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quarta-feira, 14 de março de 2012

Areias Brancas



Um dia, nas areias brancas de meu velho país, em nosso litoral rio-grandense, onde mesmo no verão as águas são tão frias, escuras, cujo visual chega a ser bucólico diferentemente de outros litorais do nosso imenso continente chamado Brasil, de águas cristalinas e mornas, de muita e verdejante vegetação, em um tempo que para os mais velhos foi ontem, entretanto para os jovens e crianças foi num passado distante, onde veraneava com minha amada Sandrinha e meus, ainda adolescentes filhos, Franco, Monica e Fábio, esculpia naqueles infinitos grãozinho de nossa fina areia, algumas obras, para mim fascinantes, mas que a sábia natureza as tornava efêmeras, evitando assim qualquer cópia, tornando-as únicas, com o ir e vir de suas marés,  ou quando não algum rastaqüera sem um pingo de educação que jamais tiveram em suas também demenciadas famílias qualquer contato com a arte, com a contemplação, verdadeiros idiotas, mesquinhos e estúpidos que tinham o prazer, próprio dos desequilibrados, rudes, sem berço e sem cultura de as destruír tão logo do local me afastasse.

Ficaram apenas as fotos e as lembranças, as boas lembranças.



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