Um dos maiores erros
cometidos por um dos Ditadores que por mala hora passaram pelo Brasil durante o
período da Ditadura Militar, foi o do General Ernesto Geisel quando reintroduziu
os polpudos vencimentos (salários) para Vereadores, isto lá pelos anos 76/77.
Infelizmente.
Vereador era para ser como é
em muitos países, um voluntariado.
Muitas democracias não gastam um vintém com
esses políticos, que estão aí para fazer o quê?
Câmara reunida.
É vergonhoso assistir muitas
reuniões de Câmaras Municipais.
E não estou me referindo
apenas a Canoas e sim nos mais de cinco mil municípios brasileiros, onde são
eleitos a cada legislatura mais de 50 mil vereadores, muitíssimos dos quais
para nada fazer, ficar apenas coçando.
É uma vergonha, um escândalo
manter essas casas com aviltantes salários que chegam em alguns casos a mais de
15 ou 20 mil reais, fora os penduricalhos, enquanto isto um professor que ensina, que passa trabalho,
que se esforça para fazer o que as famílias deixam de fazer que é educar, têm
um vergonhoso piso salarial.
Ainda bem que foi esse piso
instituído, se não os professores estariam ganhando salário mínimo.
E ainda alguns prefeitinhos
de meia pataca, safados, que pagavam muito mais para um professor, valendo-se
desse piso, puxaram o freio e vão arrochando os salários dos professores, onde
planos de carreira são rasgados e alguns caras-de-pau, começam a intentar pagar
para o professor um salário inicial maior, o que alegra muitos iludidos pelo
imediatismo, entretanto fazem um corte radical nas vantagens e quando o esperto
se aposentar vai perceber menos da metade do que hoje ganharia.
Pouca vergonha. Safadeza.
Muitos vereadores estão ali,
nas reuniões semanais apenas de corpo presente, porém pouco ou nada se
aproveita. É um verdadeiro deboche que fazem com o povo. Recebem altos salários
para apresentarem projetinhos de troca de lâmpadas, mensagens de agradecimentos
e felicitações a este ou aquele, frivolidades imbecis que nada contribuem com a
municipalidade, trabalhando, se é que é trabalho, uma ou duas horas por semana
e ganharem o que ganham e ainda, muitos e muitos, só não vou dizer que é a
totalidade, vivem extorquindo os salários de seus assessores, pois sabem que
estão protegidos pelas Câmaras que demoram em abrir um processo contra o
comparsa, digo o colega.
É uma vergonha. E muitos
dizem com a maior cara estanhada que não sabiam desses assaltos perpetrados por
seus pares. Vagabundos e desclassificados.
Espero que um dia faça-se uma
verdadeira limpeza nessas Câmaras locais e retirem qualquer gasto com
vereadores e seus assessores, porém criem mecanismos que seja pré-requisito a
qualquer outro cargo eletivo, ter passado no mínimo uma legislatura completa
como vereador e antes das convenções partidárias que se faça uma verdadeira
sabatina com os que pretendem ser vereadores, pois é um escárnio as caras que
são apresentadas ao eleitorado.
Já escrevi muito criticando
certas manifestações e quebra-quebra, porém vamos reavaliando nossos conceitos
conforme a revolta vai tomando conta de nossa consciência, e hoje continuo
sendo contra o quebra-quebra do que é patrimônio público, porém
vereadores não são patrimônio. Eles não são.
Tanto não são patrimônio
público que andam com meliantes armados servindo-lhes de guarda-costas.
Para quê?
Homem probo e de vergonha na
cara não precisa de capanga.
Capanga é típico de
cangaceiro, de bandido e traficante.
Portanto vereador que usa
desse artifício não passa de um desclassificado, de um meliante investido em
cargo público. Um qualquer, bandido e sem vergonha.
“Me tapo” de nojo e que
acabem com esse ninho de alcaides que se alojam em meio a alguns poucos,
poderia dizer raríssimos tauras honestos.
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