Velho Safado

Desejos e pedidos.

Muitas vezes, como na maioria dos casos, os desejos são turvos, maus, perversos, muitos dos quais contidos, porém alguns levam a cabo seus ódios e suas maldades. 

Muitos rogam a um deus para que um desafeto se de mal, perca o emprego, fique doente ou até morra. O que é muito comum entre os que rezam.

Esses mesmos, em suas orações e pedidos à uma suposta entidade que a tudo observa, suplicam bens matérias esquecendo que há milhões de crianças, adultos e velhos passando fome numa penúria atroz, mas isto não os comove, pois suplicam a seu deus apenas benefícios próprios.

Estamos assistindo milhares e milhares de atrocidades feitas na Síria e no Iraque, onde cidades inteiras têm seus homens mortos, mulheres castradas e crianças simplesmente eliminadas com uma fúria animalesca pelos que se dizem tementes a Alá (deus).

Por outro lado pude assistir com nojo um apresentador de telejornal, de nome “Antena” ou coisa parecida, dizer após noticiar mais um assassinato, que os crimes são praticados por quem não acredita em deus. (Foi processado e pagou uma indenização, de R$ 150 mil a um ateu, por dizer bobagem).

Além de desinformado é um baita tendencioso, que a cada quatro ou cinco palavras põe deus no meio e é uma pessoa prepotente, soberba, mal educada, grosseira, arrogante e até perversa em suas opiniões.

Só que esse “esperto” não diz a verdade, pois todos esses crimes são perpetrados exatamente por quem crê em um deus, como podemos ver em todos os lugares, a ponto de sabermos que 100% dos apenados por homicídios, estupros, roubos, agressões e tudo mais creem em deus, como traficantes que vivem dando as mãos e orando, pedindo proteção e patati-patatá, como seguidamente é mostrado na televisão por câmeras escondidas.

Podemos ver que 99% dos crimes envolvem pessoas de baixa escolaridade o que confirma que são exatamente essas pessoas as mais propensas a serem iludidas pelas religiões e cegamente acreditam em um deusinho, sentadinho em um trono de ouro observando tudo o que acontece na Terra.

Só que esse deus não tem tempo para ver o circo de horrores que foram transformadas certas partes do mundo, principalmente a África, onde milhões de criancinhas já nascem predestinadas a morrerem de fome.

E ainda me aparece um pastor evangélico para, em sua pregação afirmar que ser negro é um castigo e que a África foi escolhida por deus para que os pecadores paguem seus pecados.

E tem gente que acredita nesses trambiqueiros.

Obviamente não vou generalizar como fez esse prepotente que vive falando em deus em frente às câmeras do jornaleco sensacionalista, porém todos os ateus que conheço tratam-se de pessoas humanas, boas e honestas e que por não acreditarem em deus não vivem orando e pedindo o mal dos outros. É obvio.

Outros, como Monteiro Lobato, Dráuzio Varela, Oscar Niemayer, Angelina Jolie, Brad Pitt, Ian McKellen, Daniel Radcliffe (Harry Potter), Nando Reis, Caetano Veloso, Chico Buarque, Lima Duarte, Deborah Evelin, Joan Malkovich, Hugh Laurie, Charlie Chaplin, Bruce Lee, Christopher Reeve, Bill Gates, Cláudia Raia, Edson Celulari, Camila Pitanga, Glória Maria, Jodie Foster, John Lennon, Ricardo Boechat, Steve Jobs, entre milhares e milhares de pessoas honestas e boas, também não acreditavam ou acreditam nessa lenda chamada deus, que tanto mal espalhou e espalha pela Terra, pois a maioria dos que creem são soberbos, intransigentes, maus e vingativos.

Há obviamente pessoas boas, lúcidas e honestas que creem em deus, mas é uma minoria, uma ínfima parte.

Muitos podem achar estranho que eu tenha desejado um Feliz Natal, já que também não creio, pois é uma ideia que não consegue vingar em minha cabeça, pois sou por demais racional, assim como os meus dois filhos, homens honestos, trabalhadores, excelentes chefes de família, porém tudo que desejo é uma coisa que o faço todos os dias, pois Natal para mim não passa de mais um engodo comercial, e que historicamente não representa nem a data de nascimento de um pretenso filho de deus, onde esse pretenso quase ninguém lembra, mas lembram e homenageiam esse safado do Papai Noel, essa figura nojenta, asquerosa e má, muito má.

Afinal de contas quantas vezes chorei no Natal, quando tinha entre quatro e oito anos.

Ficava sentido porque eu ganhava muitos coisas, cavalinhos, bolas, brinquedos de armar, carrinhos enquanto isso do outro lado da cerca os negrinhos Donga e Quito nada ganhavam desse velho desgraçado.

E eu não entendia como que esse maldito Papai Noel me enchia de presentes e também a meus irmãos, enquanto que o Donga e o Quito nada ganhavam e ficavam do outro lado da cerca, acocorados à sombra de uma cerca-viva com os olhinhos cheios de lágrimas porque para eles o desgraçado não havia dado nada, muitas vezes nem comida.

Quantas vezes, com dó dos irmãozinhos negrinhos, passava por entre os arames da cerca meus brinquedos para eles terem o gostinho de brincar, e com suas mãozinhas trêmulas, com os olhos vertendo lágrimas pegavam os brinquedo e não sabiam nem o que iam fazer de tanta emoção, dor e sofrimento.

E o tempo foi passando e todos os anos o que vejo é que um grande número de crianças ao redor do mundo passa o Natal, com fome, sofrimento, doenças e lágrimas e nem esse safado Papai Noel, nem mesmo esse hipotético deus fazem qualquer coisa para minorar o sofrimento de grande parcela da humanidade.

Odeio Papai Noel, que de papai não tem nada. Velho gordo maldito e caborteiro.

Garoto propaganda de uma grande fábrica de refrigerantes, que mudou até a cor de sua roupa, que originalmente era verde para vermelho, a cor oficial desse veneno.

Fui  tapado de nojo desse gordo safado.