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domingo, 13 de outubro de 2013

São Miguel das Missões


Finalmente chegamos a São Miguel das Missões. E de longe já podíamos ver o magnífico Pórtico, onde, obviamente fizemos uma parada para fotografá-lo, e sentir no vento tênue que soprava uma história tão rica, tão maravilhosa que a insanidade humana destruiu.


Portugal e Espanha, inimigos viscerais uniram-se para terminar com uma das mais pungentes sociedades que surgia no Novo Mundo, onde jesuítas, muito antes de Karl Marx, muito antes de Lênin, ousaram em construir uma sociedade pré-comunista e foram dando formas a essa sociedade praticamente sem classes sociais, onde o trabalho, a arte e o bem-estar eram a tônica, isenta de vícios e maldades, a mais notável utopia.


Entretanto a ganância europeia, o desrespeito e a prepotência terminaram por aniquilar esse sonho.

                        Bruno admirando como era organizada essa redução.

Portugal e Espanha aliaram-se para por fim a esta maravilhosa sociedade, mas que encheu de amor pela terra os guaranis, que liderados por Sepé Tiaraju lutaram para salvar suas reduções, mas que infelizmente não resistiram a força dos invasores e após terem matado mais de 1500 valorosos índios, destruíram o povoamento.

                                Maísa a pequena e linda guarani.

Ficaram apenas as ruínas em meio do campo que somente duzentos anos depois começou a ser estudado e preservado, mas quase tudo que ali existia foi saqueado, destruído, arruinado.


O trabalho feito pelos jesuítas nessa região foi acima de tudo uma tentativa verdadeiramente cristã de ver a sociedade e assim a organizá-la, pois onde os cristãos entraram, quer seja na África, na Ásia, na Oceania ou nas Américas o que levaram foram a fome, a destruição, a escravidão, as doenças e os vícios. E não se pode esquecer que além desses males, os cristãos, sejam católicos ou protestantes levaram também o genocídio e a eliminação de maravilhosas civilizações.

                    Sandra contemplando o trabalho feito pelos índios ha mais de 200 anos.

Posso ser repetitivo, mas exceto essa tentativa jesuíta na América do Sul, a cristandade em sua saga viscosa só deixou destruição e morte por onde passou. E isto podemos ver na história macabra da dita Santa Inquisição, das Cruzadas e de todas as milhares de guerras que fizeram e fazem em nome de Deus.

                                 Estou aqui com o Sr. Castanho.  


Hoje mais ainda se vê. São atentados, assassinatos e todo o tipo de maldade que fazem em nome de Alá ou Jeová, seja lá o nome que tenha esse Deus tão complacente com a barbárie humana.

                       E aqui, com Aniceto, um remanescente Guarani.


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