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domingo, 8 de junho de 2014

Sexo - Esconder ou Informar?





Que é um tabu todo o mundo sabe, pois para a esmagadora maioria é uma coisa que não pode ser falada, não pode ser ouvida, muito menos discutida.


Pois bem, se é assim, não vamos falar, ouvir ou discutir, porém tente apenas ler.


É um assunto tão sensível e para muitos, melindroso, pois envolve conjunção, adrenalina, taquicardia, saliva grossa, boca seca e muita tesão.


O pior é que para alguns é uma coisa demoníaca e os tararacas fogem apavorados ao ouvir qualquer coisa sobre este assunto.


Pensam que a excitação provocada por descargas hormonais, natural, maravilhosa, ímpar e bem- vinda é uma tentação do demônio.


Que otários.


Sexo não é sujo!


Sexo não é pecado! 


Sexo não é coisa impura!


Sexo feito com amor é lindo, é bom.


Mas bota bom nisto!




Sexo, devemos abordar com nossos filhos desde a mais tenra idade. Obviamente usando métodos e modos para abordá-lo dentro de cada faixa etária e quando questionados.


Do contrário vão buscar na rua sanar suas dúvidas, e na rua não é o melhor lugar para buscar informações. Por esse motivo mais de 60% das meninas que engravidam entre os 10 e 16 anos provém de famílias que não dão nenhum tipo de informação.


Por ter se tornado um tabu, muitos reagem das mais disparatadas maneira frente a uma pergunta, mesmo pueris perguntas feitas pelos filhos.


Aos responder esses questionamentos de maneira correta em sem muitos rodeios e detalhes estaremos dando aos nossos filhos, não só informação como, e acima de tudo, proteção contra as ciladas que se interpõem em seus caminhos.


Obviamente deve o pai ou a mãe encarar o fato com naturalidade, respeitando a individualidade do filho ou filha, mas nunca os deixando sem resposta correta e efetiva.


Hoje em dia muitos e muitas falam sobre o assunto desembaraçadamente, escrevem livro e até tem programas na TV, onde falam, riem, gesticulam abordando o assunto, e muitas bobagens são ditas.


Mas bota bobagens.



Não me refiro aos papos de homens que desde talvez o início da civilização este é o papo preferencial, principalmente dos adolescentes e  dos invictos.


O cantar vantagens, contar casos sempre foi comum no meio masculino.


Já entre às mulheres a coisa só agora começou tomar contornos, são papos mais abertos, mais concretos entre elas, que passaram a assumir sua sexualidade deixando os melindres e as coisas simplórias do século passado de lado.


Neste meio temos hoje essa juventude do ôba-ôba, que não têm o mínimo conhecimento e fazem e dizem muita bobagem, e acham que são os pegadores. Quem muitas mulheres tem, é porque a nenhuma agradou.




Por ser muito preocupado com assunto fui um dos pioneiros neste trabalho dentro de Escolas Públicas de primeiro grau, com Projetos aprovado pelas Secretarias de Educação de Municípios aonde trabalhava.


Lá pelos anos 95/96 já trabalhava com este assunto desde as quintas séries com meninos e meninas de tenra idade e não como ciências biológicas, reprodução humana, gametas, óvulos, etc. Não fazia de minhas aulas esse papo meio velado, indireto das aulas de ciência, das coisas certinhas com termos científicos.




Falava com meus alunos sobre sexo enquanto “prazer”, falava de sexo enquanto “amor, paixão, ternura, masturbação, ejaculações, orgasmos, gravidez, gonorreia, AIDS, entre outras”.


Certa feita um pai de uma aluninha de 11anos, escandalizado me procurou na escola, e cheio de dedos colocou a questão sobre minhas aulas, perguntando se eu falando neste assunto não estaria incentivando as crianças.

Não lhe dei a resposta imediatamente, entretanto mudei o assunto perguntando se ele tinha um cachorrinho ou um gato em casa. 


O pai disse que casualmente tinha um cachorro e uma gata.

Aí eu lhe perguntei se por ventura ele falava sobre sexo com o cachorro e com a gata?


Ele, fechando o cenho, sem entender muito a minha pergunta disse que não, obviamente.


Aí então lhe perguntei se quando os dois entrassem no cio não iriam fazer sexo com algum outro de sua espécie?


O pai, meio sem argumento respondeu:


- Sim, eles vão procurar.




