As duas maneiras estariam
corretas quando se fala ou escreve “Ele faz o dever de casa” ou “Eles fazem os
deveres de casa”. Mais que correto tratando-se do verbo fazer em sua
conjugação.
Verbo fazer
Presente do
indicativo:
Eu faço
Tu fazes
Ele faz
Nós fazemos
Vós fazeis
Eles fazem
Tu fazes
Ele faz
Nós fazemos
Vós fazeis
Eles fazem
Porém sempre que quisermos utilizar o verbo fazer
para referir tempo decorrido devemos utilizar apenas, “apenas” a forma
conjugada no singular.
Faz um dia que não te
vejo.
ou
Faz mil anos que não
te vejo.
Por que isto acontece?
Porque nesta situação o verbo fazer se
apresenta como verbo impessoal, sem sujeito. Não importando o tempo decorrido.
Também vamos assim utilizar para indicação de
fenômeno atmosférico.
Todos os dias faz sol
Ou
Durante as primeiras horas da madrugada faz muito frio.
No primeiro exemplo acima escrevi sol com “s”
minúsculo porque estou me referindo a luz emanada pela Estrela Sol, ou seja,
quando vamos nos referir à estrela que está no centro de nosso Sistema Solar
devemos fazê-lo utilizando o “S” maiúsculo, pois é o nome próprio da estrela.
Repeti várias vezes a palavra estrela, pois muita gente não sabe que o Sol é uma
estrela, e das pequenotes, pois é uma estrelinha de quinta grandeza.
Muitas vezes as pessoas acham que devem falar
“Fazem muitos anos que deixei minha terra
natal” (1), pensando que como são muitos anos deve o verbo fazer ser conjugado
na 3ª pessoa do plural (eles fazem) e assim seria o correto – ERRADO.
O correto é “Faz muitos anos que deixei minha
terra natal”.
A origem deste verbo está no latim FACERE.
É um verbo irregular, que pode ser conjugado
em todos os tempos e modos verbais, assim como em todas as pessoinhas
gramaticais, eu, tu, ele, nós, vós e eles.
Outro exemplo do verbo fazer:
Faz de conta que é só isto que podemos falar
sobre o verbo fazer e me fazendo de sorro (2) vou campo a fora fazendo os
quero-queros (3) alçarem voo (4), donde surgiu a expressão gauchesca:
Me vou campo a fora tapado de quero-quero. (O
correto seria vou-me).
Porém neste caso o “vou-me” fica meio
deslocado do charlar típico dos xirus, em outras palavras fica meio
gueisuistico (5).
(1) – Quando falamos em terra, como terra
natal, terra ácida, terra úmida, terra arenosa, enfim, qualquer terra, o
produto terra, onde plantamos, onde caminhamos devemos escrever com “t”
minúsculo, porém é inconcebível escrever terra com “t” minúsculo quando estamos
nos referindo ao nosso Planeta Terra, aí sempre devemos escrever com o “T”
grandão, com o tezão. “(Olha só, o ladino já pensou em tesão) o “T” maiúsculo,
pois estamos nos referindo ao nome próprio do terceiro planeta do Sistema
Solar, a Terra a nossa única casa no Universo. Por enquanto.
(2) – Sorro. Animal comum no Rio Grande do
Sul, Uruguai e Argentina, assim como em outras plagas, também é chamado de
Zorro ou Guaraxaim. Os biguanos (6) no interior chamam também acertadamente de
“graxaim” cujo nome científico é Pseudalopex Gymnocercus e estão protegidos por
lei, mesmo assim não faltam babacas para matarem os animais dizendo as maiores
atrocidades para justificar seu lado animalesco e perverso. O graxaim não mata
animais grandes para se alimentar, mas se encontrar um animal grande, mesmo que
seja uma ovelha morta, aproveita já que está morta e come. Aí os bandidos dizem
que o faminto graxaim mata as ovelhas e se pegando nisto matam os sorros.
(3) – O plural de quero-quero é quero-queros.
É assim.
(4) – Maldito acordo ortográfico que tirou o
chapeuzinho.
(5) - Não existe esta palavra, porém para um
bom entendedor basta.
(6) – Biguano: O mesmo que bacudo ou mambira, homem de
modos rudes e sem muita cultura.
- Mas bah! O Biguano velho se fartou de tanta
carne gorda que ficou com os bigodes mais engraxados do que borzeguim de
tenente novo.
Agora sim:
Me vou campo a fora tapado
de bicho.
Ou será de quero-quero?
Grande Professor e seus ensinamentos. Pois bem, comento para dizer que leio sempre atentamente seus comentário lá no blog, o qual aprendo bastante. Agradeço a atenção. O meu blog é nativo lá do face onde posto mais, quando tem algo que acho ser interessante no blog eu posto. Dá uma passada lá dá pra ver mesmo não tendo conta. Só não repara no português, hehe. Quanto ao contato com o filho do Sr. Nelcy Jambeiro, deixei uma mensagem para ele com seu e-mail. Não conheço ele somento pelo motivo das fotos e mensagem. Abraço e me vou...
ResponderExcluirOlá Caríssimo Fábio.
ResponderExcluirNão te acanhes e pode comentar a vontade neste meu blogue, quanto a reparar o português em tua página, não te preocupes, também cometo alguns deslizes, que eu mesmo vou corrigindo, e as vezes levo dias para me dar conta de um equívoco nesta complicada mas bonita língua Portuguesa do Brasil. Obviamente o que me interessa são os conteúdos.
Que bom que desses o meu endereço eletrônico ao filho do amigo Jambeiro.
Qualquer dúvida ou informação mande em comentário no próprio blogue, que para mim é mais ágil pois abro meu blogue várias vezes ao dia, já meus E-mails fico dias sem abri-los, Os comentários que não devem ser publicados inicie com a palavra RESERVADO.em letras maiúsculas. Esses não serão publicados em respeito aos meus dignos leitores. Não te faças de rogado, estou aqui para auxiliar se necessário for, a vida é mui efêmera para ficarmos nos omitindo.
Um grande abraço e obrigado pelas visitas.
Prof. Pedro