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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Escravos Brancos e Negros.




Quando se fala em escravidão o que vem logo a cabeça das pessoas são os negros acorrentados como bichos sendo chicoteados, trabalhando de sol-a-sol, judiados e famintos.

Muitos nem sonham que a escravidão é um sistema tão antigo quanto a humanidade, e temos no decorrer da história trágico relatos e maneira cruéis, hediondas de escravização.




Na culta Grécia havia a escravização hereditária, ou seja os descendentes de escravos brancos continuariam a ser escravos. Isto ainda, em outro patamar acorre, por exemplo, na sociedade de castas, onde os filhos dos intocáveis continuam sendo intocáveis, como ocorre na Índia e que a Rede Globo teve o desplante de dar como exemplo de maior democracia do mundo. Puro e fedido ranço de quem em suas informações sub-reptícias quis dizer que a China então não é democracia. Ou seja, malhar, malhar e malhar. Não importando que seja de conhecimento geral, pois o papel dessas emissoras de TV é fazer sempre o sensacionalismo, marrom, barato e podre.

Na antiga Grécia o homem livre, mesmo grego era transformado em escravo, ele, sua mulher e filhos, se não conseguisse saldar uma dívida.
Brancos loiros romanos escravizavam loiros bárbaros, quer fossem gauleses, bretões, germânicos, gregos ou mesmo romanos. Havia também escravos negros em Roma como os númidas, povo berbere, semi nômade do norte da África.

Na antiga Roma houve a grande revolta dos escravos, onde a maioria absoluta era formada de homens brancos, que a partir do ano 74 a. C. liderados por Spartacus passou a ser o grande pesadelo do Império Romano.

Brancos eram caçados por piratas negros no litoral sul da Europa e levados como escravos para o interior da África, hoje se sabe que isso aconteceu, e que mais de um milhão de brancos foram assim escravizados por negros, o que é infinitamente menor do que aconteceu com os negros, mas tão hediondo quanto.

No tempo das Cruzadas, milhares de crianças que iam combater o islã, na conhecida Cruzada das Crianças, foram vendidas pelos bispos como escravas, no norte da África.




Porém a grande e mais conhecida escravização, foi a dos negros que ocorreu sistematicamente com os descobrimentos, onde para a América mais de dez milhões de negros foram trazidos na condição de escravos para todo o continente americano, da Argentina ao Canadá.




Assim como os índios que eram escravizados pelos cristãos portugueses e espanhóis.

Mas quem fazia o serviço sujo? 

Hoje, muitos por vergonha omitem de falar sobre isso, mas estudos mostram que na África os negros eram caçados, ou preados por negros que os levavam para o litoral onde eram comercializados, o que ainda acorre obviamente em menor escala.




Povos de etnias diferentes se odeiam a ponto de levarem a cabo verdadeiros genocídios como o ocorrido entre Tutsis e Hutus em Ruanda.




Muitos negros especializaram-se com verdadeiras empresas de caça, fazendo incursões ao interior do continente, matando quem oferecesse resistência e acorrentando brutalmente negros que após, muitas vezes sem alimentação ou água, eram vendidos para os traficantes brancos sediados no litoral.

Homens, mulheres e crianças negras eram preados como se fossem bichos e levados por negros a serem vendidos aos brancos.

Hoje se sabe que muitos negros escravos no Brasil, logo que libertos compravam negros para servirem de seus escravos e de acordo com Ronaldo Vainfas, não havia igualdade em Palmares. Tanto Zumbi, esse herói questionável, como seus generais possuíam escravos negros a seus serviços, assim como hoje se estuda os casos de negros que tão logo conseguiram sua liberdade passaram a ser traficantes de negros.

Negras como Bárbara Gomes de Abreu e Lima, tinha em seu casarão em frente a Igreja Matriz de Sabará sete escravos negros, e no testamento da negra angolana Isabel Pinheira deixava escrito que seus escravos deveriam ser alforriados quando ela morresse. Isto aconteceu em 1741, além da negra Bárbara de Oliveira que tinha apenas 22 escravos.

Poderia aqui citar mais e mais casos de negros e negras que possuíam escravos, vendiam negros, traficavam e separavam familiares, porém há muito pouco espaço para tantos barbarismos, e isso é encontrado em centenas de livros especializados.

Há casos sabidos de nobres africanos que para se manterem no poder e viverem nababescamente traficavam negros com os brancos.




O ódio racial encontrado em todo o mundo não é diferente do ódio encontrado na África entre diferentes grupos étnicos, mas o mais cruel e injustificável ódio é o levado a cabo pelas religiões que são pródigas em maldades.

Também não se pode apenas culpar o traficante pela existência da escravidão, seja ela branca ou negra, pois o que movimentava a escravidão era a necessidade que tinham em possuir força braçal barata e abundante, o traficante achou esse nicho de trabalho e dele tirou proveito, mesmo que de maneira tão desumana.

É como hoje, o culpado pela desgraça chamada crack não é simplesmente o narcotraficante e sim quem faz do crack um produto tão consumido, ou seja, o usuário.

O mal está na ponta consumidora.


Porém isto nos leva a uma reflexão sobre esse bicho chamado homem.

Não há sobre a face da Terra animal tão daninho, perverso, desapiedado e oportunista quanto esse animal que se diz ser humano.

E essa besta cruel tem a veleidade de se achar filho de um deus.

Mas bah! Bota bicho pretensioso nisto.








2 comentários:

  1. Escravidão Branca/ Negra o simplesmente escravidão. Mas valeu ler o testo.

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    Respostas
    1. Olá Caríssima Ativa.
      Concordo contigo plenamente quanto ao filme "Cidade dos Anjos", muito marcante onde, como sempre sobressai Nicolas Cage, e também a bela Meg Ryan, lindo filme, apesar de seu final inesperadamente trágico e também concordo com o teu comentário, escravidão é simplesmente escravidão. Mas o que me levou a escrever sobre a escravidão é que, e como professor por muitos anos pude observar, grande parte de nosso povo pensa que somente os negros foram escravizados através do tempo e o que é simplesmente abominável é que a bíblia, tida por muitos como palavra de deus, não só aceita como normal a escravidão como a organiza e incentiva.
      Valeu sua participação, minha caríssima, fiquei mui honrado.
      Que tenhas um ótimo 2016.
      Saudações.
      Prof. Pedro

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