Não bastasse esse acordo
ortográfico que entrará finalmente em vigor no fim deste ano, um alívio, pois
até lá terei mais tempo para me adaptar a esse acordo que mais atrapalha do que
facilita, ainda querem que nós, brasileiros, venhamos a enrolar a língua para
falar o “gringuês”.
Ora bolas! Se qualquer
brasileiro viajar para o exterior e não falar a língua nativa, seja nos Estados
Unidos da América, França, ou outro país, passará por apuros, pois eles, os
nativos, os outros, estão nem aí para o nosso português, entretanto nós estamos
sendo preparados para receber “gringo” na Copa.
Parece-me a velha “síndrome
da inferioridade”. Danam-se os “gringos”, se eles não falam a nossa língua
porque nós temos que falar a deles?
Ao chegar a Londres ou Nova
Iorque não serei entendido e eles ainda zoaram da minha cara.
Agora aqui nós temos que
mostrar a “b” para eles.
Vão se catar!
Eles que aprendam a nossa
língua para virem para o Brasil.
Pombas!
É a lei da reciprocidade.
Aí podemos ir mais a fundo.
Se minha mulher e outras
brasileiras, em viagem por algum país islâmico são obrigadas a usarem o “véu
islâmico”, aqui, elas, as islâmicas, deveriam ser proibidas de usá-los, como
acontece na França.
Até quando o Brasil vai se
curvar aos outros. Ou é medinho de terrorista.
O tempo do beija-mão já
passou. Uma coisa vergonhosa que até bem pouco tempo acontecia, onde, como pior
exemplo, um grande homem público brasileiro beijou a mão de um general
presidente americano, numa demonstração de total inferioridade, submissão e
quintal.
Que vergonha.
Certa feita, quando eu tinha
dezoito anos na cidade de Pelotas passeava com um amigo e encontramos Dom
Antônio Zattera, Bispo da Diocese dessa cidade, ao lado da Catedral São
Francisco de Paula, ele, o amigo foi logo beijando a mão do Bispo, porém o
Bispo se fosse vivo estaria até hoje com a mão levantada para ser por mim
beijada.
Eu educadamente o
cumprimentei olhando em seus olhos e apertei-lhe a mão, segurando-a firme para
baixo e pronto.
Assim minha saudosa mãe nos
educou dizendo. “não se beija mão de ninguém, nem mesmo do teu avô”, no que ela
estava corretíssima.
E dizia mais – “não se sabe por
onde essa mão andou”.
Corretíssimo.
Então brasileiros, deixemos
essa “síndrome da inferioridade” de lado e sejamos autênticos.
Eu arrisco bem no espanhol e
no francês. Por uma questão de raízes, já que meu avô materno era castelhano e
parte da família também donde aprendemos o espanhol e o francês por cultura,
nunca, jamais, em tempo algum por modismo, submissão ou necessidade imposta.
Sejamos nós mesmos.
O resto que se dane.
E quem quiser vir para o
Brasil que aprenda o nosso idioma, um dos mais bonitos e complicados do mundo.
Lembrando que nós falamos o
português do Brasil, o brasilês ou brasileiro, que é bem diferente do português
de Portugal. Tão diferente que em Lisboa eles preferem falar com brasileiros em
espanhol, pois se um baiano ou um Gaúcho falar tipicamente os “portugas”
ficarão boiando.
Muitos são os filmes
portugueses que são legendados aqui no Brasil e lá o contrário acontece, como
livros de grandes escritores brasileiros que são traduzidos para o português de
Portugal, como muitos livros de Jorge Amado e outros.
Voltando ao acordo
ortográfico.
Nós, que falamos o “brasileiro” ou "brasilês",
somos mais de duzentos milhões e temos que falar igual à minoria que são
Portugal, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e
Príncipe, Macau, Timor Leste e Goa.
Eles que deveriam se enquadrar ao português
do Brasil, afinal de contas só o Estado de São Paulo possui uma população quase
igual ou maior que todos eles juntos.
Fui! Tapado de asco.
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