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sábado, 31 de março de 2012

Diversidade Racial

             
Muitas teorias, das mais estapafúrdias, já foram apresentadas para explicar o surgimento do homem. Desde a pueril e inverossímil fábula do boneco de barro, que muitas pessoas, até de boa formação intelectual ainda acreditam, uma fábula que bem mostra a ignorância em que vivia o povo que a inventou há milhares de anos, até as mais descabidas teorias, apresentadas pelos “antropólogos” nazistas, que afirmavam serem todas as raças descendentes dos “arianos”, que além de extremamente racistas, eram também extremamente burras, sem nenhuma base científica.
            
Sabe-se hoje, segundo os últimos achados e estudos antropológicos que toda a humanidade, não só tem um pé na África, bem como afirmam os geneticistas, o seu código genético. Os primeiros representantes da ESPÉCIE HUMANA surgiram naquele continente e ao longo de milhares de anos, em sucessivas ondas migratórias ocuparam parte da Ásia e Austrália, e foram sofrendo, ao longo desta caminhada, que se conta em centenas de milhares de anos, um processo de mutação que redundaria nesta grande profusão de raças hoje conhecidas em todo o mundo. Seus descendentes já modificados fisicamente ocuparam após a Europa, o resto da Ásia e a América e que cruzam entre si, pois sua origem genética é a mesma, o que possibilita o surgimento de descendentes não híbridos, como acontece com outras espécies animais.
             
Neste universo, podemos encontrar diversas raças. Para tal basta analisar alguns quesitos reconhecidos pela ciência como: dimensões físicas, tronco, braços, cabeça; cor da pele, dos olhos, dos cabelos; forma do rosto, do nariz, das pálpebras, etc. Não se faz necessário ser um antropólogo, ou ter uma cultura refinada para notar as extremas diferenças físicas existentes entre os aborígines australianos, uma das raças mais antigas que povoam a Terra, e os finlandeses, os chineses ou os gregos, e ao mesmo tempo a parecença que há entre os povos pré-colombianos e os do extremo oriente.
              
Entretanto, vejo como um ranço racista, estes que se apresentam como defensores da teoria da “raça humana”, como se não existisse nesta colcha de retalhos que é a humanidade, tipos humanos diferentes que formam as diversas raças. Ou seja, a Espécie é Humana dividida em varias Raças. Dizer que a raça é humana é pontuar pela hipocrisia ou pelo desconhecimento. Temos sim, que aceitar a divisão da humanidade em raças, mas lembrar sempre que fazemos parte da mesma espécie, pois seria um tédio se todos fossem iguais.
             
Estes mesmos que defendem esta idéia totalmente na contramão da antropologia são os mesmos que querem leis de igualdade racial. Ora se querem uma lei de igualdade racial é porque admitem a existência de raças, o que é um contrassenso, pois se houvesse apenas uma raça humana por que então a igualdade racial, todos já seriam iguais.
             
Da mesma forma, estes mesmos rançosos, que afirmam ser toda a humanidade uma só raça, defendem a idéia de quotas (ou cotas) raciais nas Universidades. O que podemos notar ser também, um incrível e inexplicável contrassenso, pois voltam a admitir diferentes raças.
           
No Brasil, a fantástica miscigenação racial está formando uma nova linhagem, onde as raças, branca, negra e índia, convivem de forma quase harmônica, pois a maior fonte de discriminação não está nas questões antropológicas, pois nenhum afetado se negaria de almoçar ou receber a visita de Pelé ou Will Smith e sim na questão social, é aí que encontramos a verdadeira discriminação, a pobreza.
            
Obviamente índios, pardos e negros ainda compõem a imensa maioria dos menos privilegiados socialmente. Entretanto estas leis e quotas são uma das principais fontes de descontentamento, haja visto o número de processos que correm na justiça, para rever o ingresso de muitos nas Universidades, beneficiados por estas quotas e que não tiveram o mesmo aproveitamento de outros que foram alijados deste ingresso, mesmo com pontuação muito superior.
            
O mineiro Milton dos Santos, falecido geógrafo, professor em grandes Univer-sidades, não só nos Estados Unidos da América e Canadá, como na Europa, onde o racismo é muitíssimo maior do que aqui, não precisou de quotas para se tornar um dos mais respeitáveis doutores negros do mundo, assim ocorreu com diversos outros doutores que foram Governadores de Estado, como o Advogado Alceu de Deus Collares, no Rio Grande do Sul ou o Engenheiro Albuíno Cunha de Azeredo, no Espírito Santo; Juizes, como o Doutor Joaquim Benedito Barbosa Gomes, Ministro do Supremo Tribunal Federal; Advogados, como o competente Advogado, ex-Delegado de Polícia, Juiz aposentado e ex-Prefeito de Sapucaia do Sul, Luiz Francisco Corrêa Barbosa; Médicos; Oficiais da Forças Armadas, todos com curso superior e Professores, também formados em Universidades, dos quais tenho a maior honra de ser colega.
           
Muitos são os negros e índios que acham ser este sistema de quotas uma verdadeira esmola, uma maneira velada de dizer serem eles incompetentes, o que não são, pois não precisam dela, são intelectualmente iguais a qualquer outro, basta-lhes apenas reconhecimento e não remendos nas leis.
           
Não vamos fazer do Brasil uma ex-África do Sul, cheio de leis segregacionistas, “este pode, aquele não pode”, não vamos criar o ódio, vamos conviver fraternamente, numa sociedade onde todos, negros, pardos, índios, brancos loiros, brancos morenos, orientais, enfim, todos os matizes que compõem a sociedade brasileira, sejam iguais perante as leis, e que ninguém se beneficie de leis que venham a excluir outros.
           
Esperemos que as autoridades revejam esta questão das quotas, e se elas permanecerem, que seja por nível social, onde o Brasil é um dos campeões mundiais nesta diferença abissal entre ricos e pobres e não pela cor da pele, cor dos olhos ou de outros traços físicos sem importância para uma convivência civilizada e harmônica.

                                                    

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