A ideia de Deus nos leva a
abdicação da razão e da própria justiça. Deus é a negação da liberdade humana e
consequentemente conduz o homem a escravidão, pois faz o home sonhar com
venturas celestiais enquanto elas encobrem a verdade que é a miséria. Miséria
humana quanto pobreza, miséria humana quanto desgraça e a opressão.
“Die Religion sie ist das
opium des volkes”, diriam os grandes pensadores como, Kant, Herder, Feuerbach,
Bauer, Hegel, Heine, Engels e mesmo Lenin, o que é com frequência atribuída a
Marx. Ou seja, “A religião é o ópio do povo”.
E se analisarmos a fundo
vamos constatar que isto é verdadeiro, pois as pessoas tem uma necessidade que
está além da razão, uma coisa, até diria, patológica de enxergar todas as coisas
pelo viés religioso.
A religião leva o homem a se
conformar com os sofrimentos terrenos na vã esperança de ser agraciado com a
vida eterna, enquanto isto os que mantêm a maior parte dos homens no
sofrimento, na fome, no desemprego vão acumulando fortunas sem serem molestados
e no final das contas ambos terão exatamente o mesmo fim.
Entretanto o opressor terá
vivido nababescamente, enquanto que o que crê terá uma vida de privações e
sofrimentos, achando que tudo são provações desse deus, mas ao chegar ao fim da
vida será apenas um número estatístico.
Bilhões de oprimidos morrem
e nada fica sobre o infeliz, a não ser as lembranças de alguns que sumirão com
a morte desses alguns.
Já o opressor, o que escraviza,
o que tortura, o que mantém o povo na mais completa miséria não será esquecido
e aí temos milhares de exemplos como Adolf Hitler, Joseph Stalin, Idi Amin
Dada, Jorge Rafael Videla, Augusto Pinochet e tantos outros que não ficam na historia tão exposto mas sã os principais causadores do sofrimento humano, que são os exploradores, grande proprietários rurais e capitães de indústrias, tão ou mais nocivos que os que estão no poder político. Esses além de explorarem o trabalho ainda em muitos casos incentivam a violência e a tudo são capazes para não perder um mínimo possível e ainda são os que ideologicamente conduzem uma classe média composta na maioria de verdadeiros papagaios imitadores, vazios e também opressores.
Milagre:.Leia neste blogue "Xixi de Cigarra"
publicado em maio de 2013.
publicado em maio de 2013.
Nada de diferente acontecerá
após sua passagem efêmera pela Terra, porém há os que não se submetem aos
encantos ilusórios das religiões, pois são totalmente contrários a razão.
Mesmo assim as religiões vão
sufocando a vontade dos que creem, pois há um real interesse em que o status
quo permaneça. Verdadeira conspiração dos poderosos.
Desde que o animal começou a
tomar consciência de sua participação na Terra, sem entender as coisas que lhe
causava medo, terremotos, vendavais, morte, doenças, coisas naturais e não
entendidas, não diria o homem, mas os que antecederam a humanidade, pelo medo e
espanto começaram a conjeturar toscamente que tais fenômenos naturais que
ocorriam a seu redor seriam causados por forças que estavam além da sua
compreensão, tais como possíveis forças sobrenaturais, passando a criar ritos
na tentativa vã de minorar seus efeitos. Surge daí o que chamamos religião.
Anteriormente a espécie
humana (Homo Sapiens), o Homo Habilis, Homo Erectus e os Neanderthais, já
tinham uma gama de ritos religiosos, sendo que os Neanderthais já faziam
sepultamento de seus mortos. Por respeito ou por precaução?
Esses ritos chegam aos
nossos dias organizados em grandes religiões que movimentam bilhões em
arrecadações, onde seus gurus vivem como se fossem reis.
Assim enquanto os grandes
líderes religiosos continuam no nababo, com a “permissão ideológica” dos
grandes e poderosos barões da economia, garantindo que esse povo não pense ou
aja em seu interesse próprio, ensinado que é mais fácil um camelo passar pelo
fundo de uma agulha do que um rico chegar ao reino dos céus, e o povo parvo acredita,
eles, os poderosos vão se perpetuando no poder e cada vez mais ricos, pois
sabem que essa frase não passa de uma falácia, numa inverdade que os humildes e
muitos desprovidos de inteligência e mesmo pessoas boas e inteligentes
acreditam e a reproduzem.
