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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Sabedoria Indonésia.


Recebi pelo WhatsApp este sábio pensamento e o reproduzo, dando os créditos ao sábio povo da Indonésia e que todas as pessoas de bem não precisam nem saber, mas os malfeitores devem tomar conhecimento e evitar que eles, os indonésios, um povo de um país pobre venha a gastar pólvora com esses tipos torpes que para lá vão pensando que é uma terra sem lei:


- Com o pó vieste e em pó voltarás.


Corrigindo, pois ainda dá tempo:

Como foram os fuzilamentos dos Brasileiros 

na Indonésia.


Não faltará um infeliz para dizer- "Coitadinhos".

Histórias Bobas


Hoje como sempre faço levantei cedo e enquanto preparava meu desjejum, suco de pomelo, omelete de rúcula e pão integral. No momento em que quebrava o ovo em minha mente um pensamento macabro surgiu.

Se todos os animais descende de um primitivo serzinho que surgiu a milhões e milhões de anos eu estava preparando um parente distante para saboreá-lo com rúcula.


Ai veio a meus pensamentos que P’an Ku, deus absoluto dos primitivos chineses nasceu de um ovo primordial.

E em meus pensamentos ainda na madrugada, foram surgindo espontaneamente outros e outros pensamentos que chegariam ao surgimento do homem atual.


Obvio está que com o desenvolvimento do conhecimento, das ciências tudo isso aliado a equipamentos e novas descobertas, homens sábios, que carregam infinidades de pensamentos e conhecimentos em seus desenvolvidos cérebros, acreditar no que o homem primitivo, ignorante, burro, mas bota burro, inventou há milhares de anos para explicar o que não tinha como fazê-lo é ser tão ou mais primitivo. E esses primitivos foram inventando então várias historinhas tão bobas que precisa ser um totalmente despossuído de criatividade, inteligência ou até amor próprio para acreditar.



Na crença Iorubá diz que Olorum incumbiu Obatalá de criar o mundo, este dormiu de um porre que tomara, então a Divina Senhora mandou três galinhas de angola ciscar a terra e essas ciscando formaram todos os continentes. E Eles acreditavam e milhões acreditam.



E nessas lendas ridículas existentes entre povos primitivos na mãe África diz que uma aranha teceu uma enorme teia que vinha do azul do céu até a Terra e por este fio começaram a descer os homens.


E Entre milhares de lendas sem pé nem cabeça povoam o imaginário do povo desprovido de conhecimento, como a de um deusinho que fez todo o Universo, ou todos os incontáveis Poliversos ou Multiversos num simples faça-se, mas para fazer o pior bicho que já pisou sobre o planeta Terra, o bicho mais daninho, perverso, desapiedado, corrupto, safado, imundo, grosseiro, ignorante, cafajeste, ladrão, porco, político, desavergonhado, pedófilo, mentiroso, fofoqueiro, mau, insano, cruel, patife, canalha, repressivo, bajulador, cruel, promíscuo, genocida, torturador, assassino, calculista, pernóstico, arrogante, soberbo, estuprador, e tudo mais que se possa dizer, teve que sujar as mãozinhas no barro para fazê-lo.



Pior. Teve que arrancar uma costela do infeliz para fazer a sua companheira.

Como é que uma pessoa lúcida pode acreditar nessa sandice?


Enquanto pensava acomodei-me à mesa e saboreei minha primeira refeição, aturdido pelos pensamentos. E mais e mais pensava, tantas coisa que se fosse coloca-las todas o Word, escreveria um livro.

Tantas e tantas bobagens, tantas e tantas sandices que por não terem conhecimento o homem foi inventando, e por ser um ser ainda primitivo, desprovido de inteligência, desprovido deste conhecimento que hoje ilumina um pouco esta humanidade feroz e insana, iam como crianças inocente inventando historinha ridículas e hoje ainda a maioria da humanidade acredita nessas bobagens.


