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segunda-feira, 24 de março de 2014

Pangeia



A Deriva Continental Continua.

Sabe-se, o que é inquestionável, que Pangeia fragmentou-se dando origem aos atuais continentes, no processo conhecido como deriva continental.

Isto é de conhecimento quase que geral, pois basta qualquer pessoa ter estudado até a 6ª série para disto saber.

Acreditar, muitos não acreditam, pois o que fala mais alto para esses são as lendas de um deus que fez tudo, e depois de tudo pronto e bonitinho resolveu pôs neste mundo o homem. Dizem também que o que deus fez é imutável. Outra mentira, pois nada é eterno, nem mesmo o Universo em que vivemos.




Porém não vamos embarcar nessa história e sim ver o que a ciência nos prova sobre o nosso ainda desconhecido planeta nas suas profundidades oceânicas e o que está abaixo de nossos pés. Coisa pouco conhecida, crosta, manto superior, manto inferior, núcleo externo e núcleo interno, aonde as temperatura chegam a 7000ºC.

Porém a deriva continental que continua, afastando alguns continentes e aproximando outros, soerguendo o fundo do Oceano Atlântico – Dorsal Atlântica e outros fenômenos – isto é inegável e sabido, hoje mais ainda com as medições feitas via satélites o que prova que Alfred Lothar Wegener, cientista e geógrafo alemão estava certo quando disse a sua esposa que “A costa da América do Sul se encaixa perfeitamente na costa oeste da África. Ela, Else, assim como a comunidade científica não levaram muito a sério a constatação de Alfred, porém os estudos que se seguiram provaram isto.


Realmente havia um único continente, chamado pelos atuais homens de ciências de Pangeia.





Acredito eu, que outras placas tectônicas poderiam ter existido, mas assim como a placa de Nazca que está sendo engolida pelo manto, ao longo da costa ocidental da América do Sul, essas outras tiveram o mesmo fim, não deixando assim qualquer vestígio.

Entretanto o que me causa surpresa são as informações passadas ao grande público, principalmente quando se faz uma demonstração animada do que aconteceu com Pangeia.




Primeiramente Pangeia dividiu-se em dois grandes blocos continentais, um ao norte, que foi denominado pela ciência atual como Laurásia e outro ao sul, que recebeu o nome de Gondwana. A Laurásia formaria também por esfacelamento a América do Norte e a Eurásia. Já a parte sul, Gondwana daria origem a África, América do Sul, Austrália-Índia e Antártida.

Mostram essas animações e gravuras o afastamento dos atuais continentes, o que leva o espectador ou leitor ter uma noção errada de como realmente ocorreu essa deriva continental.

A América do Norte como a América do Sul, tomaram suas atuais conformações conforme a deriva acontecia, pois esse processo começou por volta de 200 milhões de anos enquanto que a Cordilheira Andes e as Montanhas Rochosas são bem mais modernas.




As Montanhas Rochosas que percorrem toda a costa norte americana, do sul dos Estados Unidos da América, passando pelo Canadá e adentrando pelo Alasca começaram a surgir no período Cretáceo, por volta de 70 milhões de anos e a Cordilheira dos Andes que se estendem do extremo sul da América do Sul até o norte, numa faixa de aproximadamente 8000 km, pela costa ocidental do continente, formou, hoje se acredita abruptamente há 5 milhões de anos.




No caso específico dos Andes, esses surgiram quando a placa que forma a América do Sul chocou-se com a placa de Nazca, e esses começaram a sofrer um processo de soerguimento o que ainda continua a ocorrer, pois a placa tectônica de Nazca continua em seu mergulho por baixo da nossa América do Sul.



No caso da América do Norte, as Rochosas só começaram o seu processo de dobradura e soerguimento quando esta, empurrada contra a placa tectônica que forma o fundo do atual oceano Pacífico começou a grande modificação do terreno, onde há inclusive a falha de Santo Andreas possível de ser vista ao natural e onde estão as duas grandes cidades americanas de São Francisco e Los Angeles, que correm o risco de sumirem do mapa de uma hora para outra, numa grande catástrofe geológica.

Especificamente falando da América do Sul, o que se separou a atual África foi tão somente o Planalto Brasileiro, que nesse processo de deriva, chocou-se com a Placa de Nazca, que deu na formação dos Andes e posteriormente o surgimento do Pantanal Mato-grossense, parte da Planície Amazônica e da grande extensão de terras que formam hoje a Patagônia e a Pampa, argentino-uruguaio-rio Grandense.


Alguém há de perguntar sobre o Planalto das Guianas. Esse planalto é muitíssimo antigo, remonta do período Pré-Cambriano, coisa de mais de 4 bilhões de anos. Onde ele estaria quando começou a deriva continental. Provavelmente formava já uma parte separada da Gondwana, porém pertencente à placa que formaria a América do Sul assim como o Subcontinente Indiano, que apesar de estar separado pelo Oceano Índico da Austrália, pertencem à mesma Placa Tectônica, a chamada Placa Indo-Australiana.




Cabe aqui ressaltar que a Cadeia de Montanhas do Himalaia continua crescendo, pois há 40 milhões de anos a Placa Tectônica Indo-Australiana continua empurrando a Placa da Eurásia o que provoca esses fenômeno.


Alguns pensam que tudo isso foi feito pela mão de deus.

Não! 

Isto ocorre por fenômenos naturais. Tudo o que há no Universo foi, é e será feito por fenômenos naturais, muitos dos quais catastróficos e não por uma fictícia mão divina.

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