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sábado, 8 de agosto de 2015

Assédio Moral – Mais Uma Vez.


Mais uma vez volto a escrever sobre assédio moral dentro das escolas públicas, porém não é mais um assédio, esses tem se repetido em milhares de escolas envolvendo milhares de professores.

Não vou me ater a um caso específico e sim vou escrever no geral, sem generalizar, pois generalização é burrice.

E fugindo da burrice entranhada visceralmente em muitas equipes diretivas que se acham donas da coisa pública, lembrando que o que é público não é de ninguém, é de todo o povo, e sendo assim, ou seja, não sendo de ninguém não pode ser também abocanhado por vivaldinos que acham que se é público a ele pertence.

Ao longo de minha vida como professor pude trabalhar com diferentes equipes; Diretores, Vices, Orientadoras e Supervisoras, entre os quais encontrei gente competentíssima, verdadeiros doutores em educação, mas também encontrei uma série de incompetentes, maus-caracteres, ultrapassados, incapazes, e muitos, principalmente os calhordas que se acham os donos do coisa pública.


É assédio moral intrometer-se, sem motivo ou motivo fútil em aulas ministradas pelo catedrático. Esse não deve permitir que outros, sem a sua capacidade ou habitação venham “sonhar” em dizer como fazer e o que ministrar. Sugestões são sempre bem vindas e devem ser feitas junto ao grupo como ideia a ser implementada.

Certa feita em uma Escola no Município de Sapucaia do Sul, uma grande Escola, em uma reunião, no, em sua maioria falido Conselho de Classe, fui “advertido” por uma Supervisora, - (muita pretensão dela), - de que em minhas aulas o espelho de classe não era respeitado.

Espelho de classe funciona com professor que não tem domínio de classe, o que não era o meu caso.

Raríssimas vezes em 20 anos de serviço mandei algum aluno para a secretaria e jamais pedi que chamassem um pai ou mãe para conversar sobre o comportamento de seu filho. O que para muitos professores eram crianças problema eu tirava de letra sem um grito, sem um castigo.

No mesmo momento, quase explodindo diante da pretenciosa Supervisora disse a ela, ao Diretor e todos que desse conselho participavam que em minha sala de aula eu era “Boçal, mas era soberano”.

Todos me olharam sem entender, pois esse jargão aprendi no Exército onde servi por longos anos, ou seja, o recado que eu dei seria que em minha sala eu mandava e pronto. Não seria uma supervisora que jamais deu uma aulinha chinfrim em toda a sua vida profissional que iria dizer o que eu poderia ou não fazer.

Fico tapado de nojo.

Cabe aqui explicar que a maior autoridade dentro de uma sala de aula é o titular, o professor ou professora que está ministrando a aula, e a ele cabe permitir ou não a entrada de quem quer que seja. A ele cabe o andamento da aula, sua organização, sua disposição de carteiras e onde cada aluno ou aluna vai sentar ou se vai sentar.

Jamais admiti intromissão em minhas aulas, lembrando que em outra ocasião, bateu à porta de minha sala em outra escola do mesmo município a Diretora, e esta vinha acompanhada de dois pinguins, ou seja, dois religiosos todos de preto, irmãos católicos, mas poderia ser quem fosse, dizendo que os mesmos queriam orar com as crianças.

Simplesmente disse a minha Diretora:

- Não! Aqui em minha sala ninguém vai rezar. E educadamente fechei a porta.

Obviamente fui após chamado para dar explicações diante da equipe e respondi:

- Caras Senhoras, o princípio Republicano que respalda a laicidade da Coisa Pública, que separou o Estado da Igreja, há mais de um século, diz que em ambiente público qualquer ato religioso tem que ser ecumênico, e eu não vi junto aos irmãozinhos católicos, um pai-de-santo, babalorixá, um vidente kardecista, um imã, um rabino, ou outro qualquer, mesmo um pastor do mensalinho do demônio. Portanto nem vou perder meu tempo com vocês. Com licença. - E me retirei.

É também assédio tentar introduzir em qualquer aula uma ou outra religião, mas isso em muitas escolas PÚBLICAS não é respeitado e cada um puxa a brasa para a sua surrada, ultrapassada e danosa sardinha. (entendam como quiserem).

Embasbacadas ficaram e nada disseram.  Ainda bem.

Não aceitar intromissão em sua sala de aula é também uma forma de dizer não ao assédio moral.

Imponha-se.

Professor que se preza tem atitude e não deixa que lhe botem canga, afinal professor culto e conhecedor de seu mister é formador de opinião, é formador de caráter, é mesmo sem saber ou sem querer, um revolucionário. Depende da cabeça de cada profissional.


Houve um Diretorzinho “CC” de meia pataca, CC é carguinho político, em uma escola que eu trabalhava que chamou na presença de vários professores uma professora de filha da P., na mesma hora com duas testemunhas fui até a Secretaria de Educação e em longa conversa com a Diretora de Ensino fiz com que o desavergonhado fosse exonerado no outro dia.

Não se acovarde. Bateu, levou!

Voltando ao espelho de classe.

Esta organização é típica de escola tradicional, arcaica, mixuruca e prejudicial a educação. Um professor que tenha domínio de classe, conhecimento e capacidade profissional, que seja competente não precisa de espelho.

Por outro lado muito do que acontece dentro das escolas vai também da postura do professor.

E aqui devemos fazer o “Mea culpa”.