- Pois bem, pai - disse-lhe - nossos filhos são a mesma coisa. No momento em que entrarem no “cio”, com ou sem informação vão da mesma forma fazer. E é aí que as informações vão ser as nossas maiores aliadas, pois no momento em que tiverem informações corretas poderão por conta própria escapar de uma gravidez, ou do que é pior, de uma doença, como por exemplo, a AIDS.


O pai emudeceu por um instante, e a partir daquele momento passou a mandar pela sua adorável filha recortes de revistas e jornais, ou levar pessoalmente para mim na escola, artigos para que eu tivesse mais material para enriquecer minhas aulas.


Fiquei feliz, pois aquele pai entendera.


Aquele pai não foi um cabeça dura, mocorongo e intransigente e sim um homem que passou a se preocupar mais com seus próprios filhos.




Hoje, muitos desses alunos já adultos ao me encontrarem sempre recordam de minhas aulas e agradecem em ter em mim um referencial de verdade, lisura, dignidade e respeito.

Meus alunos sempre tratei e trato da mesma maneira como criei meu filhos e disto me orgulho muito, pois nenhum dos meus três filhos, dois homens e uma mulher me deram qualquer aborrecimento ou tristezas neste assunto, o que com grande número de família acontece.


Ou são os filhos perdidos para as más companhias, ou são as próprias más companhias, coisa que nenhum pai admite.


Por outro lado minha filha, hoje com mais de trinta anos, jamais chegou a nossa casa dizendo estar mais ou menos grávida como acontece com um número bem elevado de meninas e mulheres.


Porém quando o assunto vem à baila, muitos fogem pela tangente, com vergonha, desconhecimento ou o que é pior, por asco. Doentio asco.


Isto acontece principalmente pelos conceitos ou preconceitos criados através de mentes distorcidas que não querem enfrentar o problema de frente, e para tal dão as mais absurdas desculpas, quando não, dizem bobagem.




Um caso especial que sempre tenho na lembrança é o de uma aluna do curso noturno, uma mulher de seus 32 anos, religiosa que ao assistir uma de minhas aulas sobre sexualidade me procurou após para tirar algumas dúvidas, e o fez na presença de uma professora colega minha.


Relatou a infeliz mulher, que seu marido, dois anos mais velho que ela, também religioso, procurava-a a cada quatro ou cinco meses e que ela quando se insinuava para uma relação sexual ele dizia que ela estava sendo assediada pelo demônio e deveria ir para o culto orar para não ser assediada pelo capeta.


Babaca!


Um verdadeiro e grande simplório, que acredita nessas bobagens que inundam nossa sociedade e trazem a infelicidade, a mentira e os mitos que dominam essas mentes desprovidas de inteligência.




Sexo é um assunto extenso, quase sem fim, onde há milhares de livros a respeito, mas mesmo assim é e será por muito tempo um assunto polêmico, pois as pessoas têm prazer em falar de doenças, dores, pressão alta, torcicolo etc. e tal, mas falar em prazer, o melhor e mais salutar prazer da vida, a maioria foge apavorada, como foge a gripe do xarope São João.



Essas pessoas fogem principalmente devido a violenta lavagem cerebral que são submetidas, onde sexo é visto como uma coisa das trevas, dos demônios, dos infernos. (Nada disto existe, só existe na cabecinha dos tararacas).


Quem isto afirma ou é impotente ou não é muito chegado, motivo pelo qual inventam um monte de babaquices para evitar o assunto ou fugir do “fazer sexo”.

(Alguns “tampinhas” dizem - fazer amor. Ninguém faz amor o que se faz é sexo, mesmo).


Por esse motivo, tantas pessoas são extremamente infelizes, pois estão com suas mentes cheias de fantasias cruéis e sujas.




Sexo não é pecado, sexo e maravilhoso, onde duas pessoas buscam não só procriar e sim e principalmente ter prazer.


Isto é tão verdadeiro que mulheres gravidas e bem resolvidas fazem sexo não para engravidar, já que estão gravidas e sim fazem por legítimo, maravilhoso e total prazer.


Porém sempre devemos ter responsabilidade em nossas relações. Sexo seguro, para evitar doenças e gravidez indesejada.


Fazer filhos, por ser macho qualquer cachorro faz, porém assumir esses filhos, somente os verdadeiros homens assumem.

O assunto continua, é só aguardar.

 




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