“Tadinhos”.
E se assim fosse esses
pastores que estão nadando no dinheiro, riquíssimos, com mansões bilionárias em
várias partes do mundo purgariam pela eternidade, como eles mesmos dizem, no
mármore do inferno.
Mas não é assim que
funciona, os poderosos sabem, mas as religiões apontam ao que crê a libertação
espiritual, imaginária e suficientemente ilusória para mantê-lo refém dos que
detém não só o poder religioso como e principalmente o poder econômico.
Porém isto é puramente ilusório
e ambos, ao morrerem, terão apenas uma diferença, ou seja, o estilo de vida que
passaram. Uns pouco privilegiados riquíssimos, outros tantos uma vida boa,
entretanto a maioria uma vida desgraçada, cheia de sofrimento e trabalhos,
porém aceita como um projeto de deus, não tendo a capacidade de entender que
tais vicissitudes ocorrem devido ao modelo econômico que são jogados, que não
os beneficia, mas que beneficia e muito uma minoria gananciosa, que por esses
medos vai se perpetuando nessa situação.
E é ai que essa ideia de
deus entra e leva o homem a escravidão e a viver sem razão, achando que tudo é
um projeto de um deus e o que é pior, deus faz o projeto, mas o homem o
modifica, pois além do livre arbítrio há ainda a noção irracional da provação.
Pois sendo esse deus tão
poderoso, saberia do passado, do presente e do futuro, porque ele então jogaria
seus filhos a uma provação se ele já saberia como este ou aquele reagiria
enfrentando esta ou aquela situação.
Uma coisa ilógica e ao mesmo
tempo perversa.
Esse deus judiaria com sua
criatura como fez com Jó, para quê? Ele de antemão já saberia o que seu filho
faria. Para que então judiar como dizem que fez com o infeliz.
E que poder é esse que
alguns farsantes têm? O poder de modificar o que um deus tão supremo projetou.
Pura e porca enganação. Pois se esse deus ilusório projetou que fulano de tal
passasse por tais e tais privações como que um reles pastor vai modificando o
que ele mesmo diz ao iludido que é um projeto de deus. Fazendo “curas milagrosas”,
que não passam de embustes. Embustes que deixam a maioria das pessoas
completamente boquiabertas, pois elas não entendem a farsa.
Ora se é tão fácil fazer
milagres de curas, que se fechem as Faculdades de Medicina, Hospitais, Clínica,
dispensem todos os médicos, destruam laboratórios e farmácias, pois para curar
bastaria um milagreiro orar e pronto.
Em outras palavras,
banalizaram o milagre, pois qualquer um pulha faz milagres a toda hora e nem precisa
ser santo, basta ter cara-de-pau e poder de persuasão.
Milagres tornaram-se
corriqueiros, tão comuns que se contam aos milhares, porém a massa desiludida,
acéfala, condutopatas acredita piamente.
O que falta às pessoas é
pensar com lucidez e razão. Mas se isto acontecer deixará de pingar nos cofres
dos espertalhões milhões e milhões de moedas, fortunas incalculáveis.
Mas é assim que funciona o
poder.
Enquanto o povo não pensa
eles agem.
Certa
tarde estava eu em uma Clínica Pneumológica em Canoas, e uma senhora, cheia de
exames clínicos e radiografias, disse à Secretária do médico que “Só Cristo
Cura”.
Na
hora levantei-me de onde estava, peguei-a pelo braço esquerdo, quase a erguendo
do chão e disse impositivamente, levando-a em direção da porta.
“Se
só Cristo Cura então suma daqui, estás tirando o lugar de muitos que precisam
de um médico”.
A
secretária apavorada correu e trouxe a senhora e ambas perplexas ficaram me
olhando, enquanto outras pessoas que estavam naquela sala, riam discretamente.
Fui, tapado de nojo.
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