos, tristes, com sérios problemas mentais, cabisbaixos, cheios de angústias que vivem pelos cantos se cuidando do nada em constante prontidão como se alguma coisa estivesse os ameaçando, nunca te fixando o olhar, olhos parados, sem brilho, que muitas vezes não te cumprimentam, não sorriem, são do grupo que vivem nesses ambientes medievais, onde o que mais se fala é no demônio, no satanás, no Lúcifer, como se isto existisse, outros são prepotentes, toscos, que se acham os escolhidos e tem a pretensão, a soberba de se dizerem geração escolhida, mas são também os que vivem alucinados e atormentados.


No fundo são crianças tristes que tiveram sua infância queimada, pois a boçalidade os impede até de assistir um filmezinho do Harry Potter ou jogar um vídeo game, e ainda dizem a seus filhos que homem que é homem não joga vídeo game. Sabendo-se hoje que jogar vídeo game traz benefícios para a inteligência, ajuda na cura de dores crônicas e também auxilia no tratamento de doenças mentais. Já os que muito leem a Bíblia estão no caminho contrário. Na contramão.


Coitados.

Pensam os pais que é através do medo e das distorções estarão educando os seus doentes filhos, tão ou mais doentes. Pensam que assim estarão educando seus atormentados filhos, pois o que deve se passar em uma mente em formação assistindo falsos exorcismos, aonde pessoas bem treinadas e pagas por ladinos e espertalhões urram feito bestas, se contorcem, rolam pelo chão em cenas teatrais da pior qualidade.


Não podem rir, não podem brincar, não podem ver televisão, não podem jogar vídeo game. Não podem nada.


Tudo é pecado e tudo leva ao inferno.


Verdadeiros robôs demenciados.


Verdadeiros “condutopatas”.


Será que os pais não se dão por conta do mal que estão fazendo para os seus próprios e tristes filhos.


Sim, pois a tristeza que carregam em suas fisionomias dominadas pelo medo de demônios inexistentes os tornam sestrosos, desconfiados e infelizes.

Extremamente infelizes.

Tudo é feio, tudo é pecado, tudo é coisa do capeta.


São geralmente simplórios, vazios, melancólicos e muito, mas muito doentes e de mal com a vida, outros são prepotentes, donos da situação, metidos a inteligentes, arrogantes, calhordas e mal intencionados.


Mais uma vez lembro-me do Doutor em Psiquiatria Lutofo Neto, que escreveu um artigo no Diário do Vale sobre a grande incidência de pastores portadores de desequilíbrios mentais, cuja taxa ultrapassa os 50%.


Por este e outros motivos, no mundo todo está havendo um retorno de comunidades inteiras de evangélicos para o Catolicismo, como vem acontecendo principalmente nos EUA, além do expressivo número de pessoas que se identificam como ateias. Já aqui no Brasil, país de um povo desorientado, parvo e muito atrasado, quer voltar para a Idade das Trevas, dentro deste fundamentalismo cristão que sufoca seus rebanhos com crendices e superstições, falsos milagres, falsos exorcismos e conceitos ultrapassados e diria até, mesquinhos.


Este homem, de sorriso franco e sereno, de caráter, que mostra em seu rosto dignidade e honradez chama-se Alex Jones, que abandonou a vida de pastor e com toda a sua comunidade se converteu ao catolicismo e sua Igreja Cristã Maranatha, que ficava na Av. Oakman, em Detroit foi à venda, pois não servia para mais nada. Aliás, nunca serviu.


A comunidade abriu os olhos. 


A comunidade se livrou das Trevas da Idade Média, do fundamentalismo religioso, das vigilâncias e dos exércitos cristãos que surgem como surgiram a Al Qaeda, o Isis e o Boko Haran, fundamentalistas islâmicos, sem falar no Exército do Senhor, fundamentalista cristão que espalha o terror, a morte e o medo na África. 

Não vamos esquecer do genocídio de Ruanda, Tutsis e Hutus mataram-se desenfreadamente liderados por um lado por pastores e de outro por padres católicos, num festival de sangue e horror.

A solemn old white man clothed in Reformation-era clerical robes, seated and holding a book.

Disse o prelado e escritor Lancelot Andrewes, 1555-1626 - QUANTO MAIS PRÓXIMO DA IGREJA, MAIS LONGE DE DEUS.


Em outras partes do mundo aonde a cultura chega aos maiores patamares do mundo, onde o desenvolvimento humano ultrapassa quaisquer previsões otimistas está acontecendo um fenômeno diametralmente oposto, ou seja, comunidades inteiras abandonaram as religiões e suas igrejas são fechadas ou foram transformadas em museus, centros de recreações, cervejarias, livrarias e como o ocorrido na Inglaterra até em discotecas e boates aonde as pessoas vão para se divertirem, rirem, se descontraírem e não para ficarem tensas, simplórias e dominadas por uma legião de espertos como ocorre com o nosso desorientado povo que acredita em qualquer um vigarista que tenha verborragia e fale desenfreadamente versículo por versículo. 


