Bueno!
Cá na minha República Rio
Grandense sabemos bem o que foi este entrevero, onde a Gauchada não se arrolhou
para o grande e poderoso Império do Brasil e o mango comeu solto nestas
coxilhas, que ficaram puitã de tanto sangue derramado.
.
Os queras não contentes com
os designíos do Grande Império resolveram afiar os talheres de briga e se
lonquearam a pau, pois o Rio Grande do Sul não é feito de maulas, e sim de
tauras e taitas destemidos, que no calor da peleia mais e mais se tornam
verdadeiros centauros, galopando pela Pampa sem dar trégua aos alcaides que
tentavam oprimir o povo desta querência.
Quando
Neto proclamou a independência deste chão foi um enorme xaraxaxá dos imperiais
que não aceitaram ver a Gauchada apartada do Brasil. Não por gostarem da
xiruzada melenuda destas canhadas, porém o que não queriam era ver o sul do
Brasil sem estes sentinelas da Pampa protegendo o resto do Império contra os
castelhanos, que os brasileiros de modo geral se mijavam de medo.
Aqui vai João Victor, que desde piazito aprende as tradições.
Porém o que muito brasileiro
não sabe, e dizem sobre isto muita bobagem é que nós, da Pampa, somos de mesma
vertente que os Uruguaios e Argentinos. Somos de mesma cepa e tradições.
Olhe eu aí com o também professor Eliseu.
Los Gauchos quando se
encontram tu não podes saber quem é Uruguaio, Argentino ou Rio Grandense, a não
ser que o quera esteja charlando, pois o semblante é o mesmo, o que diferencia
é o sotaque.
A prenda Mariana com a minha patroa Sandra.
E hoje, 20 de Setembro, data
máxima da República do Rio Grande do Sul, a xiruzada se pilchou e se foram de
ponto fixe para os mais diferentes locais para comemorar nossa Heroica Guerra,
que durou não menos que 10 anos, e que foi a mais extensa Guerra no Continente
Americano.
Dez anos de muito entrevero
onde os imperiais se borraram de medo e só se terminou a Guerra por acordos,
pois se não fosse isso até hoje a indiada estaria peleando numa guerra sem fim.
A la putcha.
Buenas Tche! O negócio foi
mais feio que briga de foice em noite de tempestade.
Mas hoje foi dia de festa,
onde a Gauchada se encontrou para reviver com glória e alegria este feito
memorável.
O fogo sagrado.
Viva os Farroupilhas.
E acima de tudo, viva a
República do Rio Grande do Sul.
Geralmente quando não estou
arrumado feito um cola-fina, ando pilchado, mais a vontade que padre em
casa de carola, porém hoje peguei a patroa e fomos até o Parque Eduardo Gomes
em Canoas comer uma carne assada e tomar um mate com os queras que mesmo não
conhecendo se tem muito respeito e admiração, pois quando os Gaúchos se
encontram pilchados todos são irmão.
Oigalê povo unido pelos
feitos guerreiros e pelas tradições, a mais linda e respeitosa de todo o
Brasil.
Camili e Jamili, lindas prendas.
Aqui chamamos as mulheres,
moças e meninas de prendas, que quer dizer joia, uma coisa mui preciosa, rica e
respeitada.
Já, alguns rastaqueras caborteiros, que falam de boca mole, chiando feito chaleira, todo se balançando feito salseiro em dia de vento, que caminham feito joão-bobo chamam as mulheres de popuzudas, periguetes, cachorras e preparadas.
Tche, me tapo de nojo com
tanta falta de respeito.
Me tapo de nojo de quem não
tem amor próprio e se deixa assim chamar.
Aqui há respeito e amizade.
Bueno, isto é uma questão
cultural, e neste quesito eu fico com a nossa cultura, o resto é o resto.
Pois quem tem berço sabe bem o que é respeito.
Por este motivo eles odeiam tanto os Gaúchos.
Até dizem que Gaúcho é metido e topetudo.
Somos.
E daí?
Fui, tapado de quero-quero e contente com minha República
de tantos feitos maravilhosos.
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