Com o título “A Descoberta”,
fiz o meu primeiro versinho, quando ainda era um adolescente, em sala de aula
no antigo Ginásio Vasconcelos Jardim, em General Câmara, para os mais antigos
ainda, na Margem como era conhecida a cidade.
Obviamente é uma coisinha
bem simples, mas que guardo com todo o carinho, o que poderão ver na cor da
folha de caderno, que não está amarelada, está ficando marrom de tão velha.
A Descoberta
Num
dia ensolarado.
Num
lugar muito afastado
Via-se
um cavalo abatido
Com
o casco todo partido.
E
um ferreiro que batia.
Numa
bigorna que tinia
Fazia
uma coisa inútil
Mas
para o cavalo era útil.
O
cavalo esperava
E
o ferreiro demorava
Eis
que da tenda um homem imponente
Sai
trazendo uma coisa quente.
Ferro,
termo encantado.
Põe
o ferreiro alvoroçado
Pois
ele que nunca foi mau
Enfim
diz ao animal.
Equino,
meu bom amigo.
Sempre
sofreste este castigo
Mas
hoje de uma sucata pura
Descobri
a ferradura.
E se vai mais de meio
século. Mas essa folha ficará comigo por muitos anos e um dia quem sabe, poderá
estar nos alfarrábios de um filho ou quiçá de um neto.
Que neto nada, tu sabe que é comigo heheheh
ResponderExcluirBeijão pai
Filha, amada, não te preocupes, afinal de contas tu és também uma historiadora e deixei bem explícito que um dias poderá ser de um filhos, Franco, Monica e Fábio, netos são em escala posterior. Quem sabe um dia poderá estar nas mão de um bisneto.
ResponderExcluirO tempo é sábio e as coisas vão parar nas mão de quem der valor e sei que tu és uma pessoa mui especial e que sabe dar valor as coisas de raízes.
Beijos. Beijos.