Assim que o cavalo foi
domesticado, há pelo menos 5.500 anos, passou a fazer parte da história, afinal
de contas o mundo não seria o que é sem a presença deste animal belo, elegante e
valente.
Durante muitos séculos foi a
grande e decisiva arma nas guerras travadas pelos homens, e dizem que os
cavalos são irracionais, mas eles nunca fizeram guerras, foram levados a essas
mesmo não sendo de sua vontade, e aos milhares ficavam pelos campos de
batalhas, abandonados, mortos, feridos, com patas quebradas, a mercê da própria
sorte, pois se nem mesmos os soldados eram assistidos, quanto mais um cavalo.
Uma brutalidade encontrada no meio dito humano, pois também os soldados feridos
e quebrados eram abandonados à própria sorte.
Valente e destemido foi peça
importante na decisão de batalhas, coisa impensada hoje, mesmo existindo os
Regimentos, Batalhões e Companhias de Cavalaria de Guarda, o cavalo perdeu seu
espaço nas guerras para os blindados, servindo apenas para equitação e
demonstrações.
Lembrando que em 1939 a
pobre Polônia ante a agressão nazista lançou mão de sua cavalaria e essa foi
dizimada pelos blindados alemães.
A Cavalaria estava com seus
dias contados.
Muitos exércitos, por
tradição mantém o nome de Cavalaria para as Unidades Blindadas, porém de cavalo
só ficou a lembrança de épocas que esse animal ia à frente dos exércitos,
montados por corajosos cavalarianos, para decidir as batalhas.
Entretanto o Brasil inovou,
e inovou com o uso de outro animal. Um animal grande, pesado, feio, de aspas enormes,
e pele negra, o que na floresta o torna menos visível, o búfalo.
Búfalo?
Sim, o búfalo, esse animal
pesado, lento e desajeitado, agora faz parte também das atividades bélicas e
policiais dentro da Amazônia.
Serve para a Polícia
Militar
do Pará fazer suas patrulhas e rondas, onde os cavalos não alcançam ou as
máquinas não conseguem atuar, lá estarão os búfalos servindo de montarias,
atravessando brejos, alagados, igarapés e rios.
No Exército,
ganhou até uniforme, e além de transportar material bélico dentro da floresta úmida,
ainda auxilia os soldados com seus equipamentos pessados na transposição de
cursos d’água, pois apesar de grande é ágil dentro d’água, transformando-se em
grande nadador, é forte, é adaptado ao meio ambiente, é silencioso, pois também
a surpresa faz parte das táticas de guerra.
Seu uso dentro de áreas
remotas da Amazônia torna mais ágil a máquina de guerra brasileira e suplanta
quaisquer outros meios nessas áreas de florestas fechadas e alagadas.
Muitos ao ver esses animais
dentro da floresta, uniformizados e carregados de material bélico devem ficar
apreensivos, pois o bichinho assusta, mas são obedientes e mansos com os
militares, pelo menos com os nossos.
O BÚFALO, nosso trator
selvagem, se embrenha na floresta e marcha ao lado dos combatentes o que é uma
vantagem para a defesa de nossa Amazônia.
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