PS

PS

SEGUIDORES

domingo, 22 de setembro de 2013

Falar em Deus




Observo a mais de 60 anos que há uma necessidade muito grande das pessoas falarem em um deus. E fico cá aboletado em meu canto, bombeando o mundo enquanto sorvo uma de barbaquá ou carrijo das buenachas, pois quem gosta de caúna é masoquista, mas no fundo a dúvida me assalta no soflagrante, pois há tantas coisas bonitas a serem ditas, mas sempre alguém há de tomar o dito nome “santo” em vão.



Essa necessidade de externar esse nome é mui antiga, e remonta a tempos tão velhos quanto à história.

Essa necessidade está no fundo ajojada como boi na verga por diversas razões supersticiosas que vem desde o desejar o bem quanto o mal. E como sempre digo, nas minhas charlas que devemos ter muito cuidado com o alcaide que diz ter deus no coração, pois esse na verdade é o pior dos canalhas. Quem tem o “coração” bom não precisa desses artifícios, basta ser o que é.

Muitas vezes de vereda me surpreendo com declarações das mais hipócritas, as mais simplórias ditas por pessoas que não tendo como argumentar vai introduzindo essa entidade no meio de tudo. E aí é um salve-se quem puder, pois a coisa simplória toma conta e é um tal de deus prá cá e deus prá lá que chega deixar o quera meio enojado.

Há tantas coisas bonitas, a sinceridade, a verdade, a amizade, o bem querer, o desejo de prosperidade, de saúde, de paz, de harmonia, de compreensão e tudo mais que podemos dizer que não é preciso de artifícios.



Esses artifícios geralmente partem de pessoas das quais não se pode acreditar, pois são as pessoas que veem o mal em tudo, censuram, criticam e querem passar uma imagem santificada quando não o são. Querem empurrar goela abaixo suas convicções e credos.

Falar em deus muitas vezes é pregar moral de cuecas.


Quem é mais caborteiro do que 99% dos pastores?

Quem é mais alcaide do que 99% das carolas?

Esses vivem apregoando um tal de patrão velho lá de cima, entretanto são pequenos, baixos, ridículos, mentirosos, falsos, rastaqueras, alcaides, maulas e tudo mais que se possa dizer.

Outros até falam em deus por simplicidade.

Outros por serem simplórios, pois isso já está inserido na cultura, como o graças a deus, se deus quiser, vá com deus e por aí se vai.

E quando alguém me diz “vá com deus”, eu respondo:


Quedese usted com dios, yo me voy com la virgen. (obviamente, não aquela, mas outra)


Portanto não dá para acreditar em quem muito fala em deus, pois agora mesmo, quantas dessas pessoas que acreditam neste deus estão rubras de raiva e desejando o meu mal. Quantas são as pessoas que neste momento ao lerem isto que escrevi estão me censurando e desejando que eu quebre a cara?

Mas cá de minha parte eu não desejo o mal de ninguém. Ao contrário, desejo que essas pessoas passem a viver com lucidez, com sinceridade, com harmonia e paz.

O resto é viver num mundinho bitolado das crendices, achando que assim falando irão enganar o mundo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário