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sábado, 2 de novembro de 2013

Não Mexa Com Quem Está Quieto




Certa tarde, por volta das 16 horas entrei no último vagão do trem que faz a linha Porto Alegre São Leopoldo, (Trensurb) pensando na bela tarde cujos raios solares inundavam a bela capital rio-grandense.


Ao entrar observei uma bela mulher de seus vinte e poucos anos, corpo escultural, pernas bem torneadas, coxa roliças e belas, com um vestidinho branco vaporoso e curtíssimo, ostentando um provocante decote que deixava a mostra parte de seus seios perfeitos, jovens e firmes.

Foi aquela olhada básica e imediatamente, por educação e discrição meu olhar passou a focar o belo lago Guaíba e suas ilhas com aquela luxuriante vegetação que encanta a quem gosta das coisas lindas e belas. 

Quando em vez sem pressentir, como um ímã meus olhos buscavam instintivamente pelos vidros opostos aquela visão maravilhosa, graciosa e sensual. (Ponto)
 
A jovem e linda mulher ficou em pé, encostada a porta do trem quando este partiu, ficando portando em minhas costas a mais ou menos dois metros, não mais que isto.

Meus pensamentos agora estavam focados no porto da cidade que aos poucos, conforme o trem ganhava velocidade ia também acelerando sua passagem.


Óbvio que em minha mente alguns fleches daquela belíssima mulher passavam, sem maiores problemas. Pois sou um homem que respeito a todos e nada tenho a ver com quem quer que seja. Não sou homem de estar reparando, censurando, medindo as pessoas. As pessoas são livres e assim deve ser.

Cuido da minha vida.

Neste momento aproximou-se de mim um desconhecido, cara de retardado, camisa social com a gola abotoada, sem gravata, uma calça social de péssima qualidade e um casaco que nada combinava com a camisa, muito menos com a calça, sapatos rotos e sujos.

Parou em minha frente e não olhou diretamente em meus olhos, fitou-me meio de soslaio.

Antes que dissesse qualquer coisa observei que o mesmo tinha embaixo do braço esquerdo uma velha e surrada bíblia. A conhecida bíblia “suvaquenta”.

E meio se escondendo da belíssima mulher, com gestos a apontou e me fez a seguinte pergunta:


- O Senhor não acha que um pai, um marido ou um irmão deveriam proibir que as mulheres assim andassem, com o corpo quase nu pelas ruas?

Olhei firme para o abobado e disse tão alto que todos, inclusive e bela mulher ouviu.

- Seu tarado, sem vergonha, vá cuidar da sua vida, seu imbecil. Cuide do seu rabo.

O tampinha levou um choque e ficou estático em minha frente e seu rosto imbecilizado transfigurou-se com o simbronaço. E eu concluí:

- A vida seria muito melhor se cada um cuidasse da sua, seu tarado, demente, otário.

O destrambelhado saiu por entre os passageiros meio sem rumo indo para a outra extremidade do vagão onde ficou com a cara colada no vidro da porta, com vergonha, se é que tinha.

As pessoas em volta riram discretamente, inclusive a própria e linda mulher de corpo escultural deu um discreto sorriso que realçou mais a sua beleza.

                        Será que é isto que esses tampinhas vão querer para as nossas filhas.

Isto muito me incomoda. Incomoda-me quando alguns destrambelhados em nome de qualquer religião queiram controlar a sociedade. Já não bastassem os tresloucados talibãs que matam mulheres numa repressão insana, aqui, no meu Brasil aparecem muitos ABOBADOS, que querem ser iguais e querem até normatizar as relações sexuais dos casais, proibindo isto ou aquilo. E alguns, mais abobados, retardados e imbecis, como um bispo velhaco e muito conhecido que pregam o auto açoitamento após uma relação.


MENTECAPTOS. ABOBADOS. DESEQUILIBRADOS.

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