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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O Impressionismo


Mais que provavelmente o impressionismo foi o fenômeno tão importante que poderia afirmar ser o mais importante movimento nas artes europeias desde os renascentistas, no que se refere aos novos conceitos e nas inovações visuais que trouxe em seu bojo.

              A pintora Eva Gonzalès, retratada por Edouard Manet em 1870

O Impressionismo muda o enfoque conceitual da natureza, ou seja, a natureza é o que se vê, como a percebemos, substituindo a suposta realidade estável pela fugacidade ao rejeitar a ideia de que há cânones específicos para expressar sensações, abandonando as sombras negras e as linhas demarcatórias.

                Inundação do Porto de Marly de Alfred Sisley - 1876

Saíram de seus estúdios e foram pintar ao ar livre, nos campos, nos parques, nas estações ferroviárias e na beira dos rios e nesses locais conseguiram obras fascinantes como a Manhã Enevoada e A Inundação do Porto de Marly, de Alfred Sisley e Os Choupos a Beira do Epte, pintado em 1891 por Claude Monet, o velho Claude que nasceu no ano de 1840, vindo a falecer em 1926, tendo sobrevivido a Primeira Grande Guerra.

                Meninas Correndo no Cais de Walberswick, de Philip 
                             Wilson Steer - 1894

Cresceram na Paris maravilhosa de Balzac e em seus cafés formavam grupos, discutiam e se aprimoravam e com o uso de paletas multicoloridas experimentavam várias técnicas de esfumaçar a cor.

Foi na verdade o primeiro movimento pictórico a ter consciência de si mesmo, nascendo dentro de um determinado contexto social e cultural do qual tiraram sua ideologia e moldaram suas linhas, pois não estavam muito longe da Revolução Francesa, passando pelo golpe de 1848, pelo Segundo Império, pela Guerra Franco-Prussiana.

              Cena de Banho em Asnières, de George Seurat - 1883-84

Viveram intensamente sob constante efervescência política, não podendo se descartar as influências Marxistas e Darwinistas na maneira dos Impressionistas se relacionaram com a sociedade e a pintura.

                Manhã Enevoada de Alfred Sisley - 1874

Das obras desses grandes Impressionistas escolhi algumas que sempre me acompanharam desde que delas tive conhecimento e povoaram e ainda povoam meus mais internos sentimentos quando falo sobre arte ou apenas penso em arte como a essência mais refinada da genialidade humana. Incomparável genialidade impressionista que nos impressiona, pois poderia impressionar com grandes nomes como Renoir, Degas o mestre dos mestres Claude Monet, que não deve ser confundido com Édouard Manet, porém comecei a ilustrar com artistas muitas vezes desconhecidos e para muitos de menor brilho, mas que foram tão mestres quanto aos grandes mestres, como a própria Eva Gonzalès retratada por Manet, em 1870.

                      Pai Tunguy de Vincent van Gogh - 1887

Um detalhe importante é que o hoje tão surrealmente valorizado Vincent van Gogh, que em sua loucura agravada pelo uso intenso de absinto vivia em extrema miséria acompanhado de sua esquizofrenia que o levou a cortar a própria orelha e foi somente próximo à morte que seus quadros passaram a ser olhados com mais atenção tomando hoje verdadeiras loucuras de preços avaliados em milhões de dólares.

                      Choupos a Beira do Epte de Claude Monet - 1891


Aos meus leitores deste derradeiro dia de 2015, tenham todos um ano novo longe do amargor do absinto e das insanidades como vimos este ano, que a paz prevaleça e que, mesmo não crendo, deus não seja mais motivo de tantas mortes e atentados feitos em seu nome.

                       Absinto de Edgar Degas - 1876

Deixemos as desilusões deste casal retratado por Edgar Degas em 1876, que aumenta sua amargura com o amargor dessa bebida e passemos a saborear as coisas doces e boas da vida.


Tenham todos um ótimo 2016. 

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