Eles acusaram a todos nós, sem exceção, responsabilizaram a todos,
mas nós detestávamos o regime desde o início. Agora a nossa tão aguardada
libertação reflete o desprezo e o ódio de todos. Mas é o certo, pois ninguém
pode escapar desta culpa coletiva.
Assim uma cidadã alemã se
expressou ao final da Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha havia
finalmente, após longos anos espalhando o ódio e o terror, o genocídio e a
destruição, crueldades e racismo, sido vencida e seu território devastado e
ocupado pelos Exércitos Aliados no ocidente e pelo feroz e implacável Exército
Vermelho no Oriente.
É perturbador, mas o mal
semeado pelos alemães há de perdurar por milhares de anos, pois mesmo com as
feridas cicatrizadas não apagarão da história o sofrimento e a dor levada a
outros povos.
Afirmar que o povo alemão
detestava o regime não condiz com a verdade, pois a esmagadora maioria do povo
alemão concordava e vibrava com os nazistas, tinham em Hitler um verdadeiro
salvador, e seus comícios e aparições em público mostravam bem quanto o povo
alemão o apoiava, onde centenas de milhares se amontoavam para saudar o seu
Füher, frenética, fanática e delirantemente, como podemos ver nestas fotos da época.
Enganam-se também os que
pensam que isso foi uma coisa do passado, pois ainda hoje, mais de sessenta e
sete anos depois, milhões são cativados por essas idéias estapafúrdias e vemos
que muitos ainda vibram com a história da mais danosa forma de governo que a
humanidade já presenciou, onde o ódio e o racismo eram introjetados na mente
das pessoas desde o momento em que nasciam e muitos ainda sonham com um quarto
Reich.
Mas dizer que é uma culpa
coletiva, realmente acertou essa mulher que tal declaração deu, pois esta forma
de culpa coletiva podemos observar ainda nos dias atuais, pois o racismo é uma
das feridas mais profundas da humanidade, uma ferida pútrida, pestilenta e
viscosa.
Muitos são aqueles que
falam, escrevem e lutam contra o racismo que alguns tem pelos negros, pelos
índios, pelos asiáticos ou pelos nordestinos. Concordo plenamente e também faço
o possível para mudar esta sombra maléfica que ainda ocorre dentro do meu
Brasil.
Entretanto poucos ou quase ninguém fala, escreve ou luta contra o racismo que ocorre contra os brasileiros por parte de um bom número de descendentes de alemães e italianos, que são brasileiros por nascimento e que encontraram a salvação para suas miseráveis vidas dentro do meu Brasil, fugindo de suas tão amadas Alemanha ou Itália no desespero da fome e pelo pouco caso que seus governantes dispensavam a esses miseráveis famélicos.
Entretanto poucos ou quase ninguém fala, escreve ou luta contra o racismo que ocorre contra os brasileiros por parte de um bom número de descendentes de alemães e italianos, que são brasileiros por nascimento e que encontraram a salvação para suas miseráveis vidas dentro do meu Brasil, fugindo de suas tão amadas Alemanha ou Itália no desespero da fome e pelo pouco caso que seus governantes dispensavam a esses miseráveis famélicos.
É enojante andar por algumas cidades da Serra onde vemos em centenas de automóveis adesivos onde se lê. “Grazie a Dio, sono italiano”. E ninguém, autoridade nenhuma faz qualquer coisa contra esse racismo ostensivo, nojento e pérfido. Já disse e repito, se a Itália e tão boa e só pegar suas tralhas e sumir do meu Brasil, pois falta não farão, farão um benefício aos brasileiros, pois serão poupados de conviver com estes asquerosos e repugnantes racistas.
Esses equivocados, traidores
da Pátria Brasileira, deveriam dizer “Graças a Deus, vivo no Brasil”. “Graças
da Deus, o Brasil me acolheu”. “Graças a Deus, se eu vivo é por que um dia meus
antepassados vieram para o Brasil e foram aqui recebidos de braços abertos”.
E bato na mesma tecla, pois são exatamente os que acreditam em Deus que expressam as mais nojentas, asquerosas e pérfidas posições como no caso, o racismo.
Essa minoria de adoentados deveria
lembrar que se tivessem ficado na sua querida Itália ou na Alemanha talvez não
tivessem nascido, pois seus pais ou avós teriam morrido de fome ou em alguma
guerra.
Da mesma forma assistimos
dentro do meu Brasil que muitos são os de origem alemã que tem a soberba, a
petulância e a ignorância de criticar os brasileiros e se dizerem ainda alemães
de raça boa e pura. Voltem para a Alemanha se é tão boa.
Para o inferno com esses
racistas que viram o cocho onde se alimentam.
Para o inferno com esses imbecis
que nada aprenderam com as guerras que fizeram e de tão “superiores” foram
arrasados, foram massacrados logo por quem eles chamavam de sub raça ou raça
inferior, os russos.
Tão superiores, que tiveram
seus países arrasados e muitos nada aprenderam.
Tão superiores que foram
liderados por dois idiotas, o repugnante Adolf Hitler e o bobalhão do Benito
Mussolini, cheio de pose e arrogância e que não passava de um palhaço metido a
chefe de estado, achando-se um novo César.
Hoje, a mídia, também
repugnante, por ranço ideológico e racial acusa os russos de terem perpetrado
estupros e não poupando ninguém. Ou por acaso queriam que os algozes fossem
tratados a pão de ló depois de tanto mal terem cometido, principalmente dentro
da Polônia e da União Soviética, onde milhões foram mortos, e centenas de
milhares com requintes de perversidade, estupros e escravidão.
Ou por acaso não sabem que
muitas eram as famílias alemãs que tinha como escravas meninas polonesa que
ficavam as noites acorrentadas ao relento nos frios invernos alemães e a
maioria morria de frio e fome.
E por ódio doentio os
alemães perpetraram as maiores barbáries dentro da Rússia, onde aldeias eram queimadas,
animais mortos, rios envenenados e o que não podiam carregar, destruíam.
Tanto mal fizeram dentro da
União Soviética e queriam o quê?
Clemência?
Houve crimes e estupros em
ambos os lados, os próprios aliados cometeram estupros e assassinatos, mataram
impiedosamente muitos membros da SS quando os prendiam, com muita razão, apesar
da barbárie. Mesmo assim muitos criminosos de guerra alemães nada sofreram. Não
pagaram por seus crimes.
E lembrando de que a justiça
não foi feita como deveria, pois se todos os criminosos de guerra fossem
punidos, não sobraria muitos alemães, na verdade acabaria a Alemanha, pois a
esmagadora maioria era cúmplice.
Outros criminosos de guerra foram cooptados
principalmente pelos americanos, para servirem ao governo desse país,
entretanto muitos foram os padioleiros poloneses que lutavam ao lado dos
aliados na libertação da França, que não poupavam a vida de soldados alemães
feridos que deveriam ser levados para os hospitais de campanha e os
assassinavam pelo caminho, em vingança pela selvageria alemã dentro da velha
Polônia.
Esse ódio ainda permanece em
muitos lugares. Duvido que algum polonês olhe para um alemão sem ter em seu
íntimo a dor e o ódio pulsando.
Esse ódio ainda vai
permanecer por muitos e muitos anos, talvez até o fim dos tempos, pois nunca
houve tanta barbárie quanto à perpetrada pelos alemães.
São cicatrizes que nunca
sairão da História, por isso precisamos conhecer a História, para que os erros
do passado sejam evitados. (Duvido).
Bem, quando a minha vida acabar aqui, certamente irei para o céu, porque no inferno eu já estive. (Soldado Ed Slotkin, 106ª Divisão de Infantaria Americana, prisioneiro de guerra escravizado que sobreviveu ao trabalho forçado, desumano e cruel no campo de Berga).
Nenhum comentário:
Postar um comentário