Quase tive uma indigestão.

terça-feira, 28 de abril de 2015

O Homem Negro e Cego.


Inicio dos anos 80 ia eu tranquilamente pela Rua Voluntários da Pátria, no centro de Porto Alegre, entre as Ruas Vigário José Inácio e Doutor Flores, ainda cedo, sete e pouco da manhã, quando em sentido contrário vinha um, na época jovem homem negro, com sua bengala tateando a calçada.

Já o conhecia, era um pobre homem cego que seguidamente, há muitos anos o via no centro da Capital.

Ele havia nascido cego e sem perspectiva vivia da caridade de um ou outro.


Quando o mesmo aproximava-se dei-lhe passagem entrando em uma porta recuada de uma loja, e ali fiquei a observá-lo em seu passo incerto.

Ao passar por mim uns dois ou três metros esbarrou em uma mulher que estava olhando a vitrine da loja.

Esta ao sentir-se encostada por um homem negro, estúpida e raivosamente, sem perceber que se tratava deficiente visual, desferiu um violento tapa em seu rosto.

Ao ser agredido, não sei como, ele conseguiu em um movimento rápido pegar a mulher pelo pescoço e com violência bateu duas ou três vezes com a cabeça dela na parede da loja.

Atônito fiquei a observar a agilidade do pobre homem cego, que em sofrer uma desmerecida agressão soube se defender.

Entretanto vi dois homens correrem na sua direção e enquanto o mais velho segurava o rapaz pelo braço direito o outo desferiu um forte soco, que o atingiu do lado do rosto.

O Povo que passava ao ver a briga afastou-se momento em que eu tinha que de alguma forma agir para evitar o espancamento do pobre homem cego.

Num pulo e aos gritos empurrei o homem mais velho, que desequilibrou e caiu na calçada, enquanto que o mais novo fez menção de me atingir, mesmo eu gritando que se tratava de um homem cego.

Na verdade os dois homens estavam  “cegos” de raiva do cego.

Quando o homem mais jovem desferiu um soco em minha direção, defendi-me com o braço esquerdo, surpreendendo-o com um movimento rápido imobilizando contra a parede.

Aos gritos dizia a ele que o homem negro era cego, momento em que o empurrei para o lado e abracei o cego protegendo com o meu corpo.

Os outros dois, aturdidos, pararam e somente aí entenderam o que eu dizia.

A mulher continuava estatelada ao chão com as pernas esticadas e as costas encostadas na parede.

Dois populares se acercaram para prestar-me auxilio momento em que dialoguei com os três agressores. O marido, a mulher e o pai dela.

Depois de uma conversa rápida e ríspida, cercados de populares, os dois mais desconfiados que gato em casa nova foram pedir desculpas ao cego.

Foram-se para o lado da Praça Rui Barbosa e eu mudei meu trajeto e levei o homem cego até as esquina da Avenida Borges de Medeiros com a Rua José Montauri.

Há pessoas que já saem de casa prontas para agredir quem quer que seja, e numa rua movimentada qualquer esbarrão é motivo para agressões.

Há bem um ano vi o homem negro e cego na cidade de Porto Alegre, diminuí a velocidade do automóvel e o observei caminhando em seu passo incerto, ostentando os cabelos quase todo embranquecido.

Que seja feliz, e que sua cegueira permita “ver” a humanidade pelo lado bom, pois se visse essa mesma humanidade pelo lado ruim, jamais certamente gostaria de enxergar.



Enganação Industrial II



Vejo estas manifestações o protótipo da hipocrisia, pois estas manifestações encabeçadas por meia dúzia de raivosos da direita fascista saem às ruas como verdadeiros arruaceiro pedindo a derrubado do governo, culpando esse por todas as mazelas que existem no Brasil.

Sou visceralmente contraria a qualquer tipo de corrupção, porém quem são eles para reclamarem.

