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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Chimarrão.








Se a mim coubesse o direito de dar um título à Uruguaiana, eu a chamaria de Capital Universal do Chimarrão.


Alguns minutos foram o bastante para registrar estas cenas dignas de uma cidade tão bela quanto acolhedora. Não seria possível publicar todas as fotos, porém algumas são dignas de registro.

O mate amargo.


É lindo ver aquele povo sorvendo o dia inteiro essa infusão tão arraigada na Pampa, quer na República da Argentina, na República do Uruguai e na República do Rio Grande do Sul, que por conta dos Gaúchos hoje já é encontrado em outras plagas, até mesmo na Amazônia, aonde os Gaúchos Rio-Grandenses já chegaram com suas tradições, sendo uma delas a de tomar mate amargo ou chimarrão.


Porém Uruguaiana não é só uma tradição, não é só um hábito, é além de tudo um diferencial. É chique. É elegante. É local. É lindo.




                        Meninas em frente a Prefeitura, e dê-lhe mate.



Ao entardecer a praça central é tomada de famílias, grupos de rapazes, grupos de moças, grupos mistos, crianças e namorados. Mas todos tem em comum o chimarrão.

                        Meninas em frente ao Teatro, e dê-lhe mate.


Para onde olhares verás alguém com a cuia na mão, o termo embaixo do braço, passeando, sentado, parado, charlando, namorando ou simplesmente bombeando a vida.


Grupos de veteranos em círculos mateando enquanto causos são contados. 

                       Liliana e Lorenzo e ao fundo um jovem, e dê-lhe mate.



Namorados apaixonados entre um e outro beijo, uma cuia de mate. E ali ficam horas sorvendo o chimarrão.



                          Enquanto os meninos discutem sobre o preço do
                              boi em pé, as meninas continuam em frente ao Teatro
                              mateando enquanto passa um casal enamorado, e
                              dê-lhe mate.



Entre as árvores da belíssima praça grupos de meninas, umas quietas, outras algariadas ficam flertando os piás, mas em comum todas sorvendo o amargo e a cuia passando de mão em mão.


                        Os jovens a sombra da palmeira, e dê-lhe mate.



Os rapazotes reunidos aos grupos com seus termos cheios de água bem quente e jujo, fazem aquela ciranda com a cuia que passa de mão em mão e ficam ali horas e horas olhando as meninas e sorvendo o mate amargo e quente.

                        As senhorinhas passeando, e dê-lhe mate.


E para todos os cantos que olhares encontrarás alguém mateando.


E dê-lhe bomba nos beiços a sorverem essa beberagem dos céus.


Senhorinhas de cabecinhas brancas como velo, invariavelmente com seus cachorrinhos de raça, vão para a praça charlar e ali entre conversas e sorrisos passam o tempo mateando.


Aliás, também não há cidade mais cachorreira que Uruguaiana, pois todo o mundo tem seu cachorro e saem para passear com seus bichinhos.




E até cachorro que não tem dono é bem tratado, dão-lhes água e comida e como esta magrela e seu parceiro que vivem com outros na Praça, até ganhou um enfeite de cabeça, uma borboleta.


São estancieiros, médicos, advogados, professores, trabalhadores, estudantes, que se reúnem e ficam horas conversando, discutindo política, futebol, mas o chimarrão é comum de todos os grupos.


                        A senhora foi ver a banda, mas, dê-lhe mate.



O chimarrão é a coisa mais democrática que existe.



                         Lorenzo encantado com os pássaros, mas ao fundo
                                       o casal sentado e dê-lhe mate.



É lindo de se ver, mas Uruguaiana acorda com o chimarrão, passa o dia no chimarrão e não dorme sem o chimarrão.


               Paquera, e dê-lhe mate e mais adiante as meninas no dê-lhe mate

E a praça é o retrato autêntico dessa cidade tão diferente, de pessoas bonitas, de mulheres lindas, de corpos perfeitos, sinuosos, provocantes e sensuais.


Morochas lindas, esculturais, com graça e charme não só na caminhar como no falar cantado e carregado no E. Bem típico do verdadeiro povo Gaúcho.


Lindas mulheres de Uruguaiana que provam que ser esquelética é coisa de mulher doente ou de “costureiro afetada".


Os homens gostam de mulherões e não de pau-de-virar-tripa.


Até a costela usada no churrasco não pode ser magra. Pois se não tiver uma gordurinha será uma carne seca, sem sabor e sem graças, pelanca e osso.

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