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domingo, 1 de março de 2015

O Dragão e a Jaguatirica


Entramos o ano de 2015 vendo o bastão do poder econômico mudando de mãos, mudança tão rápida que o Japão quase não esquentou o banco no segundo lugar e foi atropelado pela China. China que não para. A mesma China que os rançosos quando tem que elogiar dizem ser capitalista, mas quando querem malhar, malhar e malhar dizem ser comunista.

                 China, hoje.

Segundo artigo do Nobel de Economia Joseph Stiglitz publicado na revista Vanity Fair a China já é a maior economia do mundo, deixando os EUA em segundo lugar. Ou seja o “destino manifesto” está indo água abaixo.

Tudo bem, nada é eterno, nem mesmo a China ficará para sempre nessa confortável situação o que para ela é um incomodo a mais para gerenciar.

O mundo econômico é dinâmico e as coisas não tendem a se acomodar e sim estão sempre neste movimento de ascensão ou de queda, como ocorreu com o todo poderoso Reino Unido que após a Segunda Grande Guerra perdeu o lugar para sua ex-colônia da América, e paulatinamente foi perdendo espaço e hoje se encontra atrás de muitos países, inclusive o nosso.

Quem diria que o feroz Leão Anglo-saxão, que possuía um império que de tão grande o Sol nunca se punha é hoje um gatinho desdentado, e capenga que caminha incerto atrás, além da China e dos EUA, do Japão, da sua outrora arqui-inimiga Alemanha, do nosso Brasil e da França.

                      China dos anos 20 e 30

A China, país que sempre foi considerado de uma pobreza insolúvel, pois muitos eram os Teóricos do Racismo europeu que afirmavam que a China jamais sairia da miséria, jamais deixaria de ser uma colônia dos europeus, jamais sairia de seu feudalismo (Gobineau, Chamberlain e outros), com sua Revolução Comunista entrou num período muito desconfortável, sendo atacada sistematicamente pelo Ocidente, entretanto em cinquenta anos conseguiu uma façanha inédita que deixou o mundo boquiaberto quando virou a mesa econômica, transformando-se num país rico, que em pouco tempo tirou mais de quatrocentos milhões de chineses da extrema pobreza, onde o consumo e a modernidade extrapolam as mais otimistas previsões, sem esquecer que estrategicamente é ela quem manda no mundo, pois é a detentora de 97% das cobiçadas Terras Raras, que sem elas o mundo das comunicações, da informática e dos armamentos entraria numa crise catastrófica.

                Campo de concentração no Ceará.
                
Já o Brasil, desde que foi inventado pelos portugueses da boa terrinha, foi um país miserável, mas esse período histórico está em todos os livros, como um país que construiu campos de concentração no nordeste para aprisionar os famélicos retirantes da seca no Sertão, campos de concentração que aumentavam a desgraça desses miseráveis, pois além da fome as doenças dizimavam aquelas pessoas amontoadas em campos de horrores quase iguais foram Auschwits, Dachau ou Treblinka.


País de escravos, onde uma burguesia rural burra mandava matar e açoitar seus empregados mesmo depois da libertação dos escravos. País do coronelismo acéfalo, da maldade, do pouco caso com seu povo, dos mandos e dos desmandos perdurou até bem pouco tempo.

Porém vamos ver o Brasil dos últimos cinquenta anos, Brasil que eu vi, senti, vivi e sobrevivi. Portanto sou testemunha desta parte da história.


De um país miserável dos anos 50, que os mortos de fome ou peste eram simplesmente jogados dos trens, onde grupos de leprosos andavam pelas estradas, sem rumo, morrendo aos poucos e proibidos de entrarem nas cidades, País onde, até o início dos anos sessenta tinha uma população de analfabetos que beirava os 80%, onde ter emprego era uma loteria, onde a população rural era muitíssimo superior que a urbana e também grande parte passava miséria, os Jecas Tatus. País de famintos e descalços. País que não tinha estradas, que o Centro-Oeste e a Amazônia eram terras abandonadas. País do beija-a-mão de Ianques, país sem amor próprio, sem soberania, apesar de ser Independente.

                 Isto foi o Nordeste brasileiro nos anos 20 e 30.
                               Pense bem antes de reclamar.

País que ninguém dava atenção, pois era um zero à esquerda, que quando os russos e americanos estavam viajando pelo espaço sideral, nosso Exército ainda era movimentado na força das mulas e cavalos, um país miserável, com uma das maiores taxas de mortalidade infantil. País que um homem tinha a triste perspectiva de viver apenas até os 45 ou 50 anos. E olhe lá!

