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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Como Funcionam as Crenças.








Por longos 66 anos o mundo religioso estudou, publicou centenas de livros e trabalhos de renomados homens ligados as religiões sobre as fotografias feitas pelas primas inglesas  Elsie Wright e Frances Griffith que mostravam as aparições de criaturas do mundo espiritual.




Rodaram tais fotos pelo mundo, palestras eram feitas por homens sérios, honestos, intelectualizados e acorriam aos salões milhares de pessoas para assistirem a apresentação desse verdadeiro milagre fotografado, e muitas quase em estado de transe e graça viam aquelas fotos maravilhadas, extasiadas e cegamente presas a mais um embuste como todos o que andam por aí, transformando as pessoas em seres irracionais.




Durante quase todo o Século XX, ninguém teve coragem de desmitificar tais e “verdadeiras” fotos.


Nem mesmo Sir Arthur Conan Doyle, criador do célebre detetive Sherlock Holmes e notável figura do espiritualismo da época, contestou tais e sólidas provas.




Muitos atribuíram o grande sucesso das fotos à credibilidade apaixonada que Doyle lhes emprestou, falando sobre como elas provavam que existia um outro mundo, um mundo espiritual.


Os ateus foram de certa forma achincalhados e calados diante de fotos reais, verídicas, autênticas. 




Entretanto, já velhas, as primas inglesas resolveram em 1983, depois desses longos 66 anos falar sobre tais fotos e dizer ao mundo pasmo que tudo não passava de uma brincadeira engendrada por elas.


Usando desenhos recortados de um livro e presos por alfinetes eram fotografados tendo uma das meninas ao lado com as supostas aparições.


Mesmo assim muitos vivem obcecados por essas histórias inverídicas que servem para manter as pessoas presas as crendices. E não adianta falar, mostrar e provar, as pessoas continuam cegas como verdadeiras ovelhas atrás de seus ladinos gurus.


Tendo em vista esses fatos e outros ao longo de minha vida apresentados resolvi então testar no seio familiar o que sucederia se alguma coisa semelhante acontecesse.

                                                             Meu falecido pai e eu.

                   

Diante da extrema parecença que tenho com meu falecido pai, resolvi em certo tempo deixar a barba crescer como ele usava nos seus últimos 20 anos de vida, e como meus familiares não me viam há algum tempo a “aparição” fotografada caiu como uma bomba.


Quando minha barba estava bem crescida coloquei um chapéu conforme ele usava, uma camisa solta por fora das calças ao estilo que ele gostava de estar em casa e contando com minha mulher Sandra, minha nora Liane e meu filho Franco como fotografo o teatro foi montado.



                    Liane, Sandra e a aparição, euzinho, em carne e osso.

Ao verem a foto muitos foram os familiares que tiveram um verdadeiro choque, pessoas muito bem estruturadas e cultas foram simplesmente tomadas de um estado de emoção inimaginável, lágrimas foram derramadas, corações bateram acelerados e obviamente todos acreditaram que o velho pai e avô Floribal Farias Teixeira havia realmente surgido em minha casa.


É assim que funciona. As pessoas tem uma necessidade patológica em acreditar no irreal, e quanto mais rebuscada for a história mais as pessoas acreditarão cegamente.


Haja visto o crescente número de igrejas que se estabelecem e usam dessa patologia para dominar as mentes e quanto mais teatral for mais o povão fica cego.


Que tenhamos neste ano que agora inicia mais lucidez e razão para ver os fatos.


Não se deixem enganar por falsos pregadores e falsos messias.

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