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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Crer por Crer, Sem Contestar é Burrice.



Agora são 3h47min e estou aqui postando mais este texto.


Há muito tempo deixei de ver televisão, e ocasionalmente vejo algum noticiário ou documentário, pois me cansa a mediocridade de uma esmagadora maioria que não sabe falar uma curta frase sem botar deus no meio.

Seriam crentes em uma entidade maior ou seriam insanos em suas mentes menores.

Insanidade que vemos, por exemplo, quando um jogador de futebol, e esses são os campeões em falar em deus, dizer que tal ou qual gol foi feito por deus, ou o goleiro, ensandecido, atrasado, bitolado, desprovido de qualquer neurônio após um esforço incrível defender um pênalti, dizer que quem defendeu o gol foi Jesus.

Isto é primar pela idiotice, pela burrice e pela demência das mais qualificadas.

Ora, se existisse um deus, esse não tomaria partido por este ou aquele time, pois sendo como dizem - imparcial, não faria este ou aquele vencer o outro que também o teme. Ou seja, são os tementes a deus, que não sabem respirar sem dizer essa palavrinha que torna as pessoas tão demenciadas e que são incapazes de pensar, de contestar, de refletir nos absurdos que elas próprias dizem.

Essas pessoas tinham que ter um pouquinho de lógica em seus pensamentos e analisar as bobagens que falam, talvez assim o mundo saísse desta insanidade, pois tudo eles atribuem a essa entidade inventada pelo próprio homem, para fiscalizar o próprio homem.

E muitos bispos e pastores fazem fortunas explorando esses “tampinhas” que não sabem pensar e acham que o carro chinfrim, caindo os pedaços, que comprou através de seu suor e trabalho árduo foi um presente deste deus, que para uns dá automóveis e para bilhões dá a fome, doenças e infortúnios.

Pense, mas pense bem antes de usar essa palavrinha, pois as coisas que acontecem são fruto da ação do próprio homem ou casos para muitos inexplicáveis ocorrem devido às probabilidades.

A razão deve estar sempre acima dos achismos incongruentes, acima desses achismos permeados de mitos e superstições, que levam o homem a manifestar sempre um tal de projeto de deus.



Não sei explicar – Projeto de deus.

Não entendo – Projeto de deus.

Salvou-se em um acidente - Projeto de deus.

Morreu em um acidente - Projeto de deus

Assim se torna fácil ver as coisas pelo viés fantasioso, pois tudo atribuímos a esse ser mítico.

Precisamos então resgatar a razão e saber que tudo tem uma explicação, como no caso das próprias doenças. O homem possui uma incrível máquina chamada cérebro, a maior farmácia natural, onde estão estocados todos os tipos de medicamentos. Tanto que pessoas otimistas respondem melhor aos tratamentos medicamentosos ou mesmo a tratamento a base de placebos o que não ocorre com aqueles que não têm uma visão boa de futuro, os pessimistas, os derrotados os melancólicos.

Essa incrível máquina, que vem evoluindo a milhões de anos e que ainda não é conhecida na sua totalidade, tem a resposta para todas as coisas que nos cercam, basta o tempo para que essas respostas aflorem.

Na idade Média as crendices eram a tônica, entretanto com o passar do tempo e com o avanço científico hoje sabemos que tudo aquilo que eles acreditavam ser verdade absoluta manipulada pela vontade de deus nada mais eram que coisas incompreensíveis para o homem daquela era.

Ou por acaso continuamos acreditando que a inteligência, o pensamento, o amor e tudo mais estão no coração. Não. Sabemos agora que tudo isto está diretamente ligado ao nosso cérebro.

Ah! Mas a menina apaixonada dirá que está com o coração apertado de amor. Sim, mas se teu coração está apertado, com taquicardia o que te leva a pensar que vai sair pela boca é porque o cérebro, onde ocorrem todas essas coisas, sinaliza para a produção de determinados hormônios que sobrecarregarão o coração.

Ponto. 

Simples. 

Basta pensar e ter conhecimento.

Assisti lamentavelmente o falecimento de meu amado pai. Portador de um câncer no pâncreas. Foi levado em estado deplorável para o Hospital Militar de Porto Alegre. Porém momentos antes de seu falecimento as horripilantes dores que sentia transformaram-se em um estado de quase graça, onde suas faces tornaram-se serenas e em alguns momentos parecia sorrir. Aliás alguns momentos havia em seu rosto aquele sorriso maroto que bem eu conhecia, pois desde criança sabia bem pela sua fisionomia as coisas que o agradavam ou o preocupavam.

O leigo, com seus pensamentos embotados e cheios de fantasias religiosas diria que ele estava tendo uma visão dos céus.

Poético, mas totalmente sem sentido ou razão.

Nada disso. 

No momento em que seu organismo entrava em óbito seu cérebro ordenou a produção de vários hormônios que o tranquilizaram, que o sedaram, que o doparam e deram a ele um momento de paz e harmonia.


Isto é a defesa que o próprio organismo encontrou em milhões de anos de evolução para evitar o sofrimento no momento da morte. Nesse momento cessam as dores, os sofrimentos e a pessoa entra em um estado de serenidade, diria até em um estado de extrema tranquilidade, onde o seu organismo ao receber uma carga gigantesca de diversos hormônios responderá da mesma forma que um usuário de droga após um período de abstinência que o está levando a loucura, a dor, ao sofrimento recebe uma dose da referida droga e muda instantaneamente seu comportamento, passando muitas vezes da agressividade a uma paz inimaginável.

Portanto precisamos refletir muito sobre certos assuntos, pois o desconhecimento nos leva a teorizar absurdos como o “salvo pela mão de deus”. Como se deus tivesse ou precisasse de mãos.

Rapidamente para que se entenda essa irracionalidade.


Certa manhã dirigia-me para a praia onde veraneava com minha mulher e meus filhos adolescentes ainda, estava só e ia encontrá-los, e a minha frente duas senhoras com seus maiôs coloridos, chapéus e óculos de sol também para lá iam contentes, conversando alto e não viram minha aproximação.

Neste momento uma delas disse a outra.

- Fulana, viste só. O doutor Beltrano viajou com a família para Porto Alegre e deixou a sua cadelinha solta.

- Sim! Eu a vi na rua.

- Pois é, e ela passou o fim de semana todo pela avenida passando em frente aos automóveis, e eu fique preocupada que ela pudesse ser atropelada.

- Mas o bom deus a estava protegendo.

Neste momento já quase ao lado das duas senhoras fui a loucura e disse alto e em bom tom.

- Que barbaridade a senhora dizer uma bobagem destas. Neste fim de semana quantas pessoas foram atropeladas e mortas pelo mundo? Neste fim de semana na Interpraias duas meninas foram atropeladas por um automóvel e uma morreu, e esse teu deus estava cuidando de uma cadela? 

- Que insanidade!



As mulheres pararam atônitas e apavoradas nada disseram. E eu continuei meu caminho em direção à praia p. da vida.

De certo as duas ficaram pensando se eu era louco ou refletiram sobre bobagem que disseram.

Então caro leitor, antes de usar essa palavrinha de quatro letras pense bem para não estar usando em algum absurdo.

E diz o “regulamento”.

Não tomarás o seu santo nome em vão.

K K K.

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