Olhem-se em um espelho e faça uma auto crítica da roupa que estás usando, do teu corte de cabelos, de teus adereços, de tua postura corporal, de tua maneira de falar. Olhe no geral a tua figura e analise o que tu estás vendo a tua frente se é um professor ou é uma coisa vestida.

Não precisa ser de grife, porém devem estarem limpas, passadas e adequadas.

Professor sem postura de educador passa a ser mais um, e os alunos sabem onde pisam.

Professor sem domínio de classe passa a ser o mais assediado por equipes ávidas em mostrar serviço. Mostras que podem.

Professor sem domínio profundo de sua cátedra, por favor, vá vender cachorro-quente na esquina, pois quem não sabe o que leciona também será um alvo fácil do assédio moral.

Vestia-me adequadamente, geralmente usando camisas limpas e gravata, e mesmo assim nunca deixei de ser gentil, educado e ao mesmo tempo duro com o aluno quando isso exigia.

Aboli há vinte anos o bagaceira boné, indumentária própria de quem não tem estilo e passei a usar meus chapéus, esses sim, de grifes reconhecidas, Prada, Lagomarsino e Curi.

Alguém dirá:

- Mas todo o mundo usa boné.

E respondo que eu não sou “todo o mundo”, mas em minhas caminhadas diárias uso-o com abrigo e tênis, jamais para dar aula.

Os anos passaram e até hoje, meus alunos de vinte anos atrás continuam me procurando, entrando em contato, saindo em grande grupos com seus maridos e esposas para jantarmos em alguma pizzaria e continuam tendo em mim um referencial.

Na formatura de nível superior de minha amada aluna Lucilene encontrei seu marido, também meu ex-aluno, o grande Marcelão.

Grande, em vários sentidos, em tamanho, honradez, moral, educação. Ele, Marcelo Andriotti, apresentou-me para sua sobrinha, uma linda menina, dizendo:

- Este é a ‘Lenda’.

Na hora segurei a emoção, mas depois, bem depois em casa ao pensar no caso, sorrateiras lágrimas insistiam em inundar meus olhos. Emoção e alegria.

Porém professor que deixa ser manipulado por equipes vai ser também manipulado por alunos e lembro aqui que hoje há muitos marginais de oito anos dentro das escolas e muitos bobalhões tratam esses marginais a pão de ló.

E marginal é marginal, tenha 8 ou 80 anos e ao longo do tempo vi muitos pais irem a escola e fazer caca na cabeça das equipes e essas por medo baixarem ainda mais a cabeça com medo da marginália.

Muitos ficaram rubros de raiva ao lerem marginal de 8 anos, e eu pergunto à esses pobrezinhos o que são os aluninhos de 7 e 8 anos que envenenaram as bolachas da professora com veneno para ratos.

São santinhos?

O aluno de 14 anos que agrediu varias vezes a professora, com socos e pontapés não é um marginal safado?

O aluno de 13 anos que matou a facadas uma professora não é um delinquente, um marginal?

Porque eles não agem assim nos Colégios Militares?

Por que lá o buraco é mais embaixo.

É que nas Escolas Publicas existe o medo político, vamos passar o imbecil, pois isto dá voto.

Não vamos punir o marginalzinho de 8 anos, porque o pai dele é cabo eleitoral do vereador fulano, outro marginal travestido de edil, e por ai se vão as causas que levam a este estado de calamidade dentro das escola públicas.


Pois é também Assédio Moral uma equipe exigir que dê notas para certos pústulas “de menor” para não se incomodarem.

É assédio exigir dos professores que não reprovem nenhum aluno para que a escola receba mais verbas federais.

E têm muitos políticos safados, envolvidos em escândalos e falcatruas, desvio de verbas públicas, assalto contumaz ao erário que defendem qualquer marginal que tenha menos de 17 anos.

Direitos Humanos e ECA são dois entraves à educação neste país. Duas porcarias que deveriam ser erradicadas da sociedade. Pois só vejo Direitos Humanos defendendo assassinos, ladrões, estupradores, marginais e essa eca de ECA só serve para defender o marginalzinho, o delinquente, “dimenor” como dizem os imbecis.

Marginal é marginal, menino, menina, homem, mulher que não tenha vergonha é marginal. Vereador, Deputado ou outro que use o cargo público em benefício próprio é marginal e como marginal deve ser tratado.

Aliás, para esses deveria ter pena de morte.






2 comentários:

  1. Muito bem colocado e exageradamente original, como o autor. Existe um ponto nestas corrupções todas que as pessoas não enxergam. Aprende-se a usar da sua superioridade desde sempre. As pessoas são educadas e instruídas desde cedo a contar vantagem em tudo. O triste é continuar vendo casos de pessoas que em sua ignorante e pequwna limitação, pensam que são melhores que outros.

    O caso tipico do esperto sem instrução.

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  2. Olá Calina.
    Eu passei por maus bocados tendo um diretor escamoso, falso, indigno, sorrateiro, ardiloso, mentiroso e extremamente cínico. Sabes bem de quem estou falando. E para não fazer bobagem pedi, com muita dor no coração para ser transferido de escola, depois fiquei sabendo pelo próprio prefeito da época Sr. Walmir Martins, que o meliante safado além de verbas do CPM levava para sua casa o que deveria ser distribuído como merenda aos alunos.
    Um vil, mentiroso e sórdido elemento.
    Fico feliz com teu comentário.
    Respeitosamente.
    Do teu professor.
    Pedro.

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