Não sou nenhum deus, não sou
esse ser mitológico que embota as mentes, que torna as pessoas totalmente
reféns da ilusão, portanto não sendo uma deidade posso ter os meus defeitos,
que vão dos simples rezingar até os mais altos níveis de não querer bem, de não
amar ou o de não ser justo, porém com os meus FILHOS procuro sempre botar as
coisas na balança, ou seja, o que é para um é para todos.
Não costumo e não gosto dar
presentes aos filhos, filha, noras e neto. Substituí há muito tempo por uma
espécie de abono.
Natal, páscoa e aniversário
em vez de dar uma camiseta, uma bermuda ou um utensílio para casa, não o faço,
pois cada um tem um gosto ou uma necessidade, e dar um utensílio doméstico para
uma mulher é de um mau gosto acima de qualquer expectativa.
Pois assim procedendo tu
estarás dando um presente para a casa e não para a dona da casa.
Ao invés de dar um presente
então, para ser mais justo dou o tal abono, e todos recebem igual.
Se der de aniversário a um
filho, por exemplo determinado valor, todos os outros, inclusive noras e netos
receberão a mesma quantia.
Se por ventura, como já
aconteceu, ajudar um filho com uma determinada coisa, assim que puder os outros
também receberão igualmente.
Portanto, sendo um simples
mortal, cheio de defeitos procuro ser justo com os meus FILHOS.
Isto não vamos receber por
parte deste tão amado deus, que a uns dá a rodo enquanto a maioria amarga a
fome, a miséria, as doenças, o desemprego, as injustiças.
Entretanto esse povo parvo
vive falando que deus deu isto ou deu aquilo. Que a mão de deus amparou neste
ou naquele momento. E por aí se vai uma lista infindável de besteirol.
Observem e veja por si mesmo o
quanto esse povo é simplório.
Ainda esta semana ouvi uma
frase que realmente me deixou revoltadíssimo:
Em determinado acidente,
onde várias pessoas morreram uma se salvou.
PRO-BA-BI-LI-DA-DE.
Entrevistada dias depois a
simplória disse:
- Foi a mão de deus que me
protegeu.
Na hora quase explodi, pois
gostaria de perguntar a esta pessoa simplória e cheia de presunção.
- E os outros?
Deus não os salvou. Deus não
deu as mínimas.
Entre tantos porque só um
idiota foi salvo?
Ah! Ah! Algum simplório
dirá:
- Havia chegado o momento
dos outros.
É sempre isto que dizem os coitadinho. Fique então com a boca calada, assim não entrará moscas.
Outro caso ocorreu em uma praia do nosso litoral. Fato já contado neste blogue.
Duas senhoras caminhavam em
direção à praia e a frente iam três menininhas.
Logo atrás delas ia eu,
silenciosamente, quando uma delas disse que a cadela do doutor fulano que
ficara solta no fim de semana, atravessara várias vezes a rodovia chamada
Interpraias, mas deus a protegia.
Injuriado e cheio de raiva
saltei quase a frente dessa idiota e perguntei:
- Mas que deus é esse que
protege uma cadela durante o fim de semana, enquanto isto só no sábado, quatro
pessoas morreram atropeladas na mesma Interpraias. Fora as milhares de outras
que foram atropeladas em todo o mundo.
Para encerrar. Há tanta
injustiça no mundo que é muito difícil acreditar em um deus justo. Em um deus.
Mas tem gosto para tudo, até
para comer insetos. Uns por paladar, outro por necessidade.
Mas esse deus que te condena
às chamas eternas do inferno, para ser torturado, judiado, maltratado,
queimado, esfolado por todo o sempre, te ama...
KKKKKK.
PS. E
os meus filhos não vivem rezando feito dementes
para receber de mim, presentinhos.
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