Para entendermos como as
ideias vão se formando e ao mesmo tempo vão se inserindo no seio da sociedade
de maneira quase que irreversível, bastaria conhecer o que dizia minha avó
Idelvira de Farias Teixeira, vovó Bibira, uma meio índia Charrua, analfabeta,
porém ladina como um sorro.
Em sua quase ingênua
ignorância, escondia uma inteligência sapeca e astuta.
Dizia ela com a maior
naturalidade que - depois que inventaram a máquina de “debuiá” milho, nada mais
me surpreende.
Assim como foi dela que ouvi
pela primeira vez a expressão “quem conta um conto aumenta um ponto”.
Realmente, juntando as coisas
vamos ver que nada mais nos surpreenderá nesta vida se sabermos que é uma
verdade indiscutível de que “quem conta um conto aumenta um ponto”.
Imaginemos depois de dois
mil anos a humanidade contando uma fictícia história religiosa e a cada dia aumentando um
ponto nesta lenda o tamanho que ela ficou.
Chegamos então aos dias de
hoje saturados desta história fictícia de um deus que escolheu uma mulher para
com ela ter um filho.
As pessoas não se dão por
conta do quão fantasiosa é essa história.
Na verdade é uma cópia de
histórias semelhantes contadas por outros povos, outras civilizações como, por
exemplo, as inúmeras historietas gregas de deuses que tinham com os humanos
relações sexuais das quais surgiram tantos heróis lendários com o próprio Hércules
filho do deus Zeus com uma mortal chamada Alcmena, esposa de Anfitrião.
Discorreria centenas de
outras mal contadas fábulas, e que sempre envolvem deuses e mulheres ou deuses
e homens.
Na Grécia eram comuns as
histórias de relações homossexuais entre deuses e homens. Deuses que se
desentendiam uns com os outros por terem os mesmos interesses sexuais por
determinados jovens gregos.
Deuses homossexuais e
pedófilos.
Conta à história que Zeus mandou
raptar Ganimedes por quem era apaixonado para ter com esse jovem relações
homoafetivas.
Que deuses são esses que
necessitam de ralações carnais com os humanos, homens, jovens e crianças?
Que deus é esse que possuiu
carnalmente uma jovem judia para com ela ter um filho e até hoje afirmarem ser ela
uma virgem, e para turvar a visão dos incautos dizerem que foi obra do espírito santo.
Diante de tantas armações e
lendas, nada mais me surpreende.
Porém muitos, cegos pelas
crendices, obcecados pelas lendas religiosas não tem olhos para verem o quão
fantasiosas são essas historietas que nos últimos dois mil anos foram sendo
acrescentadas de milhares e milhares de pontos, pois como dizia Vovó Bibira,
quem conta um conto aumenta.
Só que vovó não dizia é que,
por interesses mesquinhos; interesses escusos para ocultar o que não deve ser
visto ou lido, outros tantos milhares de pontos foram sabiamente escondidos,
surrupiados, escamoteados e para que ninguém desse a eles o interesse devido
os apelidaram de “apócrifos”.
Baita sacanagem.
O negócio é viver da ilusão,
pois essa ilusão enche os cofres das igrejas, e os incautos não se dão por
conta.
Me tapo de nojo.
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