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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Relaxamento.



Jamais esqueço das sábias palavras de meu primeiro professor de Latim e Francês, o mestre Karel Ortz, sobre o relaxamento.

Era um homem muito alto, muito feio, mas compensava sua feiura com uma simpatia muito grande e um conhecimento de fazer inveja a qualquer mestre.

Falava vários idiomas, francês, inglês, alemão, espanhol, português, e pasmem-se, o latim, fora alguns dialetos.

Sua genialidade não ficava reduzida aos diferentes idiomas que falava, mas também em seu conhecimento geral, pois na falta do professor de matemática lá estaria o professor Karel dando com destreza essa complicada matéria, e assim procedia com qualquer outra cátedra.

Por ser, como já disse muito feio e dar aulas de latim, a “gurizadinha” ou o “piazedo” do então Ginásio Vasconcelos Jardim, em General Câmara, o apelidara de Feio ou Genitivo, (genitivo é uma das declinações do latim).

O Prof. Karel era belga e viera para o Brasil, tão logo a Bélgica capitulara frente à Alemanha. Servia como Coronel do aniquilado Exército belga e jamais quis voltar para a Europa, arrumando aqui um emprego de professor estadual, encerrando suas atividades como Diretor desse Ginásio, quando aposentou-se.


Em sua cultura refinada, mesmo sendo europeu, que são em sua maioria avessos aos banhos diários, dizia que se conhecia o grau de limpeza de uma casa entrando no banheiro.

Com o tempo passei a notar isto. E realmente o caro professor estava coberto de razão.

Se entrares em um banheiro e encontrares toalhas pelo chão, calcinha penduradas, seja na maçaneta da porta, no registro do chuveiro ou jogadas pelos cantos, assim como cuecas e outras peças, saibas que os donos da casa não são pessoas asseadas.

Que porquice. 



Outro indício são poças d’água, rolo de papel no chão, caixa de papéis abertas ou cheias até a borda, escovas de dentes jogadas sobre a pia, creme dental sem a tampa, restos de pasta de dente respingada, jornais e revistas pelos cantos.

Vaso sanitário não é poltrona para leitura. E dizem alguns especialistas que não se deve ler quando se está no troninho, e eu digo: - Mais mal faz do que cultura traz.

Tenho verdadeiro asco de encontrar roupas penduradas dentro de banheiro, a começar que entro o estritamente necessário nesta peça tão útil de qualquer casa ou apartamento.

E sou o mais rápido possível, pois dentro de banheiro só se faz o que nenhum chefe gosta, pois só se perde tempo é se faz cáca.

A começar pelo banho. Não sei o que uma pessoa tem tanto para esfregar para perder muitas vezes uma hora ou mais no banho.


Banho bem tomado pode ser rápido, mais do que dez minutos é pura frescura.

Dá-se um baita desconto para as mulheres que usam esse momento para depilarem-se, usarem produtos nos cabelos e afeitarem-se.

É obvio que os homens que fazem diariamente a barba perdem um pouco mais de tempo. E como eu uso cavanhaque e bigodes, perco um pouquinho mais de tempo para barbear as laterais do rosto e o pescoço, o que faço dentro do box enquanto tomo banho. E é jogo rápido, não mais que cinco minutos, ou até menos, além do tempo do banho, que também é rápido. Banho de legionário, vapt e pupt.

Então relembrando, com um pouco de saudades do velho e sábio professor; conhecerás bem o asseio de uma família visitando o banheiro da casa.

Estou me referindo da classe média para cima, pois muitos são as família pobres que se quer tem banheiro, muitas nem casa possuem.


Há banheiros pobres, o que não significa relaxamento, assim como encontrarás verdadeiros salões de festas em lugar de banheiros que a imundície salta pelos ralos e janela.

Fui.


Quase vomitando de nojo.

2 comentários:

  1. Olá querido professor Pedro. Seu professor era homem sábio. Concordo contigo, nunca reparei e de agora em diante repararei nos banheiros dos amigos. Sou meio maniaca, mais por organização do que por limpeza, bem na verdade as duas andam juntas.Também detesto banheiro cheio de roupas, como na minha infância era patente, lá se entrava correndo para fazer as necessidades e cai fora, pois o odor não era dos melhores. hahaha Brigo com Alfredo meu marido ela entra com os chinelos sujos para lavar durante o banho e deixa um rastro de areia pela casa. Ta ficando velho e cheio de mania hahaha
    Tenha uma ótima semana.

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  2. Olá Anajá.
    Hoje a tarde estava em meu blogue quando sinalizou a entrada de Osório. Disse então à Sandrinha, minha mulher, olhe que legal, é a Anajá me visitando. Estava correto. Que privilégio.
    Quanto ao sábio professor Karel, ele estava correto, e agora peguei o costume de chegar em casa (apto) e tirar os sapatos na entrada e colocar os chinelos de casa. Faço isto porque não sei onde andei pisando por essas ruas imundas.
    Vejo pelo teu blogue que tua casa é maravilhosamente arrumada, limpa, linda e organizada, dá para sentir o cheirinho bom das flores, e sei que o Seu Alfredo não faz por mal o rastro de areia. Eu sou meio desorganizado, mas gosto das coisas limpas.
    Um abraço ao casal..
    Saúde e paz.
    Prof.Pedro.

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