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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Grossura e Cultura






Ao ler um comentário de um leitor deste blog, de nome Silvio Luiz Reis, fiquei mui contente em saber que há pessoas interessadas, cultas e que querem saber mais de nossas tradições, história e cultura, que infelizmente alguns alcaides vivem criticando e não contentes com as críticas vazias ainda chamam o Gaúcho de grosso.

Grosso é quem não tem cultura, não tem origem, não tem história e não tem pedigree, conforme encontramos em diversos lugares de nosso Estado, principalmente na Grande-Porto Alegre, onde há paisanos de tolos os pelos, sendo a maioria composta de rio-grandenses não Gaúchos.


E contente com a visita do caríssimo Silvio Luiz e seus comentário feito na matéria deste blog que tem o título de “Uma Relação de Amor e Ódio” meus pensamentos voltaram no tempo e não sei por que, lembrei-me de uma belíssima história que eu li há mais de 30 anos e a guardei na memória.

E se não for traído por ela passo a relatar este caso verídico publicado em um Livro, se não me engano de título “Histórias da Brigada Militar”, onde é relatado um episódio que envolvia um soldado, cujo nome era Atílio Lopes Alves, um Juiz Militar e o então Tenente Flordemar Oviedo, o qual tive o imenso prazer de conhecê-lo quando, já na reserva, como Capitão fui visitá-lo em companhia do Coronel também chamado Flordemar, afilhado do Capitão e meu cunhado, casado com minha irmã Lúcia.

Perdoe-me o autor do livro, pois não lembro o nome por este motivo obviamente não o cito.

Diz a história que o Soldado Atílio, morador em uma cidade da Fronteira Oeste, chamado perante o Juiz Militar, em Porto Alegre, para ser ouvido em processo ao qual estava arrolado quando inquerido sobre o fato, assim respondeu ao Juiz.

- Buenas! Quando entrei na tasca da São Borja, ali na Rua do Chapéu, um gadeiudo me atropelou e me sentou a carneadeira, me chupei e arremessei-lhe o quero-quero por cima do folha-de-abóbora. O melenudo se balançou e deixou cair a carneadeira, mas se foi no recavem de um três-listras e me atropelou denovamente. De relanciana puxei o boca-de-sino e trovejei-lhe bala. Acertei bem no meio das enxergas e o gadeiudo foi se desmoronando devargarzito.
O Juiz aturdido e sem entender nada se virou para o então Tenente Flordemar Oviedo esperando que este houvesse entendido o que o quera (cuéra) havia falado.

O Tenente, homem de cerne buenacho e nascido pelas plagas de Canguçu não se fez demorar e traduziu para o Juiz o que a praça havia falado, dizendo que: (A tradução é minha, pois não consta nesse hilário livro).

Bom! Quando entrei no cabaré da São Borja (alcunha da dona do estabelecimento), ali na Rua do Chapéu, um cabeludo me atacou e desferiu um golpe com uma faca, me desviei e bati-lhe com o cassetete por cima do chapéu desabado. O cabeludo tonteou e deixou cair a faca, mas pegou no cabo de um facão e me atacou novamente. Rapidamente puxei o revólver e atirei, acertei bem entre os olhos e o cabeludo foi caindo devagar.

Assim como eu, o Silvio e tantos outros sabem que assim é a maneira simples e folclórica que os homens da Pampa se expressam o que não caracteriza grossura, o que não é entendido por muitos “colas-fina”.

Grossura é a maneira deseducada que muitos alcaides tratam suas namoradas, companheira e esposas. Grossura é como essa gurizadinha sem rumo faz depredando, pichando, gritando como retardados pelas ruas ou os abobados que andam com o volume do carro a milhão para mostrar que tem uma merda de carro, e na verdade estão mostrando o quanto são panacas e imbecis.

Grossura é o rastaquera que joga lixo nas ruas, ponta de cigarro ou casca de frutas pelas vias públicas.

Grossura é o que muitos biguanos fazem ao chegar em um lugar fechado e pedir uma informação sem saudar quem está no local.

Grossura é o que muito doutorzinho faz achando-se melhor que qualquer um e se achando no direito de desmerecer seu semelhante.

Hoje, estamos comemorando mais uma SEMANA FARROUPILHA que culminará na sexta-feira 20 de Setembro e que possamos comemorar por muitos anos, lembrando que não há lugar mais errado de comemorar os feitos Farroupilhas do que em Porto Alegre, porque esta nunca foi Farroupilha.

Esta virou as costas para os Republicanos e ficou do lado do Império. Esta é a cidade menos Gaúcha, pois nela encontramos de tudo, até muito bacudo se dizendo Gaúcho ou querendo ser Gaúcho o que não são. Salvo raras exceções.


E tem muito desorientado, metido a facão sem cabo que ainda acha “legal” dizer que Porto Alegre é a Mui Leal e Valerosa. Mui leal e valerosa para os forâneos de Brasil Central e não para nós da Província de São Pedro, que morremos pelo nosso Estado, que vibramos com os feitos Farroupilhas.



Deveriam ter vergonha de ter um dia virado as costas para o Rio Grande e não andar por aí dizendo bobagens alardeando um título vergonhoso, um título que mostra o quanto foi submissa aos interesses caboclos e recebido do Imperador esta pecha de subserviência e por ter se baixado e mostrado o que não devia ao Brasil Central.

Salve os Revolucionários Farroupilhas!

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