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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Neve, Granizo e Geada





Por ser um imenso país, bem maior que a Europa Ocidental, curiosos fatores o tornam um país de extremos.


Nestes últimos dias nos deparamos com a caída vertiginosa das temperaturas que há muitos anos não sentíamos



No Rio Grande do Sul, na Região da Serra Gaúcha e nas Serras do Estado de Santa Catarina, as temperaturas caíram a baixo de 10 graus negativos, o que trouxe muitos turistas de outros Estados Brasileiros para assistirem a queda de neve e sofrerem com o frio. 


Entretanto o que mais assustou tanto os Gaúchos como os Barrigas Verdes foram as chuvas violentas de granizo que em muitas cidades camadas de gelo permaneciam amontoadas nas manhãs seguintes.




Até na minha Canoas, onde a temperatura despencou houve muita devastação pela queda de granizo, pelotas maiores que um ovo de galinha destelharam inúmeras residências e fizeram um estrago em muitos automóveis que tiveram sua lataria amassada e seus para-brisas quebrados.



Mas tche bagual, estou aperado nos trinques e de coração estreleiro, até o meu bichará de lã saiu do baú e o lenço maragato não sai do pescoço e passo a manhã na soleira da sacada pegando um solito e bombeando as pinguanchitas enroladitas que passam pela rua, que de tão frio até andam menos algariadas e os piás caborteiros andam encorujados, feito caburé e com seus canguás enterrados até las orejas.



Nas regiões mais úmidas onde o orvalho cobria os campos e casas houve formação de geada deixando tudo branco e nos brindando com uma gama de imagens muito belas e até bizarras.




Alguns menos avisados dizem que “caiu geada”, entretanto geada não cai, é um fenômeno que acorre devido a um fenômeno chamado advecção de massa de ar polar, igualito com o que ocorre dentro da geladeira, a água congela no freezer, mas não cai de lugar nenhum, apenas congela. Esse mesmo processo ocorre na natureza onde a umidade ou mesmo poças d’água viram pedras de gelo ou congelam dentro de canos interrompendo o abastecimento quando exposto ao tempo.



Por outro lado a neve cai, assim como a chuva, só o que não cai é a geada e os preços, a tal ponto que esse ano não fiz o tão esperado mocotó. Mas que barbaridade!



E a previsão é mais frio.



Oigalê porqueira! É para o baicuára ficar bicudo de tanto tomar chimarrão bem quente , cheio de jujo, para enfrentar o frio e o bacudo que pode, fica enroladito nos pelegos dentro do rancho ou a beira do velho fogão a lenha e nem te ligo. Já os borrachos vão para o bolicho encher a cara com uma caña de Santo Antônio, que a friaca passa folheirita no más.


Entonces tá! 


Fui



Mas vou tapado de frio, mas em manga de camisa.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Negros. Quem somos?




Escrever sobre o racismo ou sobre a escravidão são coisas já escritas, debatidas, mostradas e sabidas, dentre todos os males muito bem organizados e incentivados pelas ditas escrituras sagradas, também já sabemos, inclusive que o Santo, pedra basilar da Igreja Católica e deixou escrito que “tu terás no reino dos céus os mesmos escravos que tivesses na Terra”, sendo que esse livro é guia não só para os católicos como para todos os que acreditam na religião judaico-cristã, que de forma ordenada, organizada e malévola não só incentiva como organiza e qualifica o escravo e nisso é pródiga em ensinamentos de submissão, inclusive dizendo que é agradável aos olhos de deus ver alguém sofrendo agravos. Vejas bem, “é agradável aos olhos de deus”.



Quem estudou a história das religiões, como eu ou leu pormenorizadamente as ditas palavras de deus constante da bíblia, dita também sagrada, plágio feito dos livros judaicos de Esdras e Daniel, que por sua vez são cópias de outros escritos e de outros povos, ou teve contato com o corão, também uma mal feita cópia, deparou-se com escritos nojentos, escabrosos e cruéis sobre povos diferentes, mas que, com o passar dos tempos as maiores vítimas foram os negros, e quando escrevo negro não estou me referindo a apenas um tipo de povo e sim de dezenas de povos diferentes física e culturalmente de pele escura, o que me leva a questionar muitos negros que nesse livro que verte maldade e morte acreditam, já que esse deus Yavé ou Jeová os amaldiçoou. Portanto, tantos os brancos como os negros de princípios morais, éticos e humanitários elevados deveriam repudiar com veemência esse livro contraditório e malévolo, pois de santo não tem nada, são fábulas, cópias mal feitas, plágios, mentiras, ruindades e contradições, em um livro que se torcido escorreria sangue.






