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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Shopping de Pelotas


Reavaliando Conceitos.

                               Ao fundo, minha outra irmã Ieda e seu filho Adriano.

Ao saber da inauguração do Shopping de Pelotas, uni o útil ao agradável e fui com minha mulher Sandra, natural da bela, ampla e limpa Uruguaiana a minha querida Cidade conhecer o tal Centro de Compras, lazer e cultura e visitar algumas pessoas mui caras, como minha quase centenária Tia Maria (98) e o caríssimo doutor Igor Menini da Silva.

Para tal fomos acompanhados de nossos companheiros de viagens. Minha irmã Lúcia e meu cunhado Flordemar Thomaz, ambos pelotenses como eu.

Ao chegarmos ao shopping, com muita chuva a decepção começou.

                               Pelotas - uma grande feira.

Carros estacionados pelas ruas adjacentes, o estacionamento NÃO coberto abarrotado, pessoas correndo sob a chuva, pisando em poças d’água, uma visão nem um pouco bonita. Na verdade uma visão terrivelmente feia. Um shopping acanhado, pequeno e que não será ampliado, pois segundo informações não haverá um segundo andar, nem mesmo um edifício garagem.

A velha e asquerosa visão do empresariado pelotense, pequena, distorcida, pessimistas, derrotista, conservadora e rançosa, que não quer mudar, continuam presos há um passado pequeno e se acham os reis da cocada.

Infelizmente a minha querida Pelotas continuará a ser uma cidade de comércio em portinhas ao longo das calçadas do centro que está em péssimo estado de conservação, abandonado pelo poder público onde o descaso reina absoluto, prédios sem pintura, abandonados a própria sorte. E galerias pobres, escuras e feias que muitos de meus conterrâneos chamam de centros comerciais e até alguns arriscam dizer shoppings, cheias de lojinhas acanhadas, apertadas, verdadeiros cubículos.

                               Pelotas

O povo pelotense merecia algo melhor. Um verdadeiro shopping e não um grande feirão coberto, mais se parecendo com as feiras ocasionais que ocorrem em galpões de exposição, como as feiras de Ibitinga e outras.

Lamentavelmente Pelotas, por conta de um conservadorismo doentio, de um coronelismo comercial arcaico permanecerá parada no tempo.

Saímos decepcionados com o que vimos.

Saímos decepcionados não só com o arremedo de shopping, mas também com o abandono de nossa cidade, ruas esburacadas, feias, sujas.

Infelizmente mesmo nas áreas mais recentes, onde avenidas foram projetadas largas, amplas, abertas, há notadamente incrustado nas próprias construções o pouco alcance da visão de futuro de meus conterrâneos que continuam construindo casinha como se ainda estivessem no início do século passado ou mesmo antes, pois continuam no velho formato português pobre e triste. Casinhas feias, pequenas, de janelinhas e portinhas junto às calçadas.

Quando minha cidade dará um basta à pequenez?

Talvez muitos venham a questionar, porém o povo da minha terra deveria rebelar-se contra o conservadorismo, pois esse conservadorismo é rançoso, cheira a mofo e é uma vergonha para a nossa cidade.

                                Rio Grande, em fase de acabamento.

Já a vizinha Rio Grande, feinha e mal cheirosa caminha a passos largos para um grande shopping, o 5R Shopping Center (Praça Rio Grande Shopping Center) que logo estará pronto e depois, muito em breve será a vez do Parque Shopping Rio Grande e mais adiante o Complexo Rheigantz, que juntos deixarão nossa amada Pelotas na poeira da estrada do desenvolvimento, como já acontece com o crescente progresso da Noiva do Mar, que é a verdadeira locomotiva que puxa a pobre e conservadora Zona Sul.

                                Rio Grande, em terraplenagem.

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