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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Colonia del Sacramento – III





Para finalizar este passeio por Colonia vamos ver além das belas construções que vencem os século, tipos humanos que por aqui encontramos o que nos faz refletir sobre essa aldeia global de tantas guerra, de tanto ódio, de tantas lágrimas, pois aqui encontramos gente de outras partes desta aldeia porém gente como a gente, educados, civilizados, alegres, corteses.





 Sandra e eu em frente a uma casa portuguesa, que hoje serve de Museu Histórico do Período Português, tirada por essa amável venezuelana que está junto a Sandra. Seu nome é Lilian Freite.


Aqui Sandra com as paulistas  Ana Lúcia Fusco e Solange Melendez, que passeavam também por Colonia.




 Brasileiros e espanholas confraternizando, vemos Sandra com las niñas Maria Angeles Moneo e Ria Iglesias, as quais no outro dia pela manhã fomos ao porto nos despedir pois estavam indo para Buenos Aires.


 Sandra e dom Carlos Balbuena, um simpático cidadão de Colonia, que aos 87 anos, aposentado é pessoa conhecida e popular na cidade. Homem educado que por quase uma hora conversou comigo e com Sandra sobre sua bela cidade. E a todos conhece e irradia simpatia e alegria.


 Encontramos essa menina tentando fazer uma self, tendo o carro florido como fundo. Sandra então prontificou-se a dela bater uma foto, e a conversa em espanhol se estendeu por quase meia hora. Falavam sobre a beleza da cidade, suas ruas e sua inusitada decoração, quando então também em espanhol perguntei a bela menina de onde ela era. E assim ela respondeu:

- Yo soy de RÉCIFE.

kkkkk - Rimos muito, guardei seu primeiro nome JÚLIA, filha de um Uruguaio.


 Dom Ariel, onde todos os dias almoçávamos em sua Churrascaria, boa comida e excelentes carnes, pratos exagerados. Mais uns quilinhos.

Em frente ao hotel em que ficamos a meia quadra da churrascaria de Ariel, vi uma cena inusitada. Um cidadão bem velho caminhava lépido pela calçada, e quase em frente ao hotel parou e começou a juntar papéis, um copo descartável e sacos plásticos que estavam jogados pelo chão, juntou tudo e colocou em uma lixeira.
Admirado com a cena fui com ele falar. Pena que na hora não bati uma foto. Disse a ele que era uma linda atitude, ao que ele me respondeu, que sendo um cidadão de Colonia, com 88 anos e seu dever manter a cidade limpa.
Coversamos por alguns minutos e ao se despedir disse à Sandra sorrindo, que as pessoas de sua cidade são lindas porque tomam banho com água de colonia. (Colonia, a cidade).

Após refleti sobre a maioria de nosso povo, porco, imundo, relaxado, que vive jogando lixo pelas ruas, ou jogando as malditas carteiras de cigarros pelas janelas dos automóveis, numa total falta de respeito, pois são principalmente os fumantes os mais mal educados, fedidos e principalmente burros, pois estão, a cada tragada se matando. (não me refiro a todos, mas a esmagadora maioria).




 Don Artigas, Sandra e a Intendencia de Colonia. (prefeitura)



 
Carrinho de aluguel. Você aluga o carrinho, passeia com a família pela cidade e depois é só devolver. São práticos e não poluentes, pois são elétricos.
 


Na manhã seguinte, depois de quatro dias em Colônia será a hora de levantar acampamento e buscar novas plagas. E em nossa rota estão Carmelo, Nueva Palmira, Dolores, Mercedes, Paysandu, Salto, Salto Grande, Daiman, Arapey e Bella Unión, no Uruguai e Concórdia e Paso de los Libres en Argentina.




















6 comentários:

  1. A casa portuguesa é bem portuguesa. Nunca fui a Portugal, mas já vi fotos de casinhas tão lindinhas, idênticas a esta da tua foto.
    E quanta gente simpática podemos encontrar nesta vida. Assim como você e a Sandrinha, eu também converso, sempre que possível, com todos pelo caminho. Acho que é mesmo assim, podemos sentir melhor as pessoas, como é a vida e como cada um pode sentir o mundo. Eu adoro conhecer as visões da vida, que cada pessoa pode ter.
    Então é a Julia que é de Récife? Kkkkkk. Eu também ficaria conversando com dom Carlos Balbuena, por nada perderia a oportunidade. Quanta fofura o senhor que coletava o lixo da cidade, tão compenetrado, sério, decidido e claro, perfumado pela cheirosa colônia kkkkkk fofura!
    O carrinho eu adorei! Gosto de caminhar e nas viagens, andamos muito. Muitas vezes, cerca de 10 km por dia e me sinto muito bem. É o que me salva das comilanças kkk. Mas a ideia do carrinho, eu gostei.
    Me conte Pedro, percebi que em Colonia podemos degustar bons churrascos. Isso me agrada muito e dom Luiz Eduardo, maridex, também entra na fila do churrasco. Há bons locais para comer carne em Colonia?
    E o que me diz de Carmelo? Já li sobre uma vinícola, a Narbona, dizem ser uma parada muito interessante. Produzem queijos também. Nós adoramos visitar vinícolas.
    Gostei de saber mais sobre Colonia. Agradeço, porque eu viajei pelos teus olhares e sentires.
    Vou ver a tua postagem sobre a caldeirada, prato que eu adoro. E adianto que as tuas duas primeiras linhas são geniais!
    Dois abrações: um para a Sandrinha e outro para o Pedro.