Isto tudo não preciso de livros para saber, pois vi e convivi com essa miséria atroz, essa falta de estrutura e desenvolvimento, onde tudo era caro, importado ou não existia.

País, onde meia dúzia de burgueses safados mandava mais que a própria Justiça, país de uma polícia composta também de miseráveis, ignorantes e serviçais, a mando exclusivo dos poderosos.

                Êxodo rural - descalços.

Mesmo com as tentativas de Getúlio de industrializar o país, as coisas não andavam. Depois Juscelino e o próprio Regime Militar tentaram e deram com os burros n’água, não havia como melhorar a péssima situação do povo que começava a superlotar as cidades após o chamado êxodo rural dos anos 60, que trouxe para as cidades uma necessidade que não havia. A necessidade de construir escolas e contratar professores, para um número crescente de analfabetos, o que levou ao sucateamento das redes públicas, despencando os salários e a própria importância com o professor, que não recebem o devido respeito, nem pelos alunos marginais nem pelos governantes tão ou mais marginais.

                     Pense bem antes de reclamar.

Lembro que as escolas estaduais, antes do êxodo rural, eram o top de linha, onde os filhos de uma pequena parcela de afortunados, como eu, que pelo menos tinha o que vestir e o que comer, dispunham de um ensino de excelente qualidade. Com a necessidade de dar educação a todos a ""vaca foi para o brejo" e se transformou nesses depósitos de crianças que são as nossas escolas. E o pior, proliferam como ratos.

Com a redemocratização do país tivemos períodos de crescimentos entremeados por vários desastres econômicos, planos mal elaborados, moeda sem valor, a começar pelo congelamento do Caudilho Maranhense.

Após o Plano Real, do Governo Itamar Franco, as coisas tomaram outro rumo, mas somente na última década o Brasil deixou de ser apenas uma terra desconhecida e sem peso político.

                Brasil, hoje.

Hoje o Brasil está entre as maiores economias do mundo, porém a maioria dos próprios brasileiros não sabe. Vive num mundo irreal.

Vejamos:

Em muitos estudos e relatórios internacionais apontam o Brasil na Lista das dez maiores economias do mundo por PIB nominal na 5ª colocação, atrás da China, EUA, Japão e Alemanha. Porém na frente da França, da Rússia, da Índia e do Reino Unido.

Entre os dez países com o maior poder de compra do mundo o Brasil aparece no 4º lugar, atrás apenas dos EUA, China e Índia.

                  Brasil, hoje.

Segundo o Banco Mundial o Brasil ocuparia a 7 posição como uma das maiores economias do mundo, entretanto o coloca no 80ª posição em distribuição de renda, onde os EUA aparecem na 12ª posição e a China na 99ª.

Mesmo assim o Brasil conseguiu um feito histórico de aumentar os ganhos dos trabalhadores que há dez anos tinham um salário mínimo de 65 dólares e hoje é de 306 dólares.

                  Brasil, hoje.

Isto incomoda essa burguesia lacaia que quer por que quer tomar as rédeas do governo, não para moralizar ou melhorar, mas sim para dizer que foi ela quem fez, ou se locupletarem com o dinheiro público.

Não fique surpreso, isto sempre aconteceu.

Apesar de todo o desenvolvimento vemos que inflação está aí, batendo a nossa porta. Não é um caso isolado. O mundo está em crise. A própria União Europeia anda aos tropeços e os EUA que já teve a grande crise bancária lutam para melhorar a imagem a muito custo, possuindo uma dívida interna de 17 trilhões de dólares (outubro 2014). Esta sim é impagável, pois vem aumentando continuamente.

                  Brasil, hoje - Só não trabalha quem não quer, 
                             pois milhares de estrangeiros vêm para cá trabalhar.

Além da crise mundial, há dentro do Brasil os inimigos do país que boicotam para que tudo dê errado. São os defensores do “Quanto Pior, Melhor”.

É desses que devemos nos cuidar.

Raivosos, antidemocráticos, doentes, sórdidos, maldosos e vingativos, que fazem de tudo para boicotas o Brasil, mas o querem para entregar nossas riquezas ao capital internacional. Duvida n ão tenho, pois já o fizeram em passado recente com a Privataria Tucana.

Povinho de mente curta.

E insistem em discutir política.

Logo eles.






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