Quotas Raciais

Poderia citar centenas ou milhares de homens e mulheres negras que venceram na vida através de sua competência, inteligência e esforço, como vários colegas meus, formados em Universidades sendo hoje geógrafos, historiadores, matemáticos, além de milhares de militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, Oficiais e Sargentos, porém, para não ser enfadonho vou citar apenas cinco homens que fizeram história neste nosso Brasil:

                    Albuíno Cunha de Azeredo:

 

Formado em Engenharia pela Universidade Federal do Espírito Santo, mas antes foi pobre, trabalhou como vendedor ambulante, comerciante e peão de pedreira. Foi Governador de seu Estado, o Espírito Santo.

Teve competência.

                        Joaquim Benedito Barbosa Gomes:

Ministro do Supremo Tribunal Federal, era arrimo de família, trabalhou em uma gráfica em Brasília, formou-se e galgou uma carreira invejável.

Teve competência.

                           Alceu de Deus Collares:

Nasceu em Bagé, foi Governador do Estado do Rio Grande do Sul, é Advogado, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas veio de uma família pobre, abandonou os estudos aos 11 anos para trabalhar como quitandeiro, foi carteiro e depois telegrafista.

Teve competência.

                    Luiz Francisco Corrêa Barbosa:

Meu conterrâneo, Advogado, Delegado de Polícia, Juiz Aposentado, foi também Prefeito de Sapucaia do Sul. Como advogado atuou no caso Mensalão na defesa de Roberto Jefferson. O doutor Barbosa é um homem sério e polêmico, que conheço desde a adolescência, pois éramos vizinhos de uma quadra.

Teve competência.

                 Milton Almeida dos Santos: 

Graduado em Direito, mas se destacou como Geógrafo, sendo um dos grandes nomes na renovação da Geografia no Brasil. Trabalhou em grandes Universidades na França, Canadá e Estados Unidos. Reconhecido internacionalmente.

Teve competência.

E nenhum deles precisou de quotas raciais, fizeram-se pela sua competência e não por favores.

                    Mario Balotelli 

E um estrangeiro, que não precisou de quota para ser a maior estrela da Seleção Italiana.

Lembrando que Itália é igual a iogurte, ou seja, é branca, pálida e azeda.

Meu pai, não era negro, tinha os olhos verdes, pele bem branca e como já escrevi neste blogue era um piá pobre, descalço e faminto, que como ele próprio dizia – Eu não servia nem para boia fria, pois não tinha boia para comer.

Fez-se na vida, por seus méritos, aposentando-se como Oficial do Exército, e nunca precisou de quota de pobreza.

Quota é uma esmola, isto eu já ouvi de muitos homens negros, inteligentes e competentes que não aceitam serem rotulados como incompetentes.

Muitos até esperneiam, mas o que faz um homem são seus méritos, sua competência e sua vontade de ir para frente. 

Esperneiam porque foram seus ancestrais escravizados, mas não fui eu quem os escravizou, nem tampouco a atual sociedade, porém meus filhos e netos não podem usar "quotas".

Por que?