O soja é originário da Ásia
onde já era cultivado em pequena escala há milhares de anos na região do Rio
Amarelo, mas somente chegou ao Brasil em 1882.
O primeiro registro do
cultivo desse grão em nosso país ocorreu em 1914, porém somente nos anos 70,
com a ampliação das fronteiras agrícolas, principalmente no Mato Grosso do Sul
e Mato Grosso começou a ter importância na balança de exportações brasileiras, e não como alguns afirmam que foi somente nos anos 80/90.
Conheci no Centro Oeste
homens que fizeram fortunas com o plantio desse grão, principalmente em
Dourados onde residia e via as lavouras multiplicarem-se e no Mato Grosso a
floresta transformar-se em lavouras e do nada surgirem cidades como por exemplo
Sinop, hoje uma grande e movimentada cidade, que quando a conheci não passava
de uma pista de pouco de terra e uma casinha de madeira no meio da imensa floresta.
Sinop - Mato Grosso, do nada, uma grande cidade
Hoje, já desbancada a China, o Brasil está a um passo de ultrapassar o poderoso Estados Unidos da América e tornar-se o maior produtor desse grão, e isto se nota na excelente safra, safra recorde deste ano.
Porém há com urgência de se
pensar no escoamento desta magnífica produção, o que já vem sendo feito pelo
Governo Federal ampliando portos e rodovias, porém falta ao Brasil investir
fortemente nas ferrovias e nas hidrovias. Coisa que em breve acontecerá, pois não
podemos ficar atrelados aos dispendiosos caminhões, cujo frete representa um gasto
extraordinário.
Os dois maiores portos de
exportação desse produto são o de Santos em São Paulo, devido a sua proximidade
do Centro Oeste, o atual celeiro do Brasil e o de Paranaguá, no Paraná onde
também a safra bate recordes.
Maravilha-me, sobremaneira,
a ampliação do porto de Rio Grande, que como já escrevi em matérias anteriores está alavancando a economia da Zona Sul do Rio Grande do Sul, onde
milhares de caminhões formam intermináveis filas para descarregarem o produto.
Ainda assim o porto, apesar
de seu tamanho, ainda é pequeno para tal, e está sendo vigorosamente ampliado,
afinal de contas Rio Grande está se transformando numa grande e cosmopolita
cidade, com rostos de todos os cantos do planetas, onde técnicos e engenheiros
dos mais distantes países ali aportaram para trabalhar e ganhar polpudos salários
e consequentemente Rio Grande ajuda outras cidade ao redor a saírem da secular pasmaceira.
Esta oportunidade está sendo
perdida por muitos brasileiros que não tem aspirações, pois há uma necessidade
muito grande em todas as áreas, basta querer.
E infelizmente muitos não
querem, contentam-se com o marasmo, a vida parada e sem compromissos, enquanto
isso os que querem, os que tem vontade e aspirações saem de seu mundinho e vão
enfrentar o trabalho compromissado, com horário e muitas vezes além do horário,
em jornadas ampliadas, porém beneficiam-se em ter a certeza de ganhar e ganhar
muitas vezes bem, muito bem, pois pensam no futuro e este é incerto para os que
não se preocupam.
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