A Deriva
Continental Continua.
Sabe-se, o que é
inquestionável, que Pangeia fragmentou-se dando origem aos atuais continentes,
no processo conhecido como deriva continental.
Isto é de conhecimento quase
que geral, pois basta qualquer pessoa ter estudado até a 6ª série para disto
saber.
Acreditar, muitos não
acreditam, pois o que fala mais alto para esses são as lendas de um deus que
fez tudo, e depois de tudo pronto e bonitinho resolveu pôs neste mundo o homem.
Dizem também que o que deus fez é imutável. Outra mentira, pois nada é eterno,
nem mesmo o Universo em que vivemos.
Porém não vamos embarcar
nessa história e sim ver o que a ciência nos prova sobre o nosso ainda
desconhecido planeta nas suas profundidades oceânicas e o que está abaixo de nossos
pés. Coisa pouco conhecida, crosta, manto superior, manto inferior, núcleo
externo e núcleo interno, aonde as temperatura chegam a 7000ºC.
Porém a deriva continental
que continua, afastando alguns continentes e aproximando outros, soerguendo o
fundo do Oceano Atlântico – Dorsal Atlântica e outros fenômenos – isto é
inegável e sabido, hoje mais ainda com as medições feitas via satélites o que
prova que Alfred Lothar Wegener, cientista e geógrafo alemão estava certo
quando disse a sua esposa que “A costa da América do
Sul se encaixa perfeitamente na costa oeste da África”. Ela, Else, assim
como a comunidade científica não levaram muito a sério a constatação de Alfred,
porém os estudos que se seguiram provaram isto.
Realmente havia um único
continente, chamado pelos atuais homens de ciências de Pangeia.
Acredito eu, que outras placas tectônicas
poderiam ter existido, mas assim como a placa de Nazca que está sendo engolida
pelo manto, ao longo da costa ocidental da América do Sul, essas outras tiveram
o mesmo fim, não deixando assim qualquer vestígio.
Entretanto o que me causa
surpresa são as informações passadas ao grande público, principalmente quando
se faz uma demonstração animada do que aconteceu com Pangeia.
Primeiramente Pangeia
dividiu-se em dois grandes blocos continentais, um ao norte, que foi denominado
pela ciência atual como Laurásia e outro ao sul, que recebeu o nome de
Gondwana. A Laurásia formaria também por esfacelamento a América do Norte e a
Eurásia. Já a parte sul, Gondwana daria origem a África, América do Sul,
Austrália-Índia e Antártida.
Mostram essas animações e
gravuras o afastamento dos atuais continentes, o que leva o espectador ou
leitor ter uma noção errada de como realmente ocorreu essa deriva continental.
A América do Norte como a América do Sul,
tomaram suas atuais conformações conforme a deriva acontecia, pois esse
processo começou por volta de 200 milhões de anos enquanto que a Cordilheira
Andes e as Montanhas Rochosas são bem mais modernas.
As Montanhas Rochosas que
percorrem toda a costa norte americana, do sul dos Estados Unidos da América,
passando pelo Canadá e adentrando pelo Alasca começaram a surgir no período
Cretáceo, por volta de 70 milhões de anos e a Cordilheira dos Andes que se
estendem do extremo sul da América do Sul até o norte, numa faixa de
aproximadamente 8000 km, pela costa ocidental do continente, formou, hoje se
acredita abruptamente há 5 milhões de anos.
No caso específico dos
Andes, esses surgiram quando a placa que forma a América do Sul chocou-se com a
placa de Nazca, e esses começaram a sofrer um processo de soerguimento o que ainda
continua a ocorrer, pois a placa tectônica de Nazca continua em seu mergulho
por baixo da nossa América do Sul.
No caso da América do Norte,
as Rochosas só começaram o seu processo de dobradura e soerguimento quando
esta, empurrada contra a placa tectônica que forma o fundo do atual oceano
Pacífico começou a grande modificação do terreno, onde há inclusive a falha de
Santo Andreas possível de ser vista ao natural e onde estão as duas grandes
cidades americanas de São Francisco e Los Angeles, que correm o risco de
sumirem do mapa de uma hora para outra, numa grande catástrofe geológica.
Especificamente falando da
América do Sul, o que se separou a atual África foi tão somente o Planalto
Brasileiro, que nesse processo de deriva, chocou-se com a Placa de Nazca, que
deu na formação dos Andes e posteriormente o surgimento do Pantanal Mato-grossense,
parte da Planície Amazônica e da grande extensão de terras que formam hoje a
Patagônia e a Pampa, argentino-uruguaio-rio Grandense.
Alguém há de perguntar sobre
o Planalto das Guianas. Esse planalto é muitíssimo antigo, remonta do período Pré-Cambriano,
coisa de mais de 4 bilhões de anos. Onde ele estaria quando começou a deriva
continental. Provavelmente formava já uma parte separada da Gondwana, porém
pertencente à placa que formaria a América do Sul assim como o Subcontinente
Indiano, que apesar de estar separado pelo Oceano Índico da Austrália, pertencem
à mesma Placa Tectônica, a chamada Placa Indo-Australiana.
Cabe aqui ressaltar que a
Cadeia de Montanhas do Himalaia continua crescendo, pois há 40 milhões de anos
a Placa Tectônica Indo-Australiana continua empurrando a Placa da Eurásia o que
provoca esses fenômeno.
Alguns pensam que tudo isso
foi feito pela mão de deus.
Não!
Isto ocorre por fenômenos
naturais. Tudo o que há no Universo foi, é e será feito por fenômenos naturais,
muitos dos quais catastróficos e não por uma fictícia mão divina.
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