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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Síndrome da Inferioridade.





Não bastasse esse acordo ortográfico que entrará finalmente em vigor no fim deste ano, um alívio, pois até lá terei mais tempo para me adaptar a esse acordo que mais atrapalha do que facilita, ainda querem que nós, brasileiros, venhamos a enrolar a língua para falar o “gringuês”.




Ora bolas! Se qualquer brasileiro viajar para o exterior e não falar a língua nativa, seja nos Estados Unidos da América, França, ou outro país, passará por apuros, pois eles, os nativos, os outros, estão nem aí para o nosso português, entretanto nós estamos sendo preparados para receber “gringo” na Copa.



Parece-me a velha “síndrome da inferioridade”. Danam-se os “gringos”, se eles não falam a nossa língua porque nós temos que falar a deles?


Ao chegar a Londres ou Nova Iorque não serei entendido e eles ainda zoaram da minha cara.



Agora aqui nós temos que mostrar a “b” para eles.


Vão se catar! 


Eles que aprendam a nossa língua para virem para o Brasil.


Pombas!


É a lei da reciprocidade.


Aí podemos ir mais a fundo.




Se minha mulher e outras brasileiras, em viagem por algum país islâmico são obrigadas a usarem o “véu islâmico”, aqui, elas, as islâmicas, deveriam ser proibidas de usá-los, como acontece na França.


Até quando o Brasil vai se curvar aos outros. Ou é medinho de terrorista.



O tempo do beija-mão já passou. Uma coisa vergonhosa que até bem pouco tempo acontecia, onde, como pior exemplo, um grande homem público brasileiro beijou a mão de um general presidente americano, numa demonstração de total inferioridade, submissão e quintal.


Que vergonha.


Certa feita, quando eu tinha dezoito anos na cidade de Pelotas passeava com um amigo e encontramos Dom Antônio Zattera, Bispo da Diocese dessa cidade, ao lado da Catedral São Francisco de Paula, ele, o amigo foi logo beijando a mão do Bispo, porém o Bispo se fosse vivo estaria até hoje com a mão levantada para ser por mim beijada.



Eu educadamente o cumprimentei olhando em seus olhos e apertei-lhe a mão, segurando-a firme para baixo e pronto.


Assim minha saudosa mãe nos educou dizendo. “não se beija mão de ninguém, nem mesmo do teu avô”, no que ela estava corretíssima.


E dizia mais – “não se sabe por onde essa mão andou”.


Corretíssimo.


Então brasileiros, deixemos essa “síndrome da inferioridade” de lado e sejamos autênticos.


Eu arrisco bem no espanhol e no francês. Por uma questão de raízes, já que meu avô materno era castelhano e parte da família também donde aprendemos o espanhol e o francês por cultura, nunca, jamais, em tempo algum por modismo, submissão ou necessidade imposta.


Sejamos nós mesmos.


O resto que se dane.



E quem quiser vir para o Brasil que aprenda o nosso idioma, um dos mais bonitos e complicados do mundo.


Lembrando que nós falamos o português do Brasil, o brasilês ou brasileiro, que é bem diferente do português de Portugal. Tão diferente que em Lisboa eles preferem falar com brasileiros em espanhol, pois se um baiano ou um Gaúcho falar tipicamente os “portugas” ficarão boiando.


Muitos são os filmes portugueses que são legendados aqui no Brasil e lá o contrário acontece, como livros de grandes escritores brasileiros que são traduzidos para o português de Portugal, como muitos livros de Jorge Amado e outros.


Voltando ao acordo ortográfico.


Nós, que falamos o “brasileiro” ou "brasilês", somos mais de duzentos milhões e temos que falar igual à minoria que são Portugal, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Macau, Timor Leste e Goa.

Eles que deveriam se enquadrar ao português do Brasil, afinal de contas só o Estado de São Paulo possui uma população quase igual ou maior que todos eles juntos.


Fui! Tapado de asco.



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