Certa tarde, por volta das
16 horas entrei no último vagão do trem que faz a linha Porto Alegre São
Leopoldo, (Trensurb) pensando na bela tarde cujos raios solares inundavam a
bela capital rio-grandense.
Ao entrar observei uma bela
mulher de seus vinte e poucos anos, corpo escultural, pernas bem torneadas,
coxa roliças e belas, com um vestidinho branco vaporoso e curtíssimo,
ostentando um provocante decote que deixava a mostra parte de seus seios
perfeitos, jovens e firmes.
Foi aquela olhada básica e
imediatamente, por educação e discrição meu olhar passou a focar o belo lago
Guaíba e suas ilhas com aquela luxuriante vegetação que encanta a quem gosta
das coisas lindas e belas.
Quando em vez sem
pressentir, como um ímã meus olhos buscavam instintivamente pelos vidros opostos
aquela visão maravilhosa, graciosa e sensual. (Ponto)
A jovem e linda mulher ficou
em pé, encostada a porta do trem quando este partiu, ficando portando em minhas
costas a mais ou menos dois metros, não mais que isto.
Meus pensamentos agora
estavam focados no porto da cidade que aos poucos, conforme o trem ganhava
velocidade ia também acelerando sua passagem.
Óbvio que em minha mente
alguns fleches daquela belíssima mulher passavam, sem maiores problemas. Pois
sou um homem que respeito a todos e nada tenho a ver com quem quer que seja. Não
sou homem de estar reparando, censurando, medindo as pessoas. As pessoas são
livres e assim deve ser.
Cuido da minha vida.
Neste momento aproximou-se
de mim um desconhecido, cara de retardado, camisa social com a gola abotoada,
sem gravata, uma calça social de péssima qualidade e um casaco que nada
combinava com a camisa, muito menos com a calça, sapatos rotos e sujos.
Parou em minha frente e não
olhou diretamente em meus olhos, fitou-me meio de soslaio.
Antes que dissesse qualquer
coisa observei que o mesmo tinha embaixo do braço esquerdo uma velha e surrada
bíblia. A conhecida bíblia “suvaquenta”.
E meio se escondendo da
belíssima mulher, com gestos a apontou e me fez a seguinte pergunta:
- O Senhor não acha que um
pai, um marido ou um irmão deveriam proibir que as mulheres assim andassem, com
o corpo quase nu pelas ruas?
Olhei firme para o abobado e
disse tão alto que todos, inclusive e bela mulher ouviu.
- Seu tarado, sem vergonha, vá cuidar da sua vida,
seu imbecil. Cuide do seu rabo.
O tampinha levou um choque e
ficou estático em minha frente e seu rosto imbecilizado transfigurou-se com o
simbronaço. E eu concluí:
- A vida seria muito melhor se cada um cuidasse da
sua, seu tarado, demente, otário.
O destrambelhado saiu por
entre os passageiros meio sem rumo indo para a outra extremidade do vagão onde
ficou com a cara colada no vidro da porta, com vergonha, se é que tinha.
As pessoas em volta riram
discretamente, inclusive a própria e linda mulher de corpo escultural deu um
discreto sorriso que realçou mais a sua beleza.
Será que é isto que esses tampinhas vão querer para as nossas filhas.
Isto muito me incomoda. Incomoda-me
quando alguns destrambelhados em nome de qualquer religião queiram controlar a
sociedade. Já não bastassem os tresloucados talibãs que matam mulheres numa
repressão insana, aqui, no meu Brasil aparecem muitos ABOBADOS, que querem ser iguais e querem até normatizar as relações sexuais dos casais,
proibindo isto ou aquilo. E alguns, mais abobados, retardados e imbecis, como um bispo velhaco e muito conhecido que pregam o auto açoitamento após uma relação.
MENTECAPTOS.
ABOBADOS. DESEQUILIBRADOS.
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