Sim, pois estas manifestações são a voz do grande capital, o mesmo grande capital que rouba desavergonhadamente do povo, e esse povo não tem conhecimento ou é muito otário.

Vejamos:

Em 22 de setembro de 2012, publique neste blogue a matéria com o título “ENGANAÇÃO INDUSTRIAL”, centenas leram e ficaram na mesma. Nada fizeram.

Agora vejo essa elite safada pregando a queda do governo, culpando esse pela corrupção, mas é esta mesma elite cachorra que é corrupta, ladra e mesquinha, e o povo não se dá por conta ou faz que não vê.

Povo coitadinho.

Pois bem, esses riquinhos de meia pataca, industriais, principalmente do ramo de alimentação, que tanto fazem caras feias contra o Governo Federal e o culpam pela roubalheira em todos os sítios da sociedade é a mesma elite safada que vai subtraindo aos poucos do povo. Povo retardado que não vê as coisas.


Vejamos então. Como escrevi naquela data, apontava a enganação que são os achocolatados, onde 90% é açúcar, mas tu pagas como se fosse chocolate, o mesmo acontece com a essência de baunilha, pura água que nos anos 50 e 60 tu tinhas que por apenas três gotinhas para dar gosto ao bolo, hoje tu pões o vidro todo e não dá sabor algum.

O mesmo acontece com a canela em pó, que hoje vem com um percentual elevado de açúcar. Mas tu pagas por canela, cara e misturada.

Agora essa mesma e viscosa elite industrial do ramo de alimentação mete a mão no bolso do povo e esse povo fica com cara de otário.

Mais otário ainda.


Se a bem pouco tempo tu compravas as tais paçoquinhas de amendoim, elas vinham com um tamanho muito maior das que atualmente são vendidas, mas o preço não baixou e sim subiu, o mesmo acontece com os tabletes (rapadurinhas) de banana, que estão menos da metade do tamanho, mas o preço aumentou. Lembro quando era menino de quatro ou cinco anos que papai chegava do quartel trazendo um pacote de rapadurinhas de banana, um enorme pacote com um quilo. Hoje os pacotes são de apenas 300 gramas.


Além disso, há bastante tempo não consumia o creme de amendoim. Resolvi então comprar um pote. Decepção.

Puro açúcar, gordura animal ou similar e o gosto do amendoim sumiu. Mais uma roubalheira que se faz encima do consumidor. 


Ou seja, esses mesmos canalhas que tanto pregam moralidade roubam com a maior cara-de-pau do consumidor e esse consumidor fica com cara de otário.

Mais otário ainda.


Outro caso, mesmo que possa parecer irrelevante são as balas de goma, que como num passe de mágica estão sendo fabricadas com o tamanho reduzido pela metade, mas os preços são outros. Bem maiores.


E se alguém de vergonha na cara quiser pesquisar seriamente e ver a pouca vergonha, examine não só o leite comum, mas mande para análise o leite em pó.

Ou seja. Esses mesmos que são a parte interessada em tentar derrubar um governo legalmente eleito, são pertencente a mesma classe social desses canalhas que roubam o consumidor e tem a cara-de-pau, a cara deslavada de criticar este ou aquele por corrupção.


Mas quem não é otário sabe bem quem são os verdadeiros corruptos.




segunda-feira, 27 de abril de 2015

Relaxamento.



Jamais esqueço das sábias palavras de meu primeiro professor de Latim e Francês, o mestre Karel Ortz, sobre o relaxamento.

Era um homem muito alto, muito feio, mas compensava sua feiura com uma simpatia muito grande e um conhecimento de fazer inveja a qualquer mestre.

Falava vários idiomas, francês, inglês, alemão, espanhol, português, e pasmem-se, o latim, fora alguns dialetos.

Sua genialidade não ficava reduzida aos diferentes idiomas que falava, mas também em seu conhecimento geral, pois na falta do professor de matemática lá estaria o professor Karel dando com destreza essa complicada matéria, e assim procedia com qualquer outra cátedra.