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    1. A vida se faz de momentos agradáveis e eu gosto de conhecer, tirar dúvidas, me envolver com outras culturas, admirar o belo, admirar as diferenças entre povos, mas sempre focado no lado humano, gentil e terno.
      Todas as coisas que vimos e as pessoas que conhecemos em nossas viagens, carregamos não só em nossas lembranças como em nossos corações. Vejas bem, como seria gratificante voltar a Montevidéu e rever aquela senhorinha francesa e poder com ela conversar, rir e ter a vida renovada em gentilezas e fraternidade. Rever a Júlia de Recife, o Dom Carlos Balbuena, gentil, espontâneo e educadíssimo, rever o cidadão cujo nome se perdeu, mas que ficou gravada sua dedicação pela cidade. Encontramos em cada esquina do mundo um pedacinho deste mundo tão judiado pelo próprio homem. Tudo vale a pena, conversar com diferentes pessoas, compartilhar com diferentes culturas e ter na lembrança àquela conversa com o senhor senegalês, em Buenos Aires, que com dificuldade de falar o espanhol manteve comigo um belo e fraterno diálogo em francês, que tanto enriqueceu a nossa compreensão de mundo. Para mim não importa se fosse ele um General ou um Gari, o importante é que era um ser humano longe de casa, lutando para sobreviver.
      Assim caríssima Maria Glória, vamos costurando essa colcha de retalhos que é tão rica e seria mais harmoniosa se não fosse à ganância, os ranços e o ódio. Buscamos passar por cima disto e seguir em frente.
      Colônia. Há muitos restaurantes, bares e cafés. Obviamente por lá o churrasco é um pouco diferente do nosso churrasco Rio-grandense. Lá, los Gauchos, tanto orientales (uruguaios) como argentinos, assam em parrillas, já nós assamos no espeto, porém são carnes maravilhosas como as que comíamos da parrilla de Dom Ariel.
      Luiz vai gostar muito, pois são carnes especiais como as nossas da Campanha e Fronteira Oeste e há boas churrascarias por lá e saborear bons vinhos.
      Carmelo: Se dispuseres de tempo vale a pena visitar suas vinícolas, degustar vinhos, de diversas uvas, queijos e embutidos.
      Sandrinha sempre agradece a lembrança e o carinho e os retribui.
      Grande e fraterno abraço a ti e a Dom Luiz.

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  2. Tudo o que escreveu aqui, eu assino embaixo e me emocionei com as tuas palavras, estas: "...o senhor senegalês, em Buenos Aires, que com dificuldade de falar o espanhol manteve comigo um belo e fraterno diálogo em francês, que tanto enriqueceu a nossa compreensão de mundo. Para mim não importa se fosse ele um General ou um Gari, o importante é que era um ser humano longe de casa, lutando para sobreviver." Fiquei emocionada, porque é assim mesmo que eu sinto: "...que tanto enriqueceu a nossa compreensão de mundo". Para mim, compreender é ir além de entender, porque 'compreender é sentir com o coração', são aqueles instantes que o tempo para, parece que ficamos mais libertos e voamos para outro tempo, que não este em que vivemos, com os nossos pés no chão. Foi lindo, Pedro!
    Obrigado pelas dicas de Colonia e Carmelo.
    Quando eu for a Colonia, quero conhecer a parrilla de Dom Ariel, lembro bem da foto que publicou em um dos posts de Colonia.
    Beijinhos ao casal amigo! E agradeço ao carinho da Sandrinha.

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    1. Maria Gloria, sempre é um privilégio.
      Meu pai que era Oficial do Exército, homem duro que sempre andava armado me deixou como herança essa característica de ser humano e a todos tratar com respeito, fosse quem fosse. Assim eu sou e assim eduquei meus filhos, dizendo sempre que ninguém é melhor do que ninguém, ninguém é senhor de ninguém e devemos tratar todos com respeito e por que não alegria. Muitas vezes quando ando pelas ruas e vejo um simples gari, com sua vassoura varrendo uma calçada, penso com os meu botões: Será que alguém o viu hoje, será que alguém o cumprimentou e sorriu para ele? E ao passar cumprimento-o com um largo sorriso. Talvez não vá melhorar sua situação econômica, mas terá ele pelo menos aquele momento de alegria, em que alguém o viu e sorriu, pois para a maioria ele é um invisível. Sonho com um mundo fraterno, sem diferenças, sem maldade, sem ranços. Mas quando? Quando chegará esse momento. As vezes duvido, pois o homem é o pior ser que já pisou na face da Terra. Mas sonhar ainda é possível e gratuito.
      Quando fores à Colônia, vá a simples, muito simples, mas muito simples "Parrillada y Restaurant - EL RAMAR, Av. Artigas esquina com a Coronel Arroyo, e lá saboreie uma das carnes maravilhosas de Dom Ariel.
      Como sempre Sandrinha agradece e retribui e eu também.

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  3. Pedro, eu fui ao google pesquisar sobre a Parrillada y Restaurant - EL RAMAR. Só encontrei ótimos comentários de pessoas que lá estiveram. Quanto a simplicidade, isso é um ponto positivo, no meu modo de pensar. Iremos conhecer!
    Ao encontrar o endereço no google, naveguei pela esquina, adorei as árvores que eu acho serem plátanos.
    Abração e obrigado pela dica.

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    1. Olá!
      El Ramar é ótimo, carnes maravilhosas, tortilla de papas, e outras coisas boas. O atendimento é familiar, com Dom Ariel em la Parrilla. Nossos almoços em Colônia foi sempre neste aconchegante local, simples mas buenacho.
      Abraços.

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