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quarta-feira, 18 de março de 2015

Beija-mão


Certa feita, quando eu tinha dezesseis anos, na cidade de Pelotas passeava com um amigo e encontramos Dom Antônio Zattera, Bispo da Diocese dessa cidade, ao lado da Catedral São Francisco de Paula, ele, o amigo foi logo beijando a mão do Bispo, porém o Bispo se fosse vivo estaria até hoje com a mão levantada para ser por mim beijada.

                  Dom Antônio Zattera.

Eu, educadamente o cumprimentei olhando em seus olhos e apertei-lhe a mão, segurando-a firme para baixo e pronto, apesar do esforço que o mesmo fizera para levantar a mão.

Azar.

                Pelotas - Catedral, envolta em nuvens negras.

Assim minha saudosa mãe nos educou dizendo. “não se beija mão de ninguém, nem mesmo do teu avô”, no que ela estava corretíssima.

E dizia mais – “não se sabe por onde essa mão andou”.

Corretíssimo.

Então brasileiros, deixemos essa “síndrome da inferioridade” de lado e sejamos autênticos.

Assim como acho uma coisa nojenta, é ensinar as crianças a serem inferiores e também pedir a tal de BENÇÃO.

Eu escrevi BENÇÃO e não “BENÇA”, como dizem os cariocas. “Bença” quem fala é estrupício analfabeto, pois o correto é Benção.

Pobres crianças, ingenuamente ficam beijando mãos sujas, imundas e fedidas porque assim seus pais, tios e agregados ensinam.

Que nojo. Com tanta coisa para ensinar a uma pobre criança, ensinam logo a ser inferior e a beijar qualquer mão suja, seja ela de quem for, avô, avó, velho, novo, tio, estranho e até mesmo de religiosos, ainda mais que esses são os que tem as mão mais sujas de tanto manusear dinheiro que avidamente é arrancado desse povo parvo.

E que poder pode ter algum analfabeto ou espertalhão para abençoar este ou aquele.

Aqui no Rio Grande do Sul esse hábito não é usado, pois nem mesmo as crianças Gaúchas são inferiores a qualquer um, porém no Brasil central é de dar nojo ou pena.


Estive viajando pelo Centro-Oeste e fiquei enojado ao ver as pessoas ordenando seus filhos a beijar mão deste ou daquele, um hábito que se perde no tempo.

Vá te catar meu. Devemos em primeiro lugar respeitar as criancinhas e não fazê-las inferiores, e isto não quer dizer que não devemos educá-las com coisas pertinentes e sérias.

Isto não é educação nem respeito, é puro atraso.



Caia na real, estamos no Século XXI, não mais na Idade Média, e ensinar essa babaquice para as nossas crianças é retroceder ao tempo da total submissão.

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