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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Extinção 1 - Abelhas


Lembram de minhas amiguinhas que todos os dias vinham me visitar e eu as aguardava com uma bela cucharada de mel e elas felizes passeavam em minhas mãos, braços e rosto e voavam em minha volta, faceiras e felizes num alvoroço dentro de meu pequeno escritório de impor medo a muitos mas que me deixava extremamente alegre, feliz e em paz com a natureza, pois que mal poderiam fazer?

Post publicado em 5 de  junho de 2017. 

Lembram-se?

Lembram-se das doces criaturinhas da natureza que enchiam todos os espaços a minha volta a procura incessante do tão doce e esperado néctar do Olimpo, que tanta beleza, aroma, vivacidade traziam para o meu cantinho?

Pois é.

Há um bom tempo senti a falta de minhas pontuais e doces amiguinhas. E não é por causa do frio que tem feito, pois desde o último verão elas não mais apareceram. Porém sabia onde elas moravam. Moravam na mata nativa ao redor do edifício em que resido numa frondosa árvore de mais de dez metros de atura a qual seriam necessários dois ou três homens para abraçá-la, esta mata nativa de “preservação” pertence a uma organização religiosa e eu fui notando com o tempo várias mortas ou desorientadas, caindo nas calçadas, nos pátios e no asfalto, pelos corredores do edifício onde moro.


Resolvi procurá-las em sua enorme árvore, porém nenhuma restou. Todas desapareceram. O oco da árvore, bem no alto, a mais de oito metros, antes efervescente, com milhares de espertas e graciosas abelhinhas que formavam uma nuvem densa para entrarem em sua casinha está completa e tristemente abandonado, Não há mais vida. Todas desapareceram.

O que teria acontecido com minhas abelhinhas do coração.

Semana passada assistindo o jornal ao meio-dia soube que 30% das abelhas do meu Estado desapareceram, mortas pelos inseticidas das grandes lavouras de soja, arroz, milho e tudo mais.

E as minhas pontuais amiguinhas eram da cidade como poderiam ter desaparecido.

Devem ter sido mortas, pois poderiam perturbar os velhinhos do asilo que foi construído em um dos cantos desta mata.

Será?

Não há dúvidas.

Ao procurar mais informações fiquei sabendo que os bichinhos estão na lista de extinção nos Estado Unidos da América assim como na União Europeia, por conta dessa agricultura de modelo “insustentável”. No Brasil a situação é bem pior, pois aqui, os grandes produtores rurais irresponsáveis que não ligam para a natureza, eles querem apenas lucros e lucros cada vez maiores, queimando florestas, matando rios e animais, pois são reacionários e prepotentes.

A única coisa que serena meus ânimos é saber que com a extinção das abelhas, como está ocorrendo no mundo todo, não haverá mais vida humana na Terra.

Folgo em saber.


E o exemplo maior vem de Chernobyl, pois a irresponsabilidade humana levou a um acidente nuclear nessa cidade, hoje cidade fantasma da Ucrânia, porém sem a presença nefasta do homem a natureza está se recompondo.

Talvez se explodíssemos uma bomba atômica em cada cidade do mundo a natureza se recomporia.

Será?

Isto provaria que acidentes nucleares são menos nocivos que a presença humana, esta presença nefasta e repulsiva que está acabando com a natureza.

Não há presença mais nociva que a humana junto a Natureza e isto vemos todos os dias com a poluição dos oceanos, degelos das calotas polares, aquecimento global , envenenamento dos rios, incêndio em florestas, extinção de animais, fome, miséria e maldade, tudo causado pela ganância do homem, que que destrói o que levou milhões de anos para se organizar e num piscar de olhos esse bicho mesquinho acaba com tudo, irresponsavelmente.

Até quando?

 




2 comentários:

  1. olá, Pedro! gostei muito da postagem, as imagens são mais do que apenas interessantes, elas demonstram verdades com as quais as pessoas em geral não estão nem um pouco preocupadas, afinal nem sabem, por exemplo, da importância das abelhas, da influência muitas vezes negativa (e nefasta, como diz na fotografia) do homem sobre a natureza. um abraço!

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    1. Caríssimo Ulisses de Carvalho.
      Homens preocupados com a natureza fazem a diferença, e vejo em tuas palavras que também és preocupado com o futuro que o homem está construindo e posso te afirmar que não será nada bom, um verdadeiro inferno de Dante.
      Antevejo a extinção em massa dos grandes animais, envenenamento dos oceanos e mares, extinção das florestas, além da falta de alimentos se as abelhas vierem a ser extintas, pois com o uso intenso de agrotóxicos em muitas regiões já não mais existem essas criaturinhas tão doces e trabalhadoras, que polinizam nossos pomares e nos garantes safras de frutas e outros alimentos.
      Viajei muito pelo Brasil Central nos anos 70, quando ainda a região era coberta pelos cerrados e com alegria via revoadas intermináveis de pássaros, porém como as abelhas todos foram criminosamente mortos pelos latifundiários que derrubaram todas as matas, queimaram e espalharam tantos agrotóxicos que o solo está envenenado, rios morreram e há grande número de portadores de câncer devido a esse envenenamento.
      Há uma luta desigual do bicho homem contra os indefesos insetos. Formigas, cupins, estercoreiros (Besouros escarabeídeos) e tantos outros, porém são eles responsáveis pela aeração e reintrodução de material orgânico ao solo, tão necessários às culturas dos próprios homens. O mundo sem insetos ou sem bactérias o homem não existiria.
      Caríssimo Ulisses. Agradecendo a participação e o comentário desejo muita saúde, principalmente nesta época de pandemia o que mostra que um simples vírus pode ser mais forte que o homem.
      Fraterno abraço.

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