Por ser, como já disse muito feio e dar aulas de latim, a “gurizadinha” ou o “piazedo” do então Ginásio Vasconcelos Jardim, em General Câmara, o apelidara de Feio ou Genitivo, (genitivo é uma das declinações do latim).

O Prof. Karel era belga e viera para o Brasil, tão logo a Bélgica capitulara frente à Alemanha. Servia como Coronel do aniquilado Exército belga e jamais quis voltar para a Europa, arrumando aqui um emprego de professor estadual, encerrando suas atividades como Diretor desse Ginásio, quando aposentou-se.


Em sua cultura refinada, mesmo sendo europeu, que são em sua maioria avessos aos banhos diários, dizia que se conhecia o grau de limpeza de uma casa entrando no banheiro.

Com o tempo passei a notar isto. E realmente o caro professor estava coberto de razão.

Se entrares em um banheiro e encontrares toalhas pelo chão, calcinha penduradas, seja na maçaneta da porta, no registro do chuveiro ou jogadas pelos cantos, assim como cuecas e outras peças, saibas que os donos da casa não são pessoas asseadas.

Que porquice. 



Outro indício são poças d’água, rolo de papel no chão, caixa de papéis abertas ou cheias até a borda, escovas de dentes jogadas sobre a pia, creme dental sem a tampa, restos de pasta de dente respingada, jornais e revistas pelos cantos.

Vaso sanitário não é poltrona para leitura. E dizem alguns especialistas que não se deve ler quando se está no troninho, e eu digo: - Mais mal faz do que cultura traz.

Tenho verdadeiro asco de encontrar roupas penduradas dentro de banheiro, a começar que entro o estritamente necessário nesta peça tão útil de qualquer casa ou apartamento.

E sou o mais rápido possível, pois dentro de banheiro só se faz o que nenhum chefe gosta, pois só se perde tempo é se faz cáca.

A começar pelo banho. Não sei o que uma pessoa tem tanto para esfregar para perder muitas vezes uma hora ou mais no banho.


Banho bem tomado pode ser rápido, mais do que dez minutos é pura frescura.

Dá-se um baita desconto para as mulheres que usam esse momento para depilarem-se, usarem produtos nos cabelos e afeitarem-se.

É obvio que os homens que fazem diariamente a barba perdem um pouco mais de tempo. E como eu uso cavanhaque e bigodes, perco um pouquinho mais de tempo para barbear as laterais do rosto e o pescoço, o que faço dentro do box enquanto tomo banho. E é jogo rápido, não mais que cinco minutos, ou até menos, além do tempo do banho, que também é rápido. Banho de legionário, vapt e pupt.

Então relembrando, com um pouco de saudades do velho e sábio professor; conhecerás bem o asseio de uma família visitando o banheiro da casa.

Estou me referindo da classe média para cima, pois muitos são as família pobres que se quer tem banheiro, muitas nem casa possuem.


Há banheiros pobres, o que não significa relaxamento, assim como encontrarás verdadeiros salões de festas em lugar de banheiros que a imundície salta pelos ralos e janela.

Fui.


Quase vomitando de nojo.

domingo, 26 de abril de 2015

Injustiça


Não sou nenhum deus, não sou esse ser mitológico que embota as mentes, que torna as pessoas totalmente reféns da ilusão, portanto não sendo uma deidade posso ter os meus defeitos, que vão dos simples rezingar até os mais altos níveis de não querer bem, de não amar ou o de não ser justo, porém com os meus FILHOS procuro sempre botar as coisas na balança, ou seja, o que é para um é para todos.

Não costumo e não gosto dar presentes aos filhos, filha, noras e neto. Substituí há muito tempo por uma espécie de abono.

Natal, páscoa e aniversário em vez de dar uma camiseta, uma bermuda ou um utensílio para casa, não o faço, pois cada um tem um gosto ou uma necessidade, e dar um utensílio doméstico para uma mulher é de um mau gosto acima de qualquer expectativa.

