PS

PS

SEGUIDORES

domingo, 1 de setembro de 2013

O Ferreiro e o Cavalo







Com o título “A Descoberta”, fiz o meu primeiro versinho, quando ainda era um adolescente, em sala de aula no antigo Ginásio Vasconcelos Jardim, em General Câmara, para os mais antigos ainda, na Margem como era conhecida a cidade.

Obviamente é uma coisinha bem simples, mas que guardo com todo o carinho, o que poderão ver na cor da folha de caderno, que não está amarelada, está ficando marrom de tão velha.





A Descoberta


Num dia ensolarado.
Num lugar muito afastado
Via-se um cavalo abatido
Com o casco todo partido.

E um ferreiro que batia.
Numa bigorna que tinia
Fazia uma coisa inútil
Mas para o cavalo era útil.

O cavalo esperava
E o ferreiro demorava
Eis que da tenda um homem imponente
Sai trazendo uma coisa quente.

Ferro, termo encantado.
Põe o ferreiro alvoroçado
Pois ele que nunca foi mau
Enfim diz ao animal.

Equino, meu bom amigo.
Sempre sofreste este castigo
Mas hoje de uma sucata pura
Descobri a ferradura.
 




E se vai mais de meio século. Mas essa folha ficará comigo por muitos anos e um dia quem sabe, poderá estar nos alfarrábios de um filho ou quiçá de um neto.


2 comentários:

  1. Que neto nada, tu sabe que é comigo heheheh
    Beijão pai

    ResponderExcluir
  2. Filha, amada, não te preocupes, afinal de contas tu és também uma historiadora e deixei bem explícito que um dias poderá ser de um filhos, Franco, Monica e Fábio, netos são em escala posterior. Quem sabe um dia poderá estar nas mão de um bisneto.
    O tempo é sábio e as coisas vão parar nas mão de quem der valor e sei que tu és uma pessoa mui especial e que sabe dar valor as coisas de raízes.
    Beijos. Beijos.

    ResponderExcluir