Entrar
na área adversária e marcar um goal, tendo a frente um goalkeeper,
auxiliado por dois backs, marcado de cima por um referee, de calças
curtas pretas, camisa de gola, com gravata e colete.
As
coisas eram assim ou muito mais difíceis, mas em compensação muito mais
emocionantes.
Imaginemos,
pois duas equipes formadas por mulheres, algo inacreditável.
Todos
hão de se perguntar o que tem isto de inacreditável.
Sim,
hoje temos até campeonato mundial de futebol feminino, o que tem isto de tão
importante, se o Radar de São Paulo foi fundado no ano de 1975 e é considerado
o time de futebol feminino mais antigo do Brasil, (pelos paulistas obviamente).
Ah!
Que interessante.
Mas
estou me referindo há vinte e cinco anos antes de ter sido fundado o Radar, um
quarto de século antes, início dos anos 50, quando na cidade de Pelotas já
havia dois times de futebol feminino, o Corintians, América e o Vila Hilda.
Jogadoras
como Milani, Norma, Zazá, Mariazinha, Vilma, Madalena e outras, que com seu
futebol ágil e inovador carregavam aos campos torcidas entusiasmadas e fiéis,
ao ponto de uma jogadora que assinou contrato com a equipe adversária ter sido
alvo de críticas acaloradas divulgadas pela imprensa pelotense, nos jornais
Diário Popular e Opinião Púbica, Folha da Tarde e também pela PRC3-Rádio
Pelotense e pela PRH4-Rádio Cultura, quando ainda eram os Speakers, assim
chamados os locutores Sr. Paulo Corrêa e Luiz Carlos Martins, respectivamente.
Infelizmente
pelo machismo reinante na época, o que para muitos tararacas ainda não mudou,
proibiu-se o futebol feminino, pois tal esporte não era compatível com a
docilidade e fragilidade das mulheres.
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