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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Decisão Constitucional e a Intolerância Religiosa


             Em uma das mãos o Livro Sagrado e na outra o fuzil, grande hipocrisia

             
Com a decisão dos tribunais de retirarem os crucifixos das salas de júri, atendendo o laicismo republicano já manifestado na Constituição de 1891 fomos pegos por uma série de declarações e reportagens que nos remetem a intolerânicia religiosa demonstrada por setores radicais que pregam a igualdade, mas se manifestam pela desigualdade.
            
Esses setores ou indivíduos empedernidos, que desconhecem o “Liberté, Egalité, Fraternité”, pois para eles só existe a sua Liberdade, não existe igualdade muito menos fraternidade, e isto fica bem estampado nas ácidas declarações o que mostra o desconhecimento de quem confunde estado laico com estado ateu. E que confundem liberdade religiosa com estado teocrático, mostrando toda sua repugnância e asco aos que pensam diferente, esquecendo por outro lado dos próprios ensinamentos que dizem acreditar, numa hipocrisia sem precedentes, pois o “perdoai, eles não sabem o que dizem ou fazem” é totalmente deixado de lado e partem para o ataque corrosivo e sem nenhuma base legal.
            
Precisam saber que o laicismo é um conceito que estabelece a ausência de qualquer envolvimento do governo nos assuntos religiosos, ou seja, há dentro da Lei a separação da Igreja e do Estado. Cada qual no seu quadrado. Isto não quer dizer que os homens, governos, país, estados ou municípios sejam ateus, como ocorre na visão distorcida destes intolerantes.
          
Como já postei neste blog, “Ela não Crê em Deus. É Ateia”, que julgar uma pessoa por crer ou não crer é uma visão estreita, discriminatória e totalmente na contramão do humanismo. Este conceito, mesquinho e até certo ponto patético e poderá levar a admirar assassinos, genocidas e outros monstros que acreditam em Deus e odiar, como fazem esses ensandecidos, pessoas boas, honestas, dignas e fraternas, por não crerem.
          
Lembrando a esses intolerantes que os presídios estão abarrotados de todo o tipo de bandidos, assassinos, estupradores e outras monstruosidades que crêem, oram e vivem dentro dessas cadeias lendo livros ditos sagrados e ao saírem dessas, a esmagadora maioria continuará delinquindo.
           
Há realmente como venho prevendo há muitos anos, uma aura negativa de uma nova inquisição, formam-se legiões de enraivecidos que tudo podem fazer em defesa dessas idéias. Até matar, como estamos acostumados a ver quase que diariamente na imprensa.
            
Um verdadeiro torvelinho de maldades que ocorre de ambos os lados, onde não se pode separar por religião as manifestações violentas, pois todas elas comentem atos desabonadores.
            
Não são só os islâmicos, de países teocráticos os causadores de tantos sofrimentos e destruições, vemos isto em todas as religiões, onde muitos, já com graves problemas mentas os aumentam achando em seus devaneios que são novos messias, enviados dos deuses, ouvem vozes e cometem todo o tipo de barbarismos em nome de suas crenças. Pois não podemos separar os bons e retos religiosos dos desequilibrados.
            
Outrossim, há um terror velado dentro destas  idéias, onde segundo o Psiquiatra Presbiteriano, Doutor Francisco Lotufo Neto, 47% dos líderes evangélicos pesquisados por ele, apresentam transtornos ou distúrbios mentais (Revista Eclésia no. 118 de 2007 – Jornal VS de 22 de julho de 2008).
           
Vejam por exemplo em nossas ruas onde pregadores, visivelmente transtornados, gritam como loucos, demenciados, agridem com palavras e tiram a tranquilidade de quem trabalha ou simplesmente passam por esses locais.
            
Mas isso não só está entre esses, isto atinge outras religiões, basta analisá-las.
            
Correta foi sim essa decisão dos respeitáveis juízes, pois o crucifixo não representa 100% dos que crêem e o Estado nada tem a ver com religiosidade.

             Tu vais apanhar pois tu não és da minha religião. Grande hipocrisia.

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