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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Brasil, Que País é Este?





Enquanto muitos países para conseguirem sua independência fizeram revoluções e guerras horríveis, onde patriotas morreram em defesa de uma causa, onde famílias foram dilaceradas, onde vidas foram sacrificadas, no Brasil a independência foi nas coxas, onde um Príncipe montado em uma mula, cercado por meia dúzia de analfabetos disse que não receberia mais ordens de Portugal e pronto.

Um Príncipe putanheiro, birrento e sifilítico.


Assim foi feita a independência, e assim nasceu o jeitinho brasileiro. Assim nasceu uma enorme porção de terra independente, mas totalmente surreal. Um arremedo de qualquer coisa.




Mas o Império foi sendo empurrado, um Império escravagista, um Império que desgastado dormia aos roncos do Imperador, que sucedeu o pai aventureiro que foi morrer em Portugal e que alheio a tudo se achava intocável e um Marechal Monarquista, extremamente monarquista, sem querer declarou a República, também nas coxas.


Tão lerdo estava das ideias que só foi saber que havia derrubado seu amigo Imperador horas depois do ocorrido, pois na verdade a coisa foi tão impopular que o povo nem ficou sabendo e foi uma Câmara de Vereadores, a do Rio de Janeiro que editou a Declaração da Nova República, uma república tão surreal que no atropelo das coisas o hino que entoou foi a Marselhesa, Hino Nacional Francês e a bandeira que iniciou essa República patética, foi à bandeira Americana pintada com as cores do Império, um verdadeiro escarro na história disto que chamam de Brasil. 




Que vergonha.


E para coroar a baderna o plebiscito que havia sido decretado quando da proclamação da República para saber o que povo queria ou se o povo queria uma República ou um Império, deu-se mais de um século depois. Ou seja, a República foi República PROVISÓRIA por mais de um século.



Num país que inventaram um Tiradentes, Mártir da Republica, pinçado do Brasil Colônia, uma história mal contada, onde um sargento melhorado, um alferes, era chefe de um Capitão e de dois Coronéis, uma quebra indecorosa da hierarquia, que não tiveram nem a destreza de inventar coisa melhor. Um mártir feito uma cópia de Jesus, para iludir o povo. Povinho alienado, que vive iludido com carnaval, televisão e futebol.


Que país é este que o povo é tratado como demente pelos poderosos e com ódio pelas elites burras, tão ou mais mestiças que o povo e por uma classe média que cresceu nos últimos dez anos, mas que se acha rica e o povo apesar do desdém que é tratado vive puxando o saco dos que estão acima?


Que país é este que vota por votar e nem sabe em quem votou, e vê no congresso uma porção de gente anônima, cangaceiros, bandidos e ladrões, que não receberam votação necessária, mas que foram levados nas costas de outros? Um bando de desconhecidos ou renomados picaretas.




Que país é este, que bandidos, corruptos e ladrões ameaçam até a mais alta Corte, pois investidos pelo povo despolitizado que os elegeu, acham-se no direito de fazer do Brasil uma terra de ninguém?


Que país é este que sua laicidade republicana é contestada por qualquer tararaca decorador de versículos, que se acha no direito de se imiscuir na política?


Que país é este? 


Uma fraude, um arremedo de Nação, um amontoado de gente de todos os pelos que não sabe o que quer, pois se trata de uma extrema maioria composta de analfabetos políticos, que vive puxando o saco da elite que não está nem aí para o país muito menos para o povo.

Que país é este que serve de chacota no estrangeiro, serve de piada nas rodas políticas internacionais, pais que é uma montanha vergonhosa de corrupção e ladroagem, onde se bajula cafajestes que se saírem do país serão presos pela Interpol, por serem renomados vigaristas. 


País surreal, que neste surrealismo vai levando as coisas na flauta, e onde tudo é feito nas coxas, onde bandido é chamado de deputado, onde bandido é chamado de doutor, onde bandido é chamado de senador.




Isto não é um país sério, como dizia Charles de Gaulle, isto não é uma Nação, é um conglomerado de tribos que não sabem o que querem, mas se dizem pretensiosamente Nação.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Gritos.


Ontem, por volta das 10 horas da manhã, estava tranquilamente em meu escritório, ao fundo do apartamento, quando entre o barulho contínuo dos automóveis que descem ou sobrem à rua em que moro, ouvi gritos e não os conseguia entender.

Levantei-me e fui até a sacada frontal e vi do outro lado da rua um homem pobre, de pele escura, cabelos lisos desgrenhados e sujos caminhando meio desnorteado em sua visível demência e que a cada dois ou três passos gritava:


- Que raiva! Que raiva!

Era um homem demente de seus trinta e poucos anos, que passava suas sujas mãos no rosto enxugando as lágrimas.

Detive-me por um longo espaço de tempo observando aquele infeliz, aquele pobre e maltratado ser e ele subindo a rua em direção ao Shopping Canoas foi levando consigo uma enorme revolta, ódio e dor.

O que teria acontecido ao pobre infeliz?

No mínimo, por ser um demente tenha sido agredido por algum “normal”, por algum que vive dizendo ter deus no coração, mas que diante da fragilidade de um diferente mostrou toda a maldade que habita a maioria esmagadora dos corações dos seres humano.

E o infeliz demente por não ter como reagir às agressões consolava-se gritando – Que raiva! – Que raiva!

Nesse momento fiquei apenas observando e tentando entender o que se passava naquela mente confusa com tanta e tanta raiva.


Neste momento veio a minha memória o caso de uma menina que conheci na Escola Municipal Walmir Martins em Sapucaia do Sul.

Era uma linda menininha morena meio índia, mas que um dia foi violentamente deformada por sua própria mãe, pessoa que deveria protegê-la e que em um momento de fúria jogou óleo fervente sobre a menina sua filha. Quase a matou. A menina levada ao hospital por vizinhos que ouviram os gritos quando voltou para casa metade de sua cabeça, rosto e pescoço estavam totalmente desfigurados, sem a orelha direita e sem parte do couro cabeludo e seu pescoço e queixo fundidos como cera derretida.


Quando isto acontece dentro de uma família eu fico a pensar e a afirmar que o ser humano é o pior animal que já pisou sobre a face da Terra, mas esse bicho sádico, violento e extremamente perverso tem a soberba, a petulância, a arrogância, a ousadia e a vaidade de se dizer “filho de deus”.


Que deus?