Com preocupação e nojo ouço
e leio os maiores disparates ditos ao maravilhoso povo nordestino.
Esses que tanto ódio tem de
nordestinos mostram quanto são pequenos e vazios, pois o ódio que instilam um
dia poderá sufocá-lo.
Nordestino é um povo
sofrido. Muitos de seus filhos famintos, porém de maneira nenhuma se trata de
um povo vagabundo como outros que vivem de papo para o ar dizendo bobagem
contra esses bravos brasileiros que não dão espaço para reclamações, trabalham,
lutam, pois quem muito reclama mostra toda a sua incompetência.
Nordestino e cabra forte,
valente que nem mesmo a seca o faz dobrar. Povo sofrido, aguerrido e um dos
mais trabalhadores do Brasil, pois se São Paulo é o que é, é graças aos braços
nordestinos que edificaram uma das maiores cidades do mundo e a maior e mais
rica cidade do Brasil.
Povo nordestino não se afeta
pela fome, persiste.
Povo nordestino não esmorece
diante da adversidade, vai em, frente.
Povo nordestino não tem medo
de enfrentar o desconhecido em busca de melhores condições de vida, ao
contrário de muitos outros que só sabem reclamar.
Nordestino não reclama da
fome, trabalha, outros reclamam da obesidade, e comem feito porcos, pois tem comida sobrando.
Nordestino não se abate
diante da miséria, outros reclamam que o preço do caviar está alto.
Nordestino não reclama da
seca, mas ao chorar verte água de seus olhos, outros vertem sangue de tanto ódio.
E esse povo tão sofrido, aos
poucos vai aprendendo a se livrar da secular política dos coronéis que mandavam
no povo do nordeste, hoje eles levantam a cabeça e partem para a queda de braço
com os antigos algozes.
Ou vamos esquecer que foi um
nordestino, das Alagoas que proclamou a República, chamado Deodoro da Fonseca e
de seu conterrâneo Floriano Peixoto que solidificou esse sonho, enfrentando
crises e guerras para manter o Brasil como um país unido e soberano.
Vamos esquecer de Juares
Távora, de Miguel Arraes, lá do belo Ceará.
Vamos esquecer de Jorge
Amado, de João Ubaldo, ambos da Bahia, de Ariano Suassuna, nascido na Paraíba e
tantos outros escritores, poetas e dramaturgos. Lembrando que a própria
Academia Brasileira de Letras mostra a riqueza intelectual do Nordestino.
Porém não podemos deixar de
citar Graciliano Ramos, José Lins do Rêgo, ambos das Alagoas, de José de
Alencar do Ceará e de Castro Alves, o poeta colosso da Bahia.
Nordestinos nos fazem chorar
com seus contos sofridos, rir com seus humoristas que inundam a televisão
brasileira, nos fazem sonhar com suas histórias picantes, nos fazem refletir
sobre a vida, pois muito “almofadinhas” dos grandes centros reclamam do
congestionamento no transito, mas andam de automóvel, reclamam das mensalidades
das escolas dos filhos, mas tem escolas, reclamam do preço alto do dólar, mas
vivem viajando para o exterior, reclamam de tudo, mas tem tudo, enquanto isso grande
parte do povo nordestino tem que amargar estradas secas, terras áridas e
pedregosas com seus pés muitas vezes descalços ou em lombo de jegue, seus
filhos tem aulas embaixo de árvores, não viajam para o exterior, pois não tem
dinheiro muitas vezes nem para comer, mas tem muita força para driblar as
adversidades, tem coração batendo forte e cadenciado, não são racistas nem
metidos a besta, pois o nordestino aprendeu com a vida dura e sofrida e não com
a vida fausta e delinquente como a maioria que a eles criticam, odeiam e pregam
até o assassinato desse povo, povo que iniciou o Brasil.
Por outro lado esses que
criticam tanto os nordestinos botam tudo na mesma panela e esquecem que no
Nordeste também temos uma elite reacionária, simplória e burra, como tem todo o
país. Que há no Nordeste os riquinhos afetados, como em todo o país. Que no
Nordeste também tem gente que se deixa iludir por uma imprensa impregnada de reacionários
e mentirosos, como em todo o país.
Ou seja, nem tanto ao céu,
nem tanto a Terra.
Assim como essa gentalha
odeia os nordestinos, há muita gente que se odeia e não sabe. Pois o ódio torna
as pessoas cegas e insensíveis, pois na verdade o que esses dementes odeiam não
é o nordestino por ser nordestino, eles odeiam na verdade é o pobre.
Pobres de todo o Brasil, uni-vos.
Não deixem que esses novos
burgueses afetados, rançosos, fascistas e mesquinhos passem por cima.
Deixo de citar todos os grandes e ilustres nordestinos pois congestionaria a Internet.
Fui!
Tapado de nojo desses reacionários rançosos, metidos a riquinhos, mas que não passam de pau-mandado ou deslumbrados pelo dinheiro dos outros. Vazios e reacionários.
É verdade um povo que trabalha para manter sua família com tudo contra ela. A seca e o descaso dos governantes deste país.
ResponderExcluirTenha um ótimo dia.
Olá caríssima Anajá.
ResponderExcluirO grande problema encontrado no Nordeste não é o povo, é a seca do Sertão, pois a Zona da Mata é muito desenvolvida, onde encontramos belíssimas cidades. Porém, o maior mal desse povo está localizada no próprio Nordeste, onde as "elites agrárias", coronelismo ainda existente, mantém o povo no maior atraso, "cabresteado", politicamente por séculos. Essas elites, famílias que dominam o Nordeste há muito tempos, que desviam verbas públicas, e sempre fizeram do povo nordestino massa de manobra, agora estão perdendo terreno e um dia deverão prestar contar ao povo.
Tomara. Pois espero que um dia o povo tome consciência de sua força e comece a limpar o Nordeste destes verdadeiros cangaceiros de colarinho branco.
Respeitoso abraço.