Conheça igrejas centenárias que viraram cervejaria, livrarias e boates.


Na Holanda, Países Baixos, esta Igreja Dominicana foi transformada em livraria.




Em Estocolmo, na Suécia a Igreja Ortodoxa Grega foi transformada em centro empresarial.




Igreja Metodista Episcopal, transformada em adega, em Shalerville, Ohio.




Igreja transformada em parque de skate em Surrey, Inglaterra.




Igreja metodista, na Pensilvânia, transformada em parque infantil.




Igreja em Pittsburg, remodelada para servir de restaurante e cervejaria.




Fabulosa cervejaria instalada na antiga Igreja, próximo a Amsterdã.

E para encerar seria bom que esses menos privilegiados de inteligência soubessem que, DEMÔNIO, vem do grego Daimon e significa Conhecimento, inteligência; LÚCIFER é de origem latina “Lucem Ferre” que significa o Portador da Luz e SATÃ ou SATANÁS, vem do hebraico e significa Questionador. Portanto nada do que falam é verdade, tudo é pura invenção surgida de mentes pequenas na Idade das Trevas e muito antes em uma época de total ignorância. 

Acordem.


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Viagem Rápida.




Aproveitando o Feriado Nacional de 21 de abril, sexta-feira passada, Dia de Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, Mártir da Inconfidência Mineira, enforcado em 1792, sentença de morte assinada por Dona Maria I de Portugal, uma história muito mal contada, fomos à Pelotas e desta fomos para Rio Branco, no Uruguai, passar o sábado e fazer algumas compras. Como dizemos aqui no sul, fomos lá para fazer uns “chibos en la frontera”. Cabe aqui salientar que não fomos para comprar, pois sairia muito mais em conta se comprássemos em Canoas, mas o passeio é o que importa, já que os gastos com hospedagem, gasolina, pedágios e alimentação foram muito superiores. Mas valeu, pois revimos velhos amigos e saímos um pouco da rotina.



Passeando pela minha terra natal, mostrando à minha nora essa cidade a qual ela não conhecia passamos pela frente da Catedral Anglicana do Redentor, popularmente conhecida como Igreja Cabeluda, que nesta época, já prenunciando um inverno rigoroso, suas folhas estão perdendo o belíssimo verdor o que não tira a beleza de tal prédio.



Meu filho Fábio e minha nora Grasiela em frente a tal e bela Igreja.



À noite jantamos no Balneário Santo Antônio, no Laranjal em Pelotas e não poderia faltar uma bela parrillada. Muita carne gorda e mal passada.




Sandrinha e eu aproveitamos também desta maravilhosa churrascaria e sempre que vamos à Pelotas, como fizemos em Janeiro, lá foi o nosso jantar em companhia do amigo Luiz Augusto Passos, que tinha vindo de Cuiabá, MT, para assumir uma cadeira na Academia Sul-Brasileira de Letras, cuja matéria publiquei em 12 de janeiro passado, com o título Luiz Augusto Passos.



Sábado, como já disse, rumamos para Rio Branco, no Uruguai, minha segunda Pátria amada, salve, salve. Nesta foto vemos Fábio e Grasiela, tendo ao fundo a Ponte Internacional Barão de Mauá, que liga Jaguarão (BR) a Rio Branco (UI), sobre o Rio Jaguarão, construída entre os anos de 1927-1930, tendo 2.113 metros, mas apenas 340 metros sobre as águas.



Aqui, apenas os figurantes foram trocados, mas o cenário é o mesmo, vendo-se lá ao fundo a cidade de Jaguarão, Rio Grande do Sul.



De volta à Pelotas, passamos por Arroio Grande, também uma cidade da Campanha Gaúcha, que em sua entrada principal, junto a Rodovia Pelotas-Jaguarão paramos para fotografar esta Maria-Fumaça, monumento em homenagem ao Barão e depois Visconde de Mauá, natural de Arroio Grande e que foi o percursor das ferrovias no Brasil.



De volta à Mui Leal e Valerosa cidade de Porto Alegre, vista de cima da extensa ponte Getúlio Vargas, mais conhecida com ponte do Guaíba.




Fim, e viveram felizes para sempre, comendo os famosos doces de Pelotas, de raiz portuguesa e bebendo vinhos chilenos e portugueses comprados lá no Uruguai, pra que digam quando eu passe, saiu igualzito ao pai.


(parte da letra da belíssima música gauchesca GURI)

- Jaguarão vem da palavra tupi-guarani, jaguarã, que quer dizer onça pequena; jaguánharô quer dizer onça feroz. Já a palavra JAGUARA, própria do Gauchês, quer dizer cachorro. 
- Pelotas, também palavra indígena, quer dizer canoa de couro, ou bola de couro. 

Clique sobre as fotos para ampliá-las.

domingo, 16 de abril de 2017

Páscoa e a Verborragia Hipnótica.





