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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Homenagem em Vida.




Sou um escritor compulsivo e um leitor eclético e voraz.

Estou terminando meu terceiro livro, porém ainda não foi possível parir o primeiro, que já está pronto há mais de três anos e que tem como título “A Grande Mentira”.


“Desde que nós, seres humano, ou mesmo os nossos ancestrais mais primitivos, tomaram consciência de sua participação neste imenso ecossistema tão delicado quanto selvagem, e que habitavam grutas úmidas e cavernas, em intermináveis noites em volta a uma fogueira, nus ou seminus, as vezes com fome, outras e raríssimas vezes comendo carne crua, em muitas ocasiões apresentando sinais de mal estado, insetos, frutos ou folhas, das quais muitas tinham efeitos alucinógenos, em meio ao mal cheiro de seus corpos imundos e a sujeira acumulada em volta, acompanhados de piolhos, pulgas e outros parasitas, e nos dias de tempestades, afundados em indagações e temores, buscavam resposta para todas as coisas presentes, não só deste mundo, um mundo instável e agressivo, as vezes com muito frio e outras com temperatura abrasadoras, tempestades e terremotos ou como fora dele, um mundo que se descortinava como algo belo e duradouro, sereno, com infindáveis pontos cintilantes, que não tinham a mínima ideia do que seria, mas também cheio de mistérios.”

Esta demora em publicá-los acontece, pois vivo em elucubrações que me fazem mudar alguma coisa aqui ou ali, e o tempo vai passando e eles não chegam ao público.

O segundo livro “Os Gaúchos”, onde afirmo que nem todo o Rio-grandense é Gaúcho assim como nem todo o Gaúcho é Rio-grandense, que já está pronto, porém ainda falta alguma coisa e principalmente ilustrações.


      
“É bonito ser Gaúcho.

É bonito ser um taura com fama de macho, bravo, destemido, valente macanudo e sem igual.

Assim também é bonito ser Gaúcha, prenda formosa de cabos e olhos negros, pele cor de cuia e cheia de graça.

Entretanto não basta estar pilchado, de bombachas, botas, carneadeira e lenço colorado, verde ou branco no pescoço.

Não basta também ter nascido no Rio Grande do Sul, na Argentina ou no Uruguai para ser Gaúcho.

Pois para ser verdadeiramente Gaúcho tem que possuir em suas veias o sangue de ancestrais índios da Pampa, en­castiçado com o sangue ibérico, notadamente o espanhol, e em alguns casos traços, mesmo que ínfimos de sangue de an­tigas mães negras escravas, que também contribuíram para a formação desta genuína estirpe, ainda hoje existente em nosso Estado, assim como no Uruguai e na Argentina.”

Sete outros livros estão em desenvolvimento, sendo um deles sobre minhas mais velhas raízes, onde conto histórias tristes, duras e hilárias, minhas, de meus pais, avós, bisavós e tataravós.


                                         Meu avô Professor Lourival Teixeira e Meu pai Floribal Teixeira


“Em 1889, o vasto Império do Brasil, que poderia ser maior se não fosse a intromissão de uma espanhola atarantada das ideias de nome Carlota Joaquina, que conspirava contra os sonhos de seu marido, o então Príncipe Regente e depois Rei de Portugal, Brasil e Algarve, Dom João VI, agonizava sob o reinado de seu neto, Dom Pedro II, escândalos, crises, descontentamentos e revoltas ameaçavam frontalmente a figura sisuda deste monarca, que estava no poder desde seus quinze anos, quando em 1840 deu-se o golpe da maior idade, colocando o então menino Príncipe, ainda um adolescente, no trono do Brasil, como Imperador da primeira e única monarquia das Américas”.

 Mas que tal?


Estou sempre envolvido com a leitura, com os livros e com produção de textos com isto acumulei muitos livros que juntamente com outros conseguidos em doação formei uma pequena biblioteca junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sapucaia do Sul, SINTESA e que para minha surpresa e até lágrimas de emoção fui homenageado em uma Assembleia Geral, ainda na gestão do Professor Júlio César de Oliveira, com o meu nome nessa Biblioteca.
                             A meu lado Valéria Becker e Júlio César de Oliveira.

Pretendo com o tempo ampliá-la o que estou conseguindo com mais doações e com algumas dezenas de livros meus que já estão destinados a esta biblioteca.

Fui um dos formadores deste Sindicato, sonho que acalentava desde que iniciei minhas atividades como professor nesse município.

Sonhava com um sindicato, pois é através desta organização que o trabalhador tem como lutar por conquistas, das quais muitas foram por este conquistadas. 

                                  Manifestação de professores e no centro de Sapucaia do Sul.

Entretanto poucos são aqueles que recebem uma homenagem em vida, pois geralmente só mortos são lembrados para nomes de ruas, logradouros e praças.

Foi uma surpresa muito grande e inesquecível, pois jamais havia pensado em minha vida que algum dia isto fosse acontecer.

Ao professor Júlio César de Oliveira e a professora Valéria da Silva Becker meus mais profundos agradecimentos, pois os trago sempre junto a meu coração, estendendo-os a toda uma categoria que aprovou tal distinção em uma votação que teve apenas um voto contrário, o meu.

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