Com este, inicio uma série de textos sobre a viagem
que fiz com meu neto Bruno e minha inseparável companheira de mais de 40 anos Sandra
pelo Pampa, Missões, Planalto e Serra. Uma viagem de mais de 2 mil quilômetros
onde vimos uma nova cara do Rio Grande do Sul, onde não falta entusiasmo,
trabalho, força e disposição. Onde o povo em vez de ficar fazendo manifestações
baderneiras e depredatórias trabalha e produz com tenacidade. Transforma a
paisagem e enche os silos e os bolsos. Onde podemos ver ao mesmo tempo, e em
mesma propriedade homens plantando, colhendo e estocando a produção. Campos
arados, verdejantes, amarelos e prontos para serem colhidos, áreas ceifadas e
muito gado, além da beleza ímpar das terras planas e sem fim do Pampa, Missões
e do Planalto assim como das terrar dobradas e curvas sinuosas da Serra.
Rumando para Fronteira.
Mas que tal?
"Tche lôco", quinta-feira dia 26 de
setembro, juntamente com meu neto Bruno e minha inseparável Sandra, rumamos de
ponto fixe para a Fronteira Oeste. E lá se “fumo” estreleiros em direção a
cidade morena a margem esquerda del rio Uruguay, a belíssima e encantadora
Uruguaiana.
Mas que barbaridade!
É sempre uma festa ir para a
terra de Sandra, morocha como a cidade, neta pelo lado do pai de um uruguaio de
Paysandu e de uma argentina de Concórdia, sendo seus avós maternos do biótipo
uruguaianense, que se confunde com argentinos e uruguaios.
Porém como sempre tivemos
que entrar na amada Rosário do Sul, terra de meu avô paterno, professor Lourival
da Rosa Teixeira, o que sempre faço quando por ali passo. Passo do Rosário como
era conhecida.
Afinal de contas minha
história deve muito a essa cidade.
E cada vez que me vou para
aquelas plagas sinto uma brutal diferença, as coisas por ali, apesar de a
cidade pouca mudança mostrar, e ser até mui pacata, mais tranquila que água de
poço, no campo se vê uma atividade incrivelmente agitada e febril. São
plantações de arroz que se perdem de vista no horizonte, além das extensas
áreas de ganaderias.
E por todos os lados o que
se vê são silos para estocar a grande produção rizícola e extensas áreas de reflorestamento.
Mas tche bagual, o que se vê
são campos verdes e amarelos de tanto arroz. Nem que passasse a vida inteira
comento somente arroz iria acabar com aquela produção.
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