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sábado, 25 de maio de 2013

Perplexidade



                                      Sandra e Monica, na praça Coronel Pedro Osório.

                                Eu e meu velho amigo Vital Porepp da Silva.

Há duas semanas fui à minha cidade natal visitar minha irmã Ieda de Lourdes e seu filho Adriano, minha Tia Maria Rafaela que está com quase cem anos, meu amigo e irmão do coração, Vital Porepp da Silva e rever uma amiga de infância que graças a Internet a reencontrei quase que cinqüenta anos depois, Norma Stein Brechane (que alegria).

                               Elomar, Eu e Ricardo, o churrasco já está na brasa.

Além de visitar os amigos Elomar, Elaine e Ricardo Acosta, com quem mantemos estreita relação há muitíssimos anos. 


Mas minha perplexidade deu-se já percorrendo a estrada que liga Porto Alegre a Pelotas, toda em construção, sendo duplicada e ganhando novas e modernas pontes.


Máquinas, homens e mulheres em um trabalho contínuo para terminar logo esta gigantesca obra.


 O trecho entre Pelotas e Rio Grande já está pronto e duplicado, tudo isto por conta do desenvolvimento que a cidade portuária de Rio Grande vem sofrendo, graças a seu Superporto, Mega Estaleiro e outros Estaleiros em construção, inclusive um em São José do Norte, município que sempre foi deixado de lado desde o Império.


Ou seja, a outrora pobre cidade de Rio Grande hoje é a locomotiva que puxa o desenvolvimento da Zona Sul. E isto é INEGÁVEL.


Pois os milhões de dólares que o governo federal aplica em Rio Grande, e os milhões de dólares que a iniciativa privada investe também naquela cidade estão puxando o desenvolvimento de outros municípios, e consequentemente respingando ao redor.


Negar isto é negar o obvio, pois ninguém vive de vento.


Mesmo sendo pelotense e amando minha cidade sei, porque tenho os pés no chão, que tal desenvolvimento, duplicação de rodovia, acessos ampliados, futura e moderna ferrovia e possivelmente um túnel ligando Rio Grande a São José do Norte não são frutos da venda dos Pastéis de Santa Clara, dos Camafeus ou das Trouxinhas de Braga feitos em Pelotas e sim pelo resplandecente desenvolvimento da Noiva do Mar, que está se tornando no maior pólo naval da América do Sul, ou do Hemisfério Sul.


Nem tampouco minha cidade desenvolve por seus festivais ocasionais e seus teatros, onde quando apresentam alguma coisa é para um público pequeno e seleto, muito menos por seus milhares de estudantes, pois esses não tem a guiaca forrada. 


Milhares de TRABALHADORES saem de Pelotas diariamente para irem trabalhar em Rio Grande e de lá trazerem dinheiro que movimenta o comércio da Princesa do Sul. Filas intermináveis de ônibus se posicionam na Avenida Bento Gonçalves já na madrugada para levá-los ao serviço e junto à ponte que liga os dois municípios outros tantos ônibus dali saem carregados de pelotenses e até leonenses que vão trabalhar em Rio Grande, além dos milhares de automóveis que para lá se dirigem diariamente.

A rede hoteleira de Rio Grande está saturada. Para tal muitos usam os hotéis de Pelotas, e na Praia do Cassino não há mais casa de veraneio, pois quase todas estão alugadas para engenheiros, técnicos e outros profissionais que lá trabalham.


Portanto os saudosistas e os equivocados terão que dar o braço a torcer, mas Rio Grande é a bola da vez, e como todos os caminhos passam por Pelotas, esta está INEQUIVOCAMENTE se beneficiando.

Que bom!

Salve povo Riograndino, chamado de papa-areia, mas que hoje estão papando tudo de bom e do melhor e muitos estão comendo da tua mão graças a teu desenvolvimento.

O resto é viajar na maionese.


Ou ficar apenas comendo pastéis de Santa Clara.

Nem todos os festivais ou raras apresentações teatrais ou toneladas de docinhos custam o que vale uma plataforma da Petrobras que lá em Rio Grande estão sendo construidas as dezenas.







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