Quantas saudades da velha
figueira que tínhamos em nosso quintal. Velha figueira toda retorcida, que nua
no inverno ficava.
Tuas folhas secas pelo chão
rolavam, mas no verão verde e copada ficavas.
Velha figueira retorcida,
quantas saudades brotam como em ti brotavam as centenas de figos que mamãe
fazia vidros e vidros de compota ou cristalizados.
Doce sabor, sabor de mão de
mãe, que não esmorecia em ficar horas e horas colhendo, cozinhando, descascando
e fazendo as melhores compotas de figos.
Frutos e mais frutos
brotavam de tua copa, e que em tua sombra eu brincava, passando horas fazendo
cavalinhos de barro, barro amarelo cavado do próprio pátio.
Velha figueira, davas tão
doces, doces de figo e figos, porém velha figueira, que jamais sairás de minhas
lembranças, não eram só os teus figos que a cada ano eu esperava.
Esperava tuas folhas novas e
bem verdinhas.
Joaquim, Ieda, Mamãe com Lúcia ao colo, a figueira
sem folhas e eu, o belo piazinho baiquara.
Esperava velha figueira, que
mamãe fizesse aquele pão adocicado, com erva-doce e enquanto a massa descansava
ela ia aos teus finos galhos e escolhia as mais lindas folhas, grande e novas,
verdes e cheirosas, que eram colhidas e bem lavadas, e após untadas com banha de
porco, e a tudo eu observava, mais faceiro do que pinto em quirera.
Mamãe então forrava o fundo
da forma com tuas folhas e ali, naquele bercinho verde colocava os pães doces
a dormirem para crescerem ao sol.
Quando, velha figueira, os
pães estavam no ponto de irem para o forno do também velho fogão a lenha, tuas
folhas iam juntas e ao serem assadas com os pães, davam a eles um sabor inigualável.
Inigualável sabor das tuas
folhas, velha figueira amiga, que hoje, mais de sessenta anos não mais existes. Eu sei.
Eu sei velha figueira porque
te procurei há uns cinco anos e em teu lugar há hoje uma casa. Uma casa que não dá frutos saborosos nem folhas tão verdes quanto as tuas.
Porém velha amiga, continuas
em minhas lembranças como a velha árvore retorcida que todos os anos esperava
para sentir o teu gosto nos pães doces com erva-doce assados sobre tuas verdes
e gostosas folhas.
Figueira amada
.
.
Velha figueira dos pães de
figueira.
Tentando recuperar e melhorar a foto
Folhas verdes que tanto sabor davam a minha infância e que continuas a embalar os sonhos do menino que ainda vive em mim.
Ficou na dúvida?
A frase é:
"Mamãe então forrava o fundo da forma com tuas folhas e ali, naquele bercinho verde colocava os pães doces a dormirem para crescerem ao sol".
- ao sol.
Usei este sol com letra minúscula porque estou me referindo à luz quente lançada pelo Sol. Agora aqui usei com o "S" maiúsculo porque estou me referindo ao nome próprio dessa estrela, a mais próxima da Terra, também com "T" maiúsculo porque é o nome próprio do planeta onde vivemos, e não a terra onde ficavam as raízes da velha figueira.
Agora por favor, erros por desatenção eu os cometo, e também no momento de usar essa porcaria de crase, mas lhes garanto que estou estudando mais e mais sobre o uso desse "grampinho" ao contrário. Que saco essa crase, essa fusão de duas vogais de mesma natureza, também alguns chamam de acento grave, pois em a+o, não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes, porém o a+a há crase, pois temos a união de duas vogais iguais a+a=à. E haverá crase sempre que....
Putz grila.
Mas isto é outra história.
Folhas verdes que tanto sabor davam a minha infância e que continuas a embalar os sonhos do menino que ainda vive em mim.
Ficou na dúvida?
A frase é:
"Mamãe então forrava o fundo da forma com tuas folhas e ali, naquele bercinho verde colocava os pães doces a dormirem para crescerem ao sol".
- ao sol.
Usei este sol com letra minúscula porque estou me referindo à luz quente lançada pelo Sol. Agora aqui usei com o "S" maiúsculo porque estou me referindo ao nome próprio dessa estrela, a mais próxima da Terra, também com "T" maiúsculo porque é o nome próprio do planeta onde vivemos, e não a terra onde ficavam as raízes da velha figueira.
Agora por favor, erros por desatenção eu os cometo, e também no momento de usar essa porcaria de crase, mas lhes garanto que estou estudando mais e mais sobre o uso desse "grampinho" ao contrário. Que saco essa crase, essa fusão de duas vogais de mesma natureza, também alguns chamam de acento grave, pois em a+o, não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes, porém o a+a há crase, pois temos a união de duas vogais iguais a+a=à. E haverá crase sempre que....
Putz grila.
Mas isto é outra história.
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