Hoje, páscoa. Levantei-me cedo para um domingo chuvoso e após ter tomado meu mate e feito meu desjejum, vim para o meu escritório para ver algumas novidades na Internet. Para tal abri a janela e contemplava a chuva fina e constante que caia emoldurada pelas árvores altas que rodeiam o prédio. Chuva esta feita por fatores naturais e não como muitos pensam ser uma benção de algum ser mitológico que em tudo tem a sua mão.


A brisa leve, fresca e saborosa me dava um ar de paz e tranquilidade. Porém a cada mudança no sentido do vento, ao longe, alto e claro ouvia a pregação de algum ensandecido e ávido pastor, que como uma matraca falava para seus atormentados fiéis, que hipnotizados pela verborragia insana ouviam coisas desconexas, matracolejadas pelo ladino auto determinado homem de deus. Que deus?


Em sua pregação adurente e pertinaz, como se fosse um “speaker” narrando uma partida de futebol, não dava tempo a seu rebanho de desorientadas ovelhas entendesse as milhares de palavras ditas com tanta rapidez que, mesmo para os que deveriam estar em seu templo pudessem assimilar o que o espertalhão falava em um microfone, espargido por caixas de som de altíssima potência, com intensidade e até fúria, numa verdadeira lavagem cerebral.

Desta forma, ele consegue iludir os incautos crentes que se deixam levar por aquele vendaval de coisas incompreensíveis, e finalizava sempre com alguma frase sub-reptícia inundando as mentes com ilusões e insanas lendas criadas com o tempo e que tanto prendem a atenção dos que, muito devendo ou iludidos com uma vida eterna em um céu coberto de ouro e outras insanas maravilhas, se deixam cooptar. Atormentados e hipnotizados pela loquacidade do alcaide, vislumbram para suas vidas benesses materiais, aliadas ao medo do desconhecido.


Tinha, quando em vez uma trégua aos meus ouvidos, quando novamente o vento, por sorte minha mudava a direção, momento cheio de beleza, que então podia ouvir o barulho das rodas pneumáticas dos automóveis que passavam sobre o asfalto molhado pela garoa contínua, o que para mim era como um som benéfico, que aliviava minha mente daquela forma destrambelhada e furiosa dita pelo ladino espertalhão e vigarista.

O que me chama a atenção é que mesmo pessoas bem escolarizadas, pessoas de boa cultura, muitas das quais, pessoas boas e honestas deixam-se iludir por esses “tararacas” que possuem o dom de realmente hipnotizar a plateia, levando-a a acreditar em tantas falsidades e promessas, quase todas de cunho material.

AH! Que bom é ouvir o barulho dos automóveis que me livrava de tão doentia e insana pregação. Mas infelizmente a massa é cega, incauta e dominada por esses que não estão ali em nome de um deus, deus inexistente, estão ali ávidos pelas recompensas em doações e dízimos, que os tornam ricos em pouco tempo. Pois todos esses pregadores não deram certo em uma vida profissional e assim, valendo-se da fragilidade e desilusão de muitos optaram por serem pregadores. É fácil, não precisa de força braçal, basta ter cara-de-pau e ser convincente o bastante para alienar mais e mais os seus cordeirinhos.


Quando chegará o momento em que o povo, esse povo atrasado e atormentado se livrará destes achaques, pois tudo que se passa em suas cabeças são malformados conceitos de salvação, pois não adianta viver socado dentro de templos, atrelado a um livro falso, cópia vergonhosa de outras lendas, gritando como ensandecidos “aleluias” e “aleluias” e passar o resto da vida pensando e fazendo o mal. Orando pelo mal dos outros. Esse mal já começa por se acharem os escolhidos, lembrando aqui das palavras do Papa Francisco “mais vale ser um ateu do que um cristão hipócrita”.

Se existisse um paraíso eterno, certamente lá não estarão esses ladinos verborrágicos, nem a maioria de suas ovelhinhas demenciadas. Estarão sim em um inferno, também inexistente, pois são soberbos, jamais sorriem e se isolam dos demais que não pertençam à sua igreja. Doentes e retardados que têm a veleidade de se dizerem geração escolhida. Que têm a veleidade de se acharam os mais honestos e retos. Tem a soberba de se achatem o suprassumo de uma sociedade alienada e carente de valores morais, visto que um conceituado pastor está envolvido no lamaçal de corrupção, aliado a políticos também de sua igreja, em propinas e lavagem de dinheiro. Mas nem a Justiça tem a coragem de botar esse safado na cadeia.


Prefiro o meu ateísmo honesto, amar meus filhos corretos e trabalhadores, ajudar a quem posso, amar e respeitar a mulher com quem decidi, em um distante ano que seria a minha companheira, parceira e cúmplice, que não é, como para eles, um ser inferior, ela é igual ou superior, à hipocrisia tão visível de uma maioria de viscerais atormentados, misóginos e perversos.