Sou um escritor compulsivo e um leitor
eclético e voraz.
Estou terminando meu terceiro livro, porém
ainda não foi possível parir o primeiro, que já está pronto há mais de três
anos e que tem como título “A Grande Mentira”.
“Desde que nós, seres humano, ou mesmo os nossos ancestrais mais
primitivos, tomaram consciência de sua participação neste imenso ecossistema
tão delicado quanto selvagem, e que habitavam grutas úmidas e cavernas, em
intermináveis noites em volta a uma fogueira, nus ou seminus, as vezes com
fome, outras e raríssimas vezes comendo carne crua, em muitas ocasiões
apresentando sinais de mal estado, insetos, frutos ou folhas, das quais muitas
tinham efeitos alucinógenos, em meio ao mal cheiro de seus corpos imundos e a sujeira acumulada em volta, acompanhados de piolhos, pulgas e outros parasitas, e
nos dias de tempestades, afundados em indagações e temores, buscavam resposta
para todas as coisas presentes, não só deste mundo, um mundo instável e
agressivo, as vezes com muito frio e outras com temperatura abrasadoras,
tempestades e terremotos ou como fora dele, um mundo que se descortinava como
algo belo e duradouro, sereno, com infindáveis pontos cintilantes, que não
tinham a mínima ideia do que seria, mas também cheio de mistérios.”
Esta demora em publicá-los acontece, pois
vivo em elucubrações que me fazem mudar alguma coisa aqui ou ali, e o tempo vai
passando e eles não chegam ao público.
O segundo livro “Os Gaúchos”, onde afirmo que
nem todo o Rio-grandense é Gaúcho assim como nem todo o Gaúcho é Rio-grandense,
que já está pronto, porém ainda falta alguma coisa e principalmente
ilustrações.
“É bonito ser Gaúcho.
É bonito ser um taura com fama de macho, bravo, destemido,
valente macanudo e sem igual.
Assim também é bonito ser Gaúcha, prenda formosa de cabos e
olhos negros, pele cor de cuia e cheia de graça.
Entretanto não basta estar pilchado, de bombachas, botas,
carneadeira e lenço colorado, verde ou branco no pescoço.
Não basta também ter nascido no Rio Grande do Sul, na
Argentina ou no Uruguai para ser Gaúcho.
Pois para ser verdadeiramente Gaúcho tem que possuir em suas
veias o sangue de ancestrais índios da Pampa, encastiçado com o sangue
ibérico, notadamente o espanhol, e em alguns casos traços, mesmo que ínfimos de
sangue de antigas mães negras escravas, que também contribuíram para a
formação desta genuína estirpe, ainda hoje existente em nosso Estado, assim
como no Uruguai e na Argentina.”
Sete outros livros estão em desenvolvimento,
sendo um deles sobre minhas mais velhas raízes, onde conto histórias tristes,
duras e hilárias, minhas, de meus pais, avós, bisavós e tataravós.
Meu avô Professor Lourival Teixeira e Meu pai Floribal Teixeira
“Em 1889, o vasto Império do Brasil, que poderia ser maior se não fosse
a intromissão de uma espanhola atarantada das ideias de nome Carlota Joaquina,
que conspirava contra os sonhos de seu marido, o então Príncipe Regente e
depois Rei de Portugal, Brasil e Algarve, Dom João VI, agonizava sob o reinado
de seu neto, Dom Pedro II, escândalos, crises, descontentamentos e revoltas
ameaçavam frontalmente a figura sisuda deste monarca, que estava no poder desde
seus quinze anos, quando em 1840 deu-se o golpe da maior idade, colocando o
então menino Príncipe, ainda um adolescente, no trono do Brasil, como Imperador
da primeira e única monarquia das Américas”.
Mas que tal?
Estou sempre envolvido com a leitura, com os
livros e com produção de textos com isto acumulei muitos livros que juntamente
com outros conseguidos em doação formei uma pequena biblioteca junto ao
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sapucaia do Sul, SINTESA e que para
minha surpresa e até lágrimas de emoção fui homenageado em uma Assembleia
Geral, ainda na gestão do Professor Júlio César de Oliveira, com o meu nome nessa
Biblioteca.
A meu lado Valéria Becker e Júlio César de Oliveira.
Pretendo com o tempo ampliá-la o que estou
conseguindo com mais doações e com algumas dezenas de livros meus que já estão
destinados a esta biblioteca.
Fui um dos formadores deste Sindicato, sonho
que acalentava desde que iniciei minhas atividades como professor nesse
município.
Sonhava com um sindicato, pois é através
desta organização que o trabalhador tem como lutar por conquistas, das quais
muitas foram por este conquistadas.
Manifestação de professores e no centro de Sapucaia do Sul.
Entretanto poucos são aqueles que recebem uma
homenagem em vida, pois geralmente só mortos são lembrados para nomes de ruas,
logradouros e praças.
Foi uma surpresa muito grande e inesquecível,
pois jamais havia pensado em minha vida que algum dia isto fosse acontecer.
Ao professor Júlio César de Oliveira e a
professora Valéria da Silva Becker meus mais profundos agradecimentos, pois os
trago sempre junto a meu coração, estendendo-os a toda uma categoria que
aprovou tal distinção em uma votação que teve apenas um voto contrário, o meu.
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