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sábado, 24 de março de 2012

Crime sem Castigo

                                       Precisamos urgente de uma Sibéria.


          
No romance Crime e Castigo de Fiódor Dostoiévski, escritor russo, publicado em 1866, que em um brilhantismo sem igual narra a saga de Rodion Romanovitch Raskolnikov que comete um assassinato é então condenado a oito anos de prisão na Sibéria.
          
Lá na Rússia ainda bem que eles têm a Sibéria, que continua sendo usada para banir da sociedade, vagabundos, assassinos e especuladores, talvez seja isso que falte ao nosso país para que tanta barbárie não ficasse como Crime sem Castigo.
          
Porém aqui a coisa funciona diferente, pois vivemos num país de coitadinhos, onde bandido é tratado bem, onde corrupto é chamado de doutor, onde marginais são paparicados e onde tudo é fiscalizado pelos direitos humanos. Onde se um policial honesto em ação, matar um delinqüente, coitado do policial, passará por maus bocados, principalmente se o delinqüente for filho de um bacana ou político.
           
Quando meu filho, o mais novo estava com dezesseis anos um delinqüente, na tentativa de roubar-lhe a bicicleta deu-lhe um tiro pelas costas e ele teve o pulmão transfixado pela bala e ficou dez dias no hospital e muitos outros dias em casa recuperando-se, onde os efeitos psicológicos permanecerem por anos.
          
Nesse período nenhum hipócrita nos procurou para dar apoio, mas se eu tivesse feito justiça e matado, ou mesmo dado apenas uns tabefes no bandido de certo estaria até hoje me incomodando com os tais de direitos humanos, que não enxergam os direitos dos humanos.
           
Aqui, no meu país, o bacana pode matar, e o filho do bacana que é filho da ... bacana , também pode fazer e acontecer, pois a Justiça é Cega.
          
É até temerário relatar certos fatos que ocorreram em nossa história, principalmente os que aconteceram há menos de 50 anos.  Crimes bárbaros, assassinatos cruéis, principalmente os cometidos por essa chusma de riquinhos, tão fedidos quanto os pobres proletários, ou mais ainda.
          
Porém se o proletário é fedido é porque trabalha pra caramba, enquanto que a maioria dos riquinhos fedem por serem viscosos, rançosos.
          
Quando haverá justiça? 
         
Depois do crime prescrito?
          
Como o caso de Ana Lidia, que morava na Asa Norte em Brasília, com seus sete aninhos nos anos 70, quando a sequestraram, estupraram e mataram. Sendo encontrado o seu inerte corpo pela polícia queimado com cigarros, judiado, mutilado por marginais filhos de bacanas.
          
Como o crime envolvia gente “importante”, muito importante o caso foi abafado pela ditadura militar e os bandidos estão aí livres e soltos  sendo chamados de excelência.
          
Também o caso Aracélia, de sete anos, no Espírito Santo, (1973) que também foi violentada, esganada e morta por delinquentes, filhos de duas famílias ricas daquele estado. Nada foi feito e esses covardes, piores que os piores animais ainda são hoje chamados de doutores.
          
Ou seja, se o bandido for bacana nada acontece, pois vivemos numa sociedade hipócrita, onde denúncias são veiculadas a todo o momento, mas nada se faz. Tudo está a Bangu.
           
E muitas vezes quando fazem denúncias, milhares de pessoas saem às ruas em defesa dos marginais, principalmente se esses forem ligados a certas religiões.
          
Tadinhos!
          
Até quando a sociedade será diferente e acima de tudo, indiferente.

2 comentários:

  1. Temos um caso atual. Onde o que vale,é a palavra do bacana,do dinheiro do famoso.

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  2. Realmente, e será mais um caso sem solução, pois infelizemente os ricos é que mandam e os muito ricos vão titereando a sociedade.O que me deixa aliviado é que um dia, todos como no jogo de xadres, quer seja um peão ou o rei, irão no fim da partida para a mesma caixa.

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