Não é por menos que os cristãos botaram essas escrituras goela a baixo dos diferentes povos africanos, assim sendo muitos seriam cruelmente tratados e se resignariam ao sofrimento acreditando que um deus, seja o nome que possua, os tenha amaldiçoado e os relegado a terceiro plano, pois muitos eram mais maltratados do que mulas e cabras, mesmo assim passaram a acreditar nesse livro, se o mais lido do mundo, é também o mais vil, cruel e danoso livro de toda a história.




Pior que os escritos, pior que a escravidão, pior que os maus tratos, os negros tiveram suas raízes deliberada e organizadamente ceifadas, numa tentativa que supera todas as barbáries já feitas a diferentes povos, tão nocivas quanto as feitas aos judeus dos tempos do Holocausto pela Alemanha.



Essa grande barbárie foi apagar a história desses povos escravizados, foi o de apagar sua genealogia, se bem que a esmagadora maioria dá de ombros, não se importando de onde veio, pois para muitos, o que importa saber de seus bisavós ou tataravós? Nem precisamos ir longe, não precisamos falar sobre outras terras, vamos nos focar apenas no Brasil, onde a escravidão foi à base daquela sociedade, como a de hoje extremamente hipócrita e onde encontrava-se o maior número de negros escravizados no mundo, insensível e como todas as sociedades, extremamente cruel.


A iniciar pela separação de famílias, pela coisa organizada e sádica de evitar que negros de uma mesma família ou etnia permanecessem juntos. Assim se estaria idiotizando os remanescentes, que sem sua história e tradições perderiam suas identidades. Para tal até mesmo os nomes de famílias foram substituídos, apagando-se assim o passado, e não há, até prova em contrário que exista no Brasil negros que guardem seus nomes africanos, quanto mais os seus sobrenomes. Sendo que os nomes mais comuns entre eles são Maria, João e José, e agora com essa onda americanista que domina a mente de milhões de brasileiros apareceram os Michaels, Jeffersons, Washingtons e outros.

Os sobrenomes como Kuti, Xito, Tutu, Soyinka, Achebe, Ngozi, Adichie, Thiong’o, Abacha, Mengestu, Mabanckou, Tansi, Oyono, Kourouma, Dadié, Waberi, Mandela, Hampáté Bá, Tadio, Armah, p’Bitek, Wainaina, Marechera, Aidoo, Busia, Dangarembga e tantos outros sumiram, sumiram para apagar qualquer vestígio de história dos povo negros escravizados.




Esse crime, como todos os crimes de escravidão jamais foram a julgamento, a não ser na revolta haitiana, aonde os negros dizimaram fisicamente os seus algozes cristãos brancos, numa das maiores vinganças, que de tão justa e brutal levou o Haiti a essa infinita pobreza, pois as nações brancas, tal como os EUA fizeram com Cuba, bloquearam o Haiti por sessenta anos, com a finalidade de matar de fome toda a população daquela metade da ilha, onde se encontra também a República Dominicana, além de pesadas multas impostas pela França, o que até hoje aniquila o povo haitiano, lembrando que de 1915 a 1934 os EUA invadiram e dominaram o país, numa escancarada agressão, apoiada talvez no Big Stik, que muitos livros de história omitem e quase ninguém fala.


Hoje encontramos no Brasil milhões de negros sem conhecer sua verdadeira etnia, sem conhecer seus nomes originais de famílias, sem saber que quando nos referimos aos negros, o que vem a nossa mente é a mãe África, porém não se sabe e muitos negros também não qual é a sua procedência e qual é a sua verdadeira “raça”, pois ardilosamente tudo foi colocado como negro, porém isto é uma classificação racial para os seres humanos, como um fenótipo de pele escura, porém se são de um ou de outro ramo racial não são assim vistos e muitos por total ignorância e racismo ainda dizem – negro é negro. Então vejam a série de fotos abaixo e digam se negro é apenas negro. 




Não notar as diferenças que existem entre diferentes povos africanos, e não me refiro a indumentária, é como não achar diferença entre um alemão e um português, entre um polonês e um espanhol ou entre belga e russo. Observem os tipos físicos, cores que não são fruto de miscigenação, pois o negro mais claro desta foto representa um dos povos mais antigos, talvez o mais antigo representante da raça humana.


Só para se ter uma ideia, assim como a Europa está compartimentada em diversos tipos humanos que vão do  lapões aos italianos, dos russos aos holandeses, dos croatas aos sérvios, na África há somente no sul do continente povos totalmente diferentes não só em sua cultura como nos seus atributos físicos como os zulus, xhosa, basotho, bapedi, venda, tswa  na, tsonga, swazi, ndebele, sem falar nos arqui-inimigos tutsis e hutus de Ruanda e arredores totalmente diferentes fisicamente.


Nada tenho contra a eugenia não forçada, porém também nada tenho contra a miscigenação tão gratificante, que forma tipos raciais interessantes, porém para muitos visto como um empecilho. Pois para muitos racistas o cruzamento entre um representante do povo himba e um do povo massai resultaria apenas no nascimento de mais um negro, mas não é assim tão simples, pois se fosse estariam perdendo sua identidade, e milhões perderam essa identidade pela constante e organizada miscigenação. É mais fácil notar a enorme diferença racial entre um himba e um massai do que de um russo e um alemão, para tal as fotos que se seguem mostram bem essa diferença, porém muitos vão dizer que se trata de duas mulheres negras uma russa e uma alemã.





Por quê?


Porque não dizem uma mulher himba, uma mulher massai, uma mulher russa e uma mulher alemã.


Não, dirá um racista! Negro é negro, já o alemão é raça pura e o russo é inferior ao alemão, o que ainda povoa a mente de muitos racistas idiotizados pela propaganda racista e pelos adoradores de Hitler.




Puro e asqueroso racismo, a começar que não existe raça pura, todas descendem de uma raça negra e que muito provavelmente os mais antigos representantes desta raça dita humana, sejam os bosquímanos, na verdade San, ou povo San. Esses por sua vez foram totalmente extintos de muitas áreas ancestrais sendo mortos deliberadamente pelos malditos brancos racistas que dominaram o continente africano. Os bosquímanos que assim são chamados por terem os europeus os encontrado em bosques, daí o nome, hoje restam apenas por volta de 80 mil indivíduos e estão fadados ao desaparecimento.


Portanto no Brasil a coisa foi tão danosa que hoje muitos negros não sabem suas origens, e de onde provêm seus sobrenomes e tantas vezes foram cruzados com negros de diferentes povos que se torna difícil afirmar 




Os hipócritas cristãos que os escravizaram e que colocaram nomes de santos, dias ditos santificado ou o sobrenome de seus compradores, arrasando assim não só a identidade do infeliz, como sua história e personalidade não pagaram por essa perversidade. E um negro que se chamava Vemba, Kekelo, Chisola ou Kizwa, passou a ser chamado de Sebastião e seu sobrenome que seria Jamba, Ngozi ou Luango, passou a ser Silva, assim um homem chamado Kekelo Ngozi, passou de uma hora para outra de ser chamado de Bastião Silva, e seus filhos eram obrigados a serem batizados com nomes de santos cristãos e terem como sobrenome, geralmente, o sobrenome do “dono” ou senhor.


A miscigenação forçada na época da escravidão e o desrespeito brutal formou um amontoado de povos sem raízes palpáveis, sem uma história de seus ancestrais, e de seus ritos que redundaram mesmo que muitos procurem resgatar essa história não a conseguirá fazer com exatidão, pois o passado foi apagado, se liquidou a essência desses povos tão barbaramente explorados, não sabendo assim de que região vieram seus antepassados. Antepassados esses que foram miscigenados com outros que também não sabem ou tem uma vaga ideia de onde poderiam ter vindo, pois para cá vieram negros de diferentes origens, mais de 10 regiões diferentes. 


Por este motivo fica tão fácil hoje sabermos quando um negro é haitiano ou Senegalês, pois são diferentes em tudo, não só no falar como nas características físicas.


Seus ritos religiosos foram proibidos, o que hoje muitos religiosos tararacas querem fazer com o que sobrou e o que sobrou chamamos de sincretismo, o que levou os de religião de matriz africana a confundirem-se também achando que Iemanjá é a mesma coisa que Nossa Senhora dos Navegantes, inclusive festejada no mesmo dia. Já São Jorge, um cavaleiro da Capadócia que nada tem a ver com os ritos africanos passou a ser cultuado como sendo Ogum e São Sebastião como sendo Oxóssi, sendo que tanto Ogum como Oxóssi são milhares de anos anteriores ao próprio nascimento do cavaleiro chamado Jorge ou de um santo chamado Bastião.


Até nisto o apagão das culturas e seitas de origem africana sofreram e hoje rezam para a entidade errada, numa total confusão.


Visto tudo isto, há sim uma dívida muito grande com os negros, mas essa dívida advém de cristãos brancos que os escravizaram, mas como no caso alemão é uma culpa coletiva dos que aceitaram ou apoiaram tanto a escravidão como as barbáries nazistas. 


Há muito que fazer, porém, como sempre digo deve ser feito com base na escala social e não pela cor da pele. Pois devemos lembrar que no período escravagista grande parcela da população branca amargava também a miséria, a desnutrição e o desemprego, igual ou pior que um homem negro, libertos apenas dos trabalhos forçados do dos açoitamentos. 

                  E tem gente que vota nisto.