Setembro de 2012, nas areias brancas da praia de Rosário.
Com minha Guria de Uruguaiana, Sandra, companheira de mais de 40 anos.
Um dia nas areias brancas, do
que foi há milhões de anos atrás um mar, encontramos em Rosário do Sul, terra
de minhas mais antigas raízes esta belíssima praia, onde andei, não só pelo
muito gostar dela, do muito gostar da velha Passo do Rosário, como, além de
tudo pisar nas terras que meu querido avô, Lourival da Rosa Teixeira nasceu em
4 de janeiro de 1889, ainda no Brasil Império, sendo filho de Joaquim Luís
Teixeira e de Raphaela da Rosa Teixeira.
Por essa terra ele muito
andou em sua vida crivada de momentos de sonhos, paixões, riqueza e pobreza.
Pobreza esta que o levou de lá sair e buscar em outras plagas a esperança tão
sonhada. Um sonho entremeado de realizações, alegrias e tristeza. Tristezas
estas que não o fizeram desistir. Homem que pouco ou nunca ria, mas era um
competente professor e um grande e ufanista, que levava sempre em
seu peito um amor sem igual pelo Brasil.
Meu avozinho, talvez jamais
tenha sonhado em sua vida que um dia teria um neto que sempre quando fosse para
a Fronteira Oeste, sempre passasse por Rosário, para andar em suas ruas e sua praia.
Cada vez que chego a Rosário uma coisa boa em meu coração entra, por isso
passei a amar Rosário, um amor secreto, pois lá ninguém me conhece, mas me
parecem ser todos conhecidos de longa data.
Rosário de ruas estreitas e outas largas, mas de
casario antigo, meio triste que ainda se respira um pouco do saudosismo dos
velhos tempos.
Rosário a porta principal da
Pampa, que como sua longa ponte, tem uma longa história, onde mesmo antes de
existir como município já havia inaugurado a sua Paróquia, Paróquia de Nosso
Senhora do Rosário, pela Lei Provincial 442, de 15 de dezembro de 1859.
Em 19 de abril de 1876
torna-se Município, com o nome de Rosário ou Passo do Rosário, mas somente em
1944, após um plebiscito, vai tomar seu atual nome de Rosário do Sul.
Meu avô Lourival tinha vário
irmãos e irmãs mais velhos e um de mesma idade, cujo nome era Honorival, que faleceu
ainda jovem aos 26 anos, os outros eram Acelino, João Luís, Laudelino, Zuleima,
Celanira, Camila e Raphaela. Muitos se foram para outras cidades, como Pelotas e Rio Grande, mas todos tinham em comum o seu berço rosariense.
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