Pois assim procedendo tu estarás dando um presente para a casa e não para a dona da casa.


Ao invés de dar um presente então, para ser mais justo dou o tal abono, e todos recebem igual.

Se der de aniversário a um filho, por exemplo determinado valor, todos os outros, inclusive noras e netos receberão a mesma quantia.

Se por ventura, como já aconteceu, ajudar um filho com uma determinada coisa, assim que puder os outros também receberão igualmente.

Portanto, sendo um simples mortal, cheio de defeitos procuro ser justo com os meus FILHOS.

Isto não vamos receber por parte deste tão amado deus, que a uns dá a rodo enquanto a maioria amarga a fome, a miséria, as doenças, o desemprego, as injustiças.

Entretanto esse povo parvo vive falando que deus deu isto ou deu aquilo. Que a mão de deus amparou neste ou naquele momento. E por aí se vai uma lista infindável de besteirol.

Observem e veja por si mesmo o quanto esse povo é simplório.

Ainda esta semana ouvi uma frase que realmente me deixou revoltadíssimo:

Em determinado acidente, onde várias pessoas morreram uma se salvou.


PRO-BA-BI-LI-DA-DE.

Entrevistada dias depois a simplória disse:

- Foi a mão de deus que me protegeu.

Na hora quase explodi, pois gostaria de perguntar a esta pessoa simplória e cheia de presunção.

- E os outros?

Deus não os salvou. Deus não deu as mínimas.

Entre tantos porque só um idiota foi salvo?

Ah! Ah! Algum simplório dirá:

- Havia chegado o momento dos outros.

É sempre isto que  dizem os coitadinho. Fique então com a boca calada, assim não entrará moscas.


Outro caso ocorreu em uma praia do nosso litoral. Fato já contado neste blogue.

Duas senhoras caminhavam em direção à praia e a frente iam três menininhas.

Logo atrás delas ia eu, silenciosamente, quando uma delas disse que a cadela do doutor fulano que ficara solta no fim de semana, atravessara várias vezes a rodovia chamada Interpraias, mas deus a protegia.

Injuriado e cheio de raiva saltei quase a frente dessa idiota e perguntei:

- Mas que deus é esse que protege uma cadela durante o fim de semana, enquanto isto só no sábado, quatro pessoas morreram atropeladas na mesma Interpraias. Fora as milhares de outras que foram atropeladas em todo o mundo.


As duas, apavoradas calaram a boca, e duvido que tenham dito mais bobagens.

Para encerrar. Há tanta injustiça no mundo que é muito difícil acreditar em um deus justo. Em um deus.


Mas tem gosto para tudo, até para comer insetos. Uns por paladar, outro por necessidade.

Mas esse deus que te condena às chamas eternas do inferno, para ser torturado, judiado, maltratado, queimado, esfolado por todo o sempre, te ama...

KKKKKK.


PS. E os meus filhos não vivem rezando feito dementes para receber de mim, presentinhos.

sábado, 25 de abril de 2015

Como Funciona


A mente humana, e não é coisa redundante, pois todos os outros animais também a têm e é uma coisa ainda pouco conhecida da ciência e isto tenho como experiência própria, pois carrego em minha mente coisas que a ciência ainda não compreende, como lembranças de uma época em que muitos estudiosos, médicos e cientistas acreditam não ser possível reter em sua memória.

Mas isto é outra história.

Voltamos então à mente comum. A mente da maioria esmagadora deste povo muitas vezes desorientado.

Os povos, desde o seu alvorecer, pela incapacidade de entender, de compreender, de saber das coisas, foram ao longo de milhares e milhares de anos, e não me refiro somente ao homo sapiens, e sim aos mais antigos homens primitivos que deram a nossa origem, neandertal, homo hábilis, homo erectus e talvez outros ainda não encontrados desenvolvendo uma “sabedoria” que está aquém ou além da razão.

O que não entendo, não compreendo, busco uma explicação, mesmo que seja difícil de aceitar é o por quê desse verdadeiro desespero em acreditar em qualquer coisa, num trevo, num pé de coelho, ferraduras, santinhos e rezas, principalmente quando estão desesperados e a mente começa a fluir na contramão de qualquer razão, principalmente quando um filho ou parente muito chegado está de alguma maneira em perigo.

No primeiro lustro dos anos sessenta, soube de uma história triste, intrigante e ao mesmo tempo hilária.


Havia uma jovem senhora, mamãe de primeira viagem, que morava no Bairro Simões Lopes, na cidade de Pelotas, não muito distante da Estação Ferroviária, entrou em total desespero, coisa que qualquer pai ou mãe sentiria ao ver um filho a beira da morte.

Essa mãe, com suas filha de no máximo três anos corria em romaria aos hospitais e médicos em busca da salvação de sua menininha. E foram meses de desespero.

Visitava os médicos e entupia a criança dos mais variados remédios, e em sua mente já confusa passou a acreditar que tais medicações não faziam efeitos, não esperava nem que a composição fizesse efeito e desesperada procurava outro médico e mais e mais remédios fazia a menina tomar.

O desespero era tal, que levada pelas crendices, começou a apelar para variados Santos em busca de salvação.

Como habitualmente passava em frente a casa de minha irmã, a esta punha em constante atualização sobre o estranho caso de sua filha e dizia:

- Os médicos nada sabem.

Mas não deixava de entupir a criança de medicamentos.

Um dia confidenciou a minha irmã que fizera no quarto da menina um altar, com imagens e figuras de santos e mais santos, da “Virgem”, velas e também apelara para a umbanda, contas, incensos, milho e “marafo”.


Sua missão era salvar a menina.

Mas nada resultava positivamente.

Após muito tempo tratando a menina com remédios e rezas, passou pela casa de minha irmã e contou que finalmente havia encontrado um santo milagreiro. Um santo que ela desconhecia, mas que foi a causa da repentina melhora de sua filhinha, dizendo:

- Tão logo coloquei a imagem do santo no altar a “fulaninha” começou a melhorar. Foi um milagre.

Minha irmã quis então saber quem era esse santo tão poderoso e em uma tarde se deslocou até a casa da desesperada mãe para ver tal santo, afinal a pobre mulher estava eufórica com a repentina cura de menina.

Mas não deixava de entupir a criança de remédios.


Ao chegar a casa desta pobre mãe, essa a levou até o quarto da menina que tranquilamente dormia já quase curada.

Em um canto do quarto estava um altar, cheio de velas e contras de umbanda e pelo chão, várias imagens de santo, mas o que chamou a atenção de minha irmã, foi que sobre o altar, colado a parede estava a imagem do tal santo milagreiro que a infeliz mulher havia recortado de uma revista.

Minha irmã pasma viu colado sobre o altar nada mais nada menos que o santo que a mulher dizia ser o salvador de sua filha, o santo milagreiro.

Incrédula nada disse e deixou que a pobre e confiante mulher ficasse com sua crença.

O que tinha colado à parede era uma fotografia de Santos Dumont, o brasileiro inventor do avião em 1906.

                Deu um branco...
                             Vamos refletir...
                             Alberto Santos Dumont...

               Alberto Santos Dumont. O Santo Dumont

É assim que funciona.

As pessoas tem uma necessidade que está acima da razão, e no desespero apelam para tudo, e assim vão surgindo as seitas, as crendices e os “milagres” porque a vida é um verdadeiro -

“se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

                             Neste caso a bichinha fica.

Pois se alguém se salvar foi um milagre, foi deus quem salvou e se morrer foi porque deus chamou.

Ou seja, não tem como escapar das crendices bobas.

E as pessoas piamente acreditam.