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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Pelotas – 1947

                                Eu, Joaquim Luís, Ieda de Lourdes, o amigo Betinho e o primo
                                 Dilson Sedrez da Rosa, ao fundo mamãe e o menino Chóca.

Seria quase impossível identificar o lugar desta fotografia feita em 1947. Nesta casa nasci e ela está ainda lá, mais precisamente na segunda quadra da Rua Afonso Pena, no Fragata, lado direito, de quem entra nessa Rua pela então Avenida General Daltro Filho, hoje Avenida Duque de Caxias. 

                           Meu irmão Joaquim Luís, hoje aos 72 anos. Ao fundo
                                                   mamãe, grávida de Lúcia.

Já os campos que iam de nossa casa até o Parque Sousa Soares, onde jogávamos bola, víamos os ingleses em suas roupas branca jogando golfe, ou assistíamos corridas de cavalos, terminaram, pois foram tomados por um populoso Bairro.

Bons tempos, tempos que não se apagaram de minhas lembranças, duma época que eu tinha apenas dois anos, e ali, nesta mesma casa morei até os 9 anos, quando fomos morar na Rua Álvaro Chaves 413, entre a Tiradentes e a Telles.

Mudança radical. De uma rua sem calçamento, que no inverno transformava-se num lamaçal e no verão não se aguentava a poeira, mas éramos felizes, para uma rua com calçadas pavimentadas com tijoletas de cimento e o leito da rua fora feito em concreto. Única rua assim pavimentada em Pelotas.

Deixamos para trás a latrina, com o famoso cabungo e passamos a usar vaso sanitário com uma cordinha que dava a descarga. E no banheiro até banheira tinha e chuveiro elétrico.

Que modernidade!

Mamãe deixou de cozinhar em fogão a lenha, fogareiro a carvão ou fogareiro a querosene, os famosos fogareiros Primus, somente em 1956, quando fomos morar na Álvaro Chaves e papai comprou um fogão a gás da Wallig que usava gás da Valgás.

                             Fogareiros Primus - guardo-os há mais de 60 anos.

Para nós nada mais poderíamos esperar de tão moderno e impressionante.

Mas é como dizia minha sábia avó Bibira:


- "Despois" que inventaram a máquina de "debuiá" "miio" nada mais me impressiona.


4 comentários:

  1. Olá Sr. Pedro, sabes que mora na rua Tenente Lira, pertinho dai, vou um dia desses ver se consigo tirar uma foto dela atualizada! Vamos ver se acho a casa! Abraço e sempre ligado no blog!

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  2. Olá Fábio.
    Em uma de minhas viagens que fiz à Pelotas no ano passado tirei uma foto desta casa, tão logo possa vou publicá-la.Moras quase em frente a Afonso Pena, bem pertinho mesmo. O número da casa é o 248.
    Grande abraço.

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  3. Sou de Pelotas tenho comigo um fogareiro primo que saudades!conheci o famoso cabungo

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    1. Olá caríssimo(a) pelotense.
      Em 3 de março de 2012 publiquei um posto sobre os cabungos. Tal post serviu de trabalho em uma faculdade, devido a sua importância e história. Muito me deixou feliz. Quanto aos fogareiros Primus eram lindos e até perigosos. Certa manha estávamos todos na cozinha e mamãe cozinhava em um desses fogareiros fabricados na Suécia e abastecidos com querosene. Para nosso susto tal fogareiro explodiu. Foi pedaços para todos os lados. Logo papai comprou outro, porém do modelo Jackwal nº 1, também feito na Suécia, novinho em folha, que para nós naquela longínqua época, era como esta diante de uma bela TV em cores. KKK. Como as coisas eram simples e até simplórias, uma época de atraso e ignorância, mas que foi a base para termos uma vida melhor.
      Muita saúde e paz sempre.

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