15 Mil Cegos e 15 Caolhos.
Aterrorizado pelos turcos
seljúcidas, o Rei da Armênia desistiu de suas possessões em favor do Imperador
Basílio II. O Império do Oriente tornava-se assim, o Estado mais poderoso do
Mundo.
Da Itália do Sul a oeste,
até os confins da Armênia, a leste, ele incluiu a totalidade da Bulgária e da
Grécia ao seu Império.
O Imperador Basílio II, que
levou Constantinopla aos píncaros do poder é uma personalidade excepcional.
Hábil, porém cruel, os problemas culturais não lhe interessavam; somente o
poder o apaixonava. Coroado com a idade de dois anos, para só governar a partir
do ano 976 quando já tinha 18 anos de idade, teve neste período de juventude
consagrado a aprendizagem política e administrativa.
No íntimo seu principal
objetivo era o de enfraquecer o grande poder de uma nobreza opulenta e também
dos grandes proprietários de terras; em primeiro lugar os grandes proprietários
da Ásia Menor.
A arrogância deles provocou,
com efeito, em diversas ocasiões rebeliões, as quais chefiaram sem hesitar e
que puseram em perigo, não só o equilíbrio do Estado, como até a estabilidade
do trono.
Os vastos domínios que lhes
confiscou, Basílio II entregou aos camponeses e também castigou os facciosos
com pesados impostos, destinado a reduzir suas posses. Assim fortaleceu o poder
central às custas do feudalismo. (Pena que isto não acontece aqui).
Exteriormente, o fim
permanente de sua política, foi defender e aumentar as fronteiras do Império.
João I Tzimisces ou João I
Curcuas já havia tomado dos muçulmanos a Síria e a Palestina do Norte; na
Itália uma outra vitória, desta vez sobre um exército de lombardos e normandos,
havia assegurado a conquista deste país. Durante anos a guerra contra os búlgaros
manteve-se com intermitência.
Foi Basílio quem primeiro
combateu o Tzar Samuel ou Samuil da Bulgária, em 996. As vitórias foram se revezando,
ora a um ora a outro. Porém em 1014, Basílio infligiu aos búlgaros uma
desastrosa derrota, onde fez milhares de prisioneiros.
Levado pela raiva mandou que
furassem os olhos de 15 mil inimigos, porém 15 prisioneiros tiveram apenas um
olho vasado, para que conseguissem conduzir o exército de cegos e os mandou de
volta para a Bulgária. O Tzar búlgaro ficou tão estarrecido com a atroz
vingança que teve um “piripaque” e morreu.
Atos como esse, eram para
aterrorizar os inimigos